Salve galera que curte o Blog
Opinião do Véio. É um prazer poder estar de volta e fazer as postagens como era
de costume. Estou agora com a segunda e última parte da biografia de Bruce
Springsteen, dando continuidade aos trabalhos realizados pelo
músico/cantor/compositor, que entre fases diferenciadas conseguiu atingir as
paradas e superar seus próprios problemas. Sabemos que quem enfrenta depressão
tem dificuldade para trabalhar, uma [...]
BRUCE
“THE BOSS” SPRINGSTEEN
Salve galera que curte o
Blog do Véio. Estive afastado por dois anos, motivos alheios à minha vontade,
uma vez que nesse período acabei perdendo (HD externo deu perda total!) todas
minhas postagens que não havia ainda publicado. Passada essa fase, acompanhada
com o desânimo em ter que refazer tudo, aqui estou de volta para comentar sobre
artistas que foram e ainda são importantes para o [...]
Salve galera que está
curtindo a história da carreira dessa banda que fez muito sucesso em toda sua
existência, especialmente por causa de seus concertos, uma vez que nem todos os
álbuns que o grupo produziu foram grandes êxitos.
Agora comentarei sobre um
assunto discordante: o fim e o recomeço. O fim, porque pareceu que tudo naquele
momento acabaria, mas o tempo provou que não era exatamente daquela forma que
esta grande banda [...]
Olá galera que está curtindo o Blog Opinião do Véio! Nessa postagem encerro o que já conhecia e o que acabei conhecendo mais dessa brilhante banda chamada Queen. Nesta quinta e última parte comentarei sobre os shows ao vivo da banda e o legado deixado pelo grupo, suas influências e seus fãs.
PERFORMANCES AO VIVO
Por cerca de quinze anos de carreira, o Queen se
apresentou mais de setecentas vezes ao redor do mundo, em quase todos os
continentes, exceto a Antártida. O quarteto foi o primeiro grupo a fazer shows
na América do Sul, com passagens pela Argentina, Brasil e Venezuela, e também a
primeira banda a se apresentar na África do Sul, uma apresentação polêmica que
aconteceu em 1984.
A banda se tornou, assim, célebre por esses e outros
feitos, na época, únicos, como se apresentar para aproximadamente trezentas mil
pessoas no Rock In Rio de 1985, e também ter realizado um show para oitenta mil
pessoas na Hungria, em 1986. A apresentação no Live Aid, em 1985, foi o maior
destaque em sua história, principalmente a presença de palco de Freddie
Mercury, sempre tida como o elemento mais marcante nas apresentações da banda.
Freddie possuía várias marcas registradas que lhe
deram notoriedade, tanto quanto a sua performance e aparência. A vivo, o músico
cantava usando um microfone preso à metade de um pedestal, como se fosse um
cetro, uma idéia que teve antes de entrar para a banda, quando seu pedestal
quebrou e pensou que, daquela forma ainda seria útil.
No Rock In Rio em 1985.
Quando cantava, fazia movimentos teatrais,
influenciados pelo seu treinamento em balé e, também, em todos os shows, envolvia
a platéia em uma sequência conhecida como ''chamada e resposta'', na qual
executava algumas notas vocais e, em seguida, a platéia as imitava, permitindo
que até as multidões em grandes estádios participassem.
O vocalista também costumava permitir que o público
cantasse partes de várias músicas, prinipalmente a versão acústica de ''Love Of
My Life'', e também comandava acenos e palmas sincronizadas em músicas como
''We Will Rock You'' e ''Radio Ga Ga''. Seu bigode, utilizado durante a década
de 80 se tornou outro de seus símbolos.
Rock In Rio em 1985: milhares de pessoas viram o show do Queen.
Nos vocais, Brian e Roger colaboravam, com
participações muito raras de John, destacando a variedade de personalidades no
quarteto, desde a extravagância de Roger Taylor e a timidez de John Deacon.
O entrosamento entre os músicos foi um fato comentado
pela mídia especializada. Em 1973, Gordon Fletcher, por meio da revista Rolling
Stone afirmou: ''Vamos apenas dizer que o produto final do baterista Roger
Meddows Taylor e do baixista John Deacon é explosivo, um vulcão sônico colossal,
cuja erupção faz a terra tremer''.
Até hoje, a crítica considera Freddie Mercury como um
dos maiores artistas da história, em virtude de sua presença de palco. Um
repórter do The Spectator o descreveu como um artista ''fora de série, chocante
e charmoso, com várias versões extravagantes de si mesmo''.
O cantor David Bowie se referiu à Fredie afirmando que
''entre todos os cantores teatrais do rock, ele foi o único a levar tudo a um
outro nível (...) era alguém que podia, literalmente, ter a platéia na palma da
mão''.
Brian declarou que Freddie ''conseguia fazer a última
pessoa na última fileira do estádio se sentir incluída''. Em uma resenha do
Live Aid, em 2005, um crítico escreveu que ''aqueles que listam os maiores
vocalistas da história, costumam dar a primeira posição para Robert Plant ou
Mick Jagger, mas estão terrivelmente errados, por sua performance mitológica no
Live Aid, Mercury era, sem dúvida, o maior de todos''. A banda, geralmente, é
citada como uma das primeiras que transformou o rock em entretenimento.
Rock In Rio 1985: no final do show Freddie Mercury entrou com a bandeira do Reino Unido, mas quando se virou de costas para a multidão, estava lá a bandeira do Brasil. O público foi ao delírio.
TEMAS LÍRICOS
Ao contrário da maioria das bandas de rock do seu
tempo, o Queen não tinha fortes pretensões líricas, e tal característica era
refletida nas composições. O vocalista Freddie Mercury, ironizando a aparente
futilidade das composições do quarteto, afirmou ser uma prostituta musical,
declarando que, para ele, sempre foi importante produzir canções que alegrassem
as pessoas, para todos os públicos, de toda nacionalidade e cultura, não apenas
os intelectuais. Na época em que John Lennon foi assassinado, o cantor disse
que, ao contrário do ex-Beatle, não tinha talento para escrever mensagens
profundas.
O baterista Roger Taylor possui uma opinião parecida a
respeito do repertório do grupo, mas diferentemente, afirma que fornecer entretenimento
já é um significado para as músicas. Freddie se considerava um homem romântico,
com a maior parte de seu trabalho lírico voltado ao amor.
Segundo o próprio, em muitos momentos ele até tentou
escrever músicas com outros temas, mas no fim o romantismo sempre estava em
alguma parte. Ainda, preferia escrever arranjos do que fazer letras. Sempre
tido como alguém complexo, parte das composições do artista para a banda,
abordam indiretamente elementos de sua vida, como ''Get Down, Make Love'', do
álbum News Of The World, ''Don't Stop Me Now'', de Jazz e ''Body Language'' de
Hot Space, abordando sua época de intensa atividade sexual, enquanto ''It's a
Hard Life'', de The Works evidenciava uma fase na qual procurava um
relacionamento sério e duradouro.
Em ''Was It All Worth It'', de The Miracle, disserta
sobre os excessos vividos nos anos anteriores. Afirmando ser alguém solitário,
vulnerável e extremamente desconfiado das pessoas que o cercavam, o legado
musical de Freddie se tornou um objeto de várias interpretações, por sua
personalidade reservada e tímida.
John Deacon, que se considerava terrivelmente tímido e
ansioso, compôs um repertório considerável ao longo dos anos do Queen, e
diferentemente de Freddie, não gostava de escrever sua canções a partir da
melodia. Em uma entrevista em 1982, o baixista confessou que para ele,
geralmente,as melodias surgem primeiro do que as letras. Em seus versos, o
músico afirma que procura contar histórias, ou decifrar nos mínimos detalhes um
conceito moral, dentro da personalidade dos personagens que criou, cada qual
diferente do outro.
No entanto, há suposições de que algumas músicas foram
baseadas em sentimentos pessoais. Roger Taylor, por exemplo, brincou,
questionando se em ''I Want To Break Free'', de The Works, o instrumentista
estava querendo desabafar alguma coisa sobre a banda.
O baterista, por sua vez, criava suas músicas a partir
de uma ideia inicial, que poderia ser melódica ou lírica. Embora a quantidade
de composições suas para os álbuns sejam geralmente iguais as de John Deacon, o
músico era quem escrevia mais músicas para a banda, mas muitas destas não se
destacavam frente aos demais. Seu processo de composição é, para o artista, um
exercício de lazer.
Ao contrário de Freddie, a maior parte da obra de Brian
May é, de certa forma, pretensiosa. O guitarrista declara-se alguém muito
preocupado com a paz, tema que faz parte da maioria dos seus trabalhos
autorais.
RELACIONAMENTO ENTRE OS INTEGRANTES
Grande parte do repertório do Queen foi escrito de
forma individual pelos seus integrantes e, diferentemente de grande parte das
bandas de rock, a amizade dos membros do quarteto, até certo nível se
restringia a questões profissionais.
Roger Taylor afirmou que o pouco convívio fora da
banda era o segredo para que os quatro permanecessem juntos. Mas com o passar
dos anos, algumas colaborações conjuntas foram feitas. Após ''Stone Cold
Crazy'', de Sheer Heart Attack, ''Under Pressure'' foi a segunda música da
banda a ter créditos de todos os integrantes.
Durante a década de 80, John Deacon escreveu várias
músicas junto com Freddie Mercury, como ''Cool Cat'' e ''Friends Will Be
Friends''. Entre os quatro, o vocalista era o elemento da banda com quem
possuía mais proximidade, e, embora não mantivesse muito contato fora do grupo,
o cantor gostava muito de John.
Freddie e John
Freddie Mercury, em uma entrevista na década de 70,
disse: ''Se Deus nos abandonar agora, o resto do grupo não vai fazer nada se
John disser que está tudo bem''. Tido como o ''cérebro'' e por vezes lider em
questões internas da banda, o músico aposentou-se logo após a morte de Freddie
Mercury.
Assim como John e Freddie, Brian e Roger possuem uma
longa parceria. Publicamente, Brian May disse que ''Roger Taylor é como um
irmão, e dentro do Queen sempre foi o músico com o qual tenho mais
proximidade''.
Em entrevista à Guitar World, Brian disse que, pelo
fato de já integrarem outra banda anteriormente, os dois se identificavam mais.
''Nós fomos e somos como irmãos. Estávamos tão próximos em nossas aspirações e
a forma como olhamos para a música, mas é claro que tão distante de muitas
outras maneiras. Assim como quaisquer irmãos que se amam e odeiam coisas do
outro ao longo de toda a vida''.
Em relação a Freddie Mercury, o guitarrista afirmou
que o vocalista tinha a capacidade de fazê-lo ter a melhor performance em seu
instrumento, de maneira que, em sua opinião, seus melhores momentos no Queen
foram em composições de Freddie.
Aparentemente o clima entre eles era amistoso.
Em contrapartida, o relacionamento entre Roger Taylor
e Brian May com John Deacon é praticamente inexistente. O baterista afirma que
desde 1997 não possui contato com o baixista, e em uma entrevista ao The
Independent, em 2013, disse que o músico é um sociopata.
Brian May disse, em 2014, para a Rolling Stone, que
John deseja ficar sozinho em seu universo particular e que também não mantém
contato com ele. O vocalista, por sua vez, afirmou que todos os integrantes
tinham egos enorme, principalmente Roger.
Apesar de ser citado por grande parte da imprensa como
o líder do Queen, Freddie Mercury detestava o título e afirmava que, no máximo,
talvez era o integrante mais importante.
Assim como Brian, o músico considerava que a banda
estava em total forma quando todos contribuíam, e cada um tinha um papel
importante dentro do grupo. ''Se alguém deixar o Queen, qualquer um dos quatro,
seria o fim do Queen. Somos quatro, mas como peças entrelaçadas que se igualam.
E os outros, simplesmente não poderiam ter êxito sem os demais''.
RECONHECIMENTO E INFLUÊNCIA
O Queen foi uma das bandas de rock mais influentes e
bem sucedidas, comercialmente falando. Com vendas estimadas de 150 a 300
milhões de discos, incluindo 34,5 milhões de unidades certificadas nos Estados
Unidos, os três integrantes ainda vivos estão entre os músicos britânicos mais
ricos.
Em 2013, com dados do jornal Sunday Times, Brian May
estava classificado na vigésima segunda posição, com uma fortuna estimada em 95
milhões de euros, enquanto Roger Taylor na vigésima terceira, com 90 milhões de
euros e John Deacon no trigésimo lugar, com 74 milhões de euros.
A revista Rolling Stone classificou o Queen na 51ª
posição entre os ''The 100 Greatest Artists Of All Time''. A revista Q pôs o
grupo entre as cinco maiores bandas de todos os tempos. O canal VH1, por sua
vez, escalou a banda na 17 posição entre os maiores artistas de todos os
tempos.
A música ''Bohemian Rhapsody'' foi eleito o single
preferido pelos britânicos dos últimos 60 anos. A coletânea Greatest Hits é o
álbum mais vendido no Reino Unido, com mais de cinco milhões de cópias comercializadas.
O Queen também recebeu várias premiações e indicações.
Em 1990, receberam o prêmio Brit Awards na categoria ''Outstanding
Contribuition To Music'', pelo trabalho feito pelo grupo durante a década de
80.
A banda foi introduzida ao Rock And Roll Hall Of Fame
em 2001, todos os seus integrantes foram empossados ao Songwriters Hall Of
Fame, em 2003. Em 2009, ''We Will Rock You'' e ''We Are The Champions'' foram
introduzidas no Grammy Hall Of Fame, sendo que esta última foi considerada, em
um estudo científico, como a música mais cativante e grudenta na história da
música popular.
Sua música tem influenciado inúmeros artistas. James
Hetfield, vocalista do Metallica, declarou-se fã da banda, e elogiou o
ecletismo musical do Queen, afirmando que ''essa banda poderia fazer
praticamente qualquer coisa''.
Outros
artistas e bandas de rock como Iron Maiden, David Lee Roth, Dream Theater,
Anthrax, Guns N' Roses, Def Leppard, Van Halen, Foo Fighters, The Darkness,
Nirvana, Radiohead, Muse e artistas pop como George Michael, Lady Ga Ga (que
tem esse apelido por causa de ''Radio Ga Ga'') e Katy Perry, citam como
influência o Queen.
Bem galera, era isso que eu tinha para comentar sobre a majestade, Queen, que muito colaborou para a criação de lindas músicas e nos proporcionou belos momentos ao embalo de suas gravações. Fiquem com mais do Queen em:
Olá galera que está aí, curtindo o Blog Opinião do Véio. Chegamos na quarta parte comentando sobre a bela carreira da banda Queen, só que agora, na fase sem Freddie Mercury. Vou comentar como a banda ficou sem seu vocalista, que a formação original se desfez com a morte de Freddie e a saída de outro integrante importante. Vou citar, também que a banda quase terminou e qual seria seu destino dali para a frente.
1991 - 1997: HOMENAGENS E APOSENTADORIA
DE JOHN DEACON
Antes de falecer, Freddie brincou com Brian May,
dizendo que sua morte faria bem para o Queen, comercialmente falando. Brian
lançou ''Driven By You'' como primeiro single de sua carreira solo, obtendo
boas posições nas paradas.
Entretanto, o guitarrista estava em depressão nervosa,
e quase se suicidou. Na mesma época, ''Bohemian Rhapsody'' foi relançada, e
alcançou o primeiro lugar nas paradas, vendendo mais de um milhão de cópias.
Com coletâneas, as vendas aumentaram virtiginosamente após a morte de seu
vocalista.
Só que o trio remanescente não sabia como continuar.
John Deacon, convencido de sua aposentadoria, estava aguardando o nascimento do
quinto filho, mas também demonstrava sintomas de depressão.
Brian investiria numa carreira solo sem grandes
êxitos, enquanto Roger Taylor lançaria mais um álbum da The Cross, retornando
aos seus trabalhos como cantor com o politizado Happiness?. Segundo o
baterista, ''pensei em minha fase de vida em que eu poderia muito bem escrever
sobre algo que eu acreditava, que tinha significado. Você não pode escrever
canções pop toda a sua vida''.
Annie Lennox & David Bowie interpretando "Under Pressure" em 1992.
Em 20 de abril de 1992, foi realizado o The Freddie
Mercury Tribute Concert, um show tributo que reuniu várias bandas e artistas
famosos, realizado no estádio de Wembley, em Londres. Músicos como David Bowie,
George Michael, Annie Lennox, Elton John, Liza Minnelli, Robert Plant, Roger
Daltrey, Tony Iommi e bandas como Def Leppard, Extreme, Guns N' Roses e
Metallica, juntamente com os integrantes remanescentes do Queen (Brian May,
John Deacon e Roger Taylor) tocaram os maiores sucessos da banda. A iniciativa
foi tomada para arrecadar fundos para a Mercury Phoenix Trust, uma fundação que
tem como objetivo lutar contra a AIDS.
Pouco tempo após o lançamento de ''Innuendo'', Freddie
deixou claro que queria continuar gravando, apesar de sua saúde frágil. Três
músicas novas foram gravadas: ''A Winter's Tale'', ''You Don't Fool Me'' e
''Mother Love'', essa última que seria a última gravação do cantor, realizada
em 22 de maio de 1991.
Em 1993, John deacon, Roger Taylor e Brian May se
reuniram para retrabalhar nas últimas músicas deixadas por Freddie, mas eram
insuficientes para completar um álbum. O trio procurou em todos os arquivos do
Queen por músicas para o novo álbum.
A produção ocorreu em 1994 e seguiu até 1995. Com
várias discordâncias sobre o disco, os integrantes demoraram para chegar a um
consenso. Assim, Made In Heaven foi lançado em novembro de 1995, como forma de
cumprir um dos últimos desejos de Freddie Mercury, que era o lançamento deste
álbum, que foi o último álbum inédito da banda.
Durante as sessões de Made In Heaven, John Deacon teve
sua sexta e última filha. O baixista estava convencido de que se aposentar e
dedicar-se à família era a melhor decisão no momento.
Mas ainda participava de algumas reuniões com os
outros músicos, conforme Brian e Roger o chamavam. Em 1997, o baterista e o
guitarrista decidiram lançar uma coletânea relembrando algumas das músicas mais
pesadas do Queen, incluindo uma nova versão de ''I Can't Live With You''.
Para o álbum, de título Queen Rocks, o trio gravou
''No-One But You (Only The Good Die Young)'' que ficou, até 2014 como a última
canção inédita lançada pela banda. Assim, foi a última participação de John
Deacon com seus companheiros remanescentes.
Somente Brian May e Roger Taylor compareceram em 2001 à cerimônia do Rock And Roll Hall Of Fame.
2001 - ATUALMENTE
Em 2001, a banda foi introduzida ao Rock And Roll Hall
Of Fame, mas apenas Brian e Roger apareceram. Nesta mesma época, a dupla gravou ''We Are The
Champions'' com Robbie Williams para o musical We Will Rock You.
A participação se tornou célebre pelos comentários
negativos de John Deacon ao jornal The Sun, afirmando que estava satisfeito por
não se envolver na gravação, e que Freddie era insubstituível: ''Eu não queria
estar envolvido nisso e estou feliz. Ouvi o que eles fizeram e é um lixo. É uma
das maiores músicas já escritas, mas eu acho que eles a destruíram. Eu não
quero ser rude, mas digamos que Robbie Williams não é Freddie Mercury. Freddie
nunca será substituído e, certamente , não por ele''.
Em novembro de 2003, Brian e Roger participaram do
46664, evento que aconteceu no antigo Green Point Stadium, na Cidade do Cabo.
Foi organizado por Nelson Mandela, com o objetivo de aumentar a conscientização
da população sobre a AIDS na África do Sul.
Queen + Paul Rodgers
No início de 2005, junto com o cantor Paul Rodgers,
fundaram o supergrupo Queen + Paul Rodgers, que realizou várias turnês em
alguns continentes do mundo. Alguns álbuns ao vivo foram lançados, como Return
Of The Champions. Mas o inédito The Cosmos Rock, em 2008, obteve maior
destaque, embora com várias críticas negativas. Em 2009, a parceria teve seu
fim.
O ex-integrante John Deacon não se opôs à reunião, mas
afirmou que não gostaria de estar envolvido. ''John nos deu a sua benção
eterna'', afirmou Roger Taylor, embora tenha reconhecido que o baixista é
extremamente reservado e suas opiniões não sejam muito claras.
Em 2011, em comemoração aos quarenta anos do Queen,
Brian e Roger iniciaram uma campanha de remasterização e relançamento de todo o
catálogo de estúdio da banda, incluindo edições duplas de cada álbum, tendo
assim, várias faixas bônus. Este projeto incluiu versões ao vivo e gravações
alternativas em estúdio para as músicas, versões single e novas mixagens.
Neste mesmo ano, Brian May e Roger Taylor participaram
do programa American Idol, onde conheceram o cantor Adam Lambert. Nesta época,
a dupla anunciou estar retrabalhando em algumas faixas perdidas do Queen, com
vocais de Freddie Mercury.
Incluindo ''There Must Be More to Life Than This'',
com participação de Michael Jackson, Queen Forever foi lançado em 2014,
contendo a última música inédita distribuída pela banda, ''Let Me In Your Heart
Again'', com participação de Freddie Mercury e John Deacon. Em uma entrevista
na Rolling Stone naquele ano, Brian e Roger afirmaram que Deacon é uma pessoa
frágil, mas que continuava administrando a parte financeira do grupo (Frágil,
mas útil! Muito conveniente, não acham?).
Queen + Adam Lambert
Lembram do American Idol e de Adam Lambert? Mais
tarde, os três fundaram um supergrupo chamado Queen + Adam Lambert. Em 2015, em
comemoração aos 30 anos do Rock In Rio, o supergrupo Queen + Adam Lambert se
apresentou na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, para mais de 85 mil pessoas.
A apresentação, além de conter canções da banda, incluiu o single ''Ghost
Town'', de Adam Lambert.
INFLUÊNCIAS DE CADA MEMBRO DO QUEEN
Apesar de Led Zeppelin, The Who e The Beatles serem frequentemente
citados como as principais influências do Queen, os gostos musicais de cada
integrante são muito diferentes.
O baixista John Deacon, por exemplo, aponta Chris
Squire do grupo Yes como uma de suas influências no baixo, mas sempre foi um
grande admirador de rhythm and blues e música negra, fato que o fez compor
músicas como ''Another Ones Bites The Dust''. A performance de Deacon também é
lembrada por sua rapidez e habilidade com os graves.
Freddie Mercury, por sua vez gostava muito de música erudita e ópera, como as composições de Noël Coward, Fréderic
Chopin e Mozart, além da voz de Dick Powell.
No entanto, admirava alguns intérpretes da música
popular, como Little Richard, Fats Domino, Robert Plant, Aretha Franklin, mas
principalmente Liza Minnelli e Jimi Hendrix. Freddie, ao longo de sua carreira
elogiou outros intérpretes do rock, como John Lennon e e Paul Rodgers, do qual
era fã.
Brian May afirmou ser admirador de Jimi Hendrix, Eric
Clapton, mas, principalmente da técnica de George Harrison, declarando em uma
entrevista de 1982, que George é um instrumentista de ''pensamento livre''.
Na opinião de Roger Taylor, Keith Moon trouxe uma nova
perspectiva para o uso de bateria no rock, sendo também bastante influenciado por
músicos de jazz como Gene Krupa e Joe Morello.
Assim sendo, com a reunião dos quatro, a música do
Queen tomou proporções extremamente variadas. Segundo John, no início as
músicas do quarteto foram escritas numa estrutura mais adequada para um power
trio.
Com a entrada de Freddie Mercury como vocalista e
pianista e de John Deacon como baixista de muitas influências, a sonoridade do
grupo foi mudando. Estas mudanças começaram a ficar mais perceptíveis a partir
de Sheer Heart Attack, atingindo seu apogeu em A Night At Opera, com suas
influências de hard rock, heavy metal, pop rock, folk e outros gêneros. A
música ''Stone Cold Crazy'', por exemplo, é citada como uma das primeiras
canções de metal da história, que influenciou diretamente bandas como o Metallica.
No decorrer dos anos 70, sua produção era considerada
muito exagerada, e o tempo que gastavam no estúdio gravando harmonias era muito
grande. Adotando sintetizadores nos anos 80, principalmente a partir de Hot
Space, o Queen apresentou outras influências, como o funk rock e a música
disco. Um dos principais motivos pelos quais demoraram para
adotar teclados nas músicas, foi o fato de acharem a geração mais antiga do
instrumento pouco flexível e emocional. Conforme os equipamentos foram
evoluindo, as opiniões foram mudando.
May com a Red Special original e a réplica.
GUITARRA DE BRIAN MAY
Steve Vai disse em entrevista à Guitar World:
''Consigo ouvir qualquer músico e imitar seu som, mas não Brian May''.
Um dos destaques na sonoridade do Queen é a guitarra
de Brian May, a Red Special. Fabricada de forma caseira com o pai, na década de
60, possui um timbre característico. Foi utilizada na maioria das músicas da
banda e, juntamente com o amplificador caseiro de John Deacon, a Deacy Amp, foi
a fonte de vários efeitos sonoros e emulações de instrumentos contidos,
principalmente nos primeiros álbuns do Queen, como nas músicas ''Procession''
(Queen II) e ''God Save The Queen'' (A Night At Opera).
O músico, também teve a idéia, até então inédita de
criar harmonias com várias camadas de guitarra, construindo uma sonoridade que,
até os dias atuais é extensamente respeitada por outros guitarristas.
A revista Rolling Stone o classificou como o 26º
melhor guitarrista de todos os tempos. Numa enquete com votos do público, a
revista Guitar World elegeu Brian como o segundo melhor guitarrista, ficando
atrás apenas de Eddie Van Halen.
Roger também atuou nos vocais da banda.
VOCAIS
Apesar do Queen ser um quarteto, três integrantes
atuaram efetivamente nos vocais. O vocalista e pianista Freddie Mercury gravou
a maior parte deles, mas Roger Taylor possuía importante participação nas vozes
da banda.
O baterista gravou, por vezes, partes mais agudas em
algumas músicas, utilizando falsete. como ''In The Lap Of Gods'' e ''Ogre
Battle'' e seu timbre rouco é geralmente comparado ao cantor Rod Stewart. Brian
May, por sua vez, é tido como um cantor que possui, em sua voz, uma suavidade
que muitos não possuem.
John Deacon é o único que nunca gravou nenhum vocal
para o grupo, e suas músicas foram todas interpretadas por Freddie. Segundo o
próprio John, não sabe cantar, e em uma entrevista dada em 1986, o baixista
lamentou sua incapacidade.
''[...] é como estar em uma cadeira de rodas de certa
forma, porque você não pode realmente se expressar da maneira que você
gostaria. Se eu pudesse cantar, seria lindo. Não é uma simples desvantagem, é
uma grande desvantagem, em termos de escrever músicas. Gostaria que eu pudesse,
mas eu não posso''.
Freddie Mercury, por sua vez, tinha uma extensão vocal
que abrangia cerca de quatro oitavas e possuía facilidade tanto para notas
graves e agudas.
A
revista Rolling Stone escolheu ''Bohemian Rhapsody'', ''We Are The Champions''
e ''You're My Best Friend'' como as músicas que contém as melhores
interpretações vocais dentro de toda a sua carreira.
Bem galera, era isso que eu tinha para comentar nessa quarta parte sobre a carreira e obra da banda Queen. Na próxima postagem, a quinta e última parte dessa odisséia musical. Fiquem com mais da obra do Queen em: