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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

U2 – A BANDA QUE COLOCOU A IRLANDA NO MAPA MUSICAL - PARTE 1


Olá galera que curte o Blog Opinião do Véio! Já estava com saudades de comentar para vocês sobre música, a carreira das bandas, assuntos que acabo aprendendo junto com vocês. A banda que vou comentar agora dispensa qualquer tipo de apresentação, pois o U2 é sucesso até hoje e apesar de ter começado no final dos anos 70, emplacou a partir de 1980. Lembro que a primeira vez que ouvi falar do U2 (naquela época as novidades demoravam para chegar), foi através de um amigo que comprou um LP (isso mesmo, um disco de vinil) só com bandas do Reino Unido. Nesse disco estavam, então, os sucessos do disco War, de 1983, “New Year’s Day” e “Sunday Bloody Sunday”. Esse foi só o começo, pois depois disso, sempre houve músicas do U2 tocando em rádio, TV e danceterias.

Formação e primeiros anos (1976–1978)

A banda foi formada em 25 de setembro de 1976. Larry Mullen Jr., com quatorze anos de idade, postou um anúncio na escola Mount Temple Comprehensive High, em busca de músicos para uma nova banda, tendo a resposta de seis pessoas. Mullen ficou encarregado da bateria, com Paul "Bono" Hewson nos vocais; David "The Edge" Evans e seu irmão mais velho Dik Evans na guitarra; Adam Clayton, um amigo dos irmãos Evans no baixo; e inicialmente Ivan McCormick e Peter Martin, dois outros amigos de Mullen.




Mullen disse mais tarde como mandou no "The Larry Mullen's Band" por cerca de 10 minutos, e em seguida, Bono entrou e destruiu qualquer chance que ele tinha de estar no comando". Logo depois, o grupo denominou o nome do grupo de "Feedback", porque era um dos poucos termos técnicos que eles conheciam. Martin não retornou após o primeiro ensaio, e McCormick deixou o grupo dentro de algumas semanas. A maioria do material inicial do grupo era composto por covers, que a banda admitiu não ser seu ponto forte. Algumas das primeiras influências sobre a banda foram surgindo no gênero punk rock, tais como The Jam, The Clash, The Buzzcocks e The Sex Pistols. A popularidade do punk rock convenceu o grupo que o conhecimento musical não era um pré-requisito para ser bem sucedido.

Em março de 1977, a banda mudou seu nome para The Hype. Dik Evans, que era o irmão mais velho e também por já estar na faculdade, estava se tornando um integrante excluído em relação à banda. O resto do grupo seguia um pensamento de uma banda com quatro integrantes, sendo mais tarde, resultando na saída de Dik em março de 1978. Durante um concerto de despedida no salão da Igreja Presbiteriana, em Howth, contou com o grupo tocando covers, com Dik cerimonialmente saindo do palco. Os quatro membros restantes da banda completaram o concerto tocando o material original como "U2". Steve Averill, um músico punk rock e amigo da família de Clayton, sugeriu seis nomes em potencial, a partir do qual, a banda optou por "U2", devido à sua ambiguidade, possibilidade de interpretações, e também porque era um nome que no mínimo, não gostavam de The Hype.



No Dia de São Patrício, 17 de março de 1978, o U2 venceu em um show de talentos, em Limerick, Irlanda. O prêmio consistia em quinhentos euros, e tempo de gravar um demo em estúdio, que seria ouvido pela gravadora CBS da Irlanda. Esta vitória foi um marco importante e de afirmação para a banda principiante.

"Não podia acreditar, fiquei sem o que dizer. Nós não estávamos em idade de sairmos para se divertir, mas eu acho que ninguém conseguiu dormir naquela noite... Realmente, era apenas uma grande confirmação de ganhar essa competição, mesmo que eu não tivesse tido uma boa ideia; realmente gostei da concorrência. Mas para ganhar naquele momento, era extremamente importante para a moral e a crença de todos os envolvidos no projeto".
— The Edge, ao vencer a competição da CBS.

O U2 gravou sua primeira fita demo no Keystone Studio, em Dublin, em maio de 1978. A revista Hot Press foi influente na formação do futuro da banda. Em maio, Paul McGuinness, que já havia sido introduzido à banda pela publicação do jornalista Bill Graham, concordou em ser o empresário da banda.

Antecedentes, Boy, October e War (1979–1983)


O EP Three, de 1979.

O primeiro lançamento da banda, somente na Irlanda, foi um EP intitulado Three, sendo lançado em setembro de 1979, e foi um sucesso nas paradas musicais irlandesa. Em dezembro de 1979, a banda realizou em Londres, os seus primeiros shows fora da Irlanda, embora eles não tivessem a capacidade de ganhar a atenção do público e dos críticos musicais. Em fevereiro de 1980, foi lançado o seu primeiro single, "Another Day", pela gravadora CBS. Entretanto, o single foi direcionado somente para o mercado irlandês.


O disco de estreia, de 1980.

A gravadora Island Records assinou com a banda em março de 1980, e em maio a banda lançou o seu segundo single, "11 O'Clock Tick Tock", e primeiro single lançado internacionalmente. O álbum de estreia da banda, Boy (1980), foi lançado em outubro. Produzido por Steve Lillywhite, recebeu críticas positivas. Embora as letras sem objetivo de Bono parecessem improvisadas, eles expressaram um tema comum: os sonhos e frustrações da adolescência. O álbum incluía o primeiro single de sucesso da banda nos Estados Unidos, "I Will Follow". O lançamento de Boy foi seguida pela turnê Boy Tour, a primeira turnê do U2 pelo continente europeu e nos Estados Unidos. Apesar de ter sido rude, os concertos demonstraram o potencial da banda, com os críticos dizendo que Bono era "carismático" e um grande homem apaixonado.


O disco de 1981.

O segundo álbum da banda, October, foi lançado em 1981, contendo amplos temas espirituais. Durante as sessões de gravação, Bono e The Edge consideraram a possibilidade em deixar a banda devido a percepção de conflitos religiosos. Bono, The Edge e Mullen tinham se juntado em um grupo cristão em Dublin, chamado Shalom Fellowship, que os levou a questionar a relação entre a fé cristã e o estilo de vida no rock n' roll. Bono e The Edge tiraram tempo entre as turnês e decidiram deixar o grupo cristão, em favor de continuar com a banda. A gravação foi ainda mais complicada com o roubo de uma maleta contendo as letras para várias canções de trabalho dos bastidores durante a apresentação da banda, em uma boate em Portland, Oregon. O álbum recebeu críticas mistas e pouco tocadas nas rádios. O baixo número de vendas fora do Reino Unido colocou muita pressão sobre o seu contrato com a gravadora Island Records, centrado na melhoria da banda.


O disco de 1983.

Resolvendo as suas dúvidas do período de October (1981), a banda lançou War, em 1983. Um álbum onde a banda transformou o "pacifismo em uma cruzada", a franqueza na inflexibilidade no modo de tocar da guitarra em War, foi intencionalmente contraditório com o synthpop da época. O álbum incluía o single "Sunday Bloody Sunday", uma canção com um contexto político, onde Bono líricamente tentou contrastar os acontecimentos do Domingo Sangrento (1972) com o Domingo de Páscoa. A revista Rolling Stone descreveu que a música mostrava que a banda tinha capacidade de compôr canções profundas e significativas. War foi o primeiro álbum do U2 a apresentar a fotografia de Anton Corbijn, que permanece até atualmente como um dos fotógrafos do U2, tendo uma grande influência sobre sua visão e imagem política. O sucesso comercial da banda com War, que estreou na posição de número 1 no Reino Unido e seu primeiro single "New Year's Day", foi o primeiro êxito da banda fora da Irlanda ou do Reino Unido.


O disco ao vivo, de 1983.

Na subsequente War Tour, a banda realizou shows lotados no continente europeu e nos Estados Unidos. A visão de Bono acenando uma bandeira branca durante as performances de "Sunday Bloody Sunday" tornou-se uma imagem ícone da turnê. O U2 gravou o álbum ao vivo nesta turnê, Under a Blood Red Sky (1983), assim como o filme-concerto Live at Red Rocks: Under a Blood Red Sky (1983), sendo que ambos foram tocados por um longo período de tempo nas rádios e na MTV, ampliando a audiência da banda e mostrando suas proezas como um ato de viver. Seu contrato com a gravadora Island Records estava chegando ao fim, e em 1984, a banda assinou uma renovação de contrato mais lucrativa. Eles negociaram o retorno de seus direitos autorais (de modo que eles possuíssem os direitos de suas próprias canções), um aumento em sua taxa de direitos, e uma melhoria geral em termos, à custa de um maior pagamento inicial.

The Unforgettable Fire e Live Aid (1984–1985)

"Sabíamos que o mundo estava pronto para receber os herdeiros de The Who. Tudo o que tínhamos a fazer era continuar fazendo o que estávamos fazendo e, gostaríamos de nos tornar a maior banda desde Led Zeppelin, sem dúvida. Mas algo simplesmente não parecia estar certo. Sentimos que tínhamos uma maior poder do que qualquer outra banda grande, nós tínhamos algo único a oferecer".
— Bono, na nova direção de The Unforgettable Fire.

O grupo temia que, após o evidente rock do álbum War e de sua turnê, eles estivessem em risco de tornar-se outro incômodo, como se representassem um slogan de bandas de rock arena. Assim, procuraram a experimentação, como Adam Clayton lembra: "Nós estávamos procurando por algo um pouco mais sério, mais artístico". The Edge admirava o ambiente e as "obras estranhas" de Brian Eno, que, junto com seu engenheiro de áudio, Daniel Lanois, eventualmente concordou em produzir o álbum.


O disco de 1984.

Em parte gravado no Slane Castle, The Unforgettable Fire foi lançado em 1984, no momento em que a banda passou por uma mudança mais marcante da banda, quando passaram a trabalhar com a música ambiente e o abstrato. The Unforgettable Fire tem um som rico e orquestrado. Sob a direção de Lanois, Mullen tornou-se mais flexível na percussão, no funk e mais sutil. Clayton tornou-se mais subliminar no baixo, as seções rítmicas já não atrapalhavam, porém, fluía em apoio das canções.




Complementando a atmosfera sonora, as letras do álbum estavam abertas a muitas interpretações, oferecendo o que a banda chamou de "sensação de grande visão". Devido a uma agenda lotada de gravações, Bono achava que as canções "Bad" e "Pride (In The Name of Love)", eram como se fossem um esboço/rascunho que não havia terminado. "Pride (In The Name of Love)", era baseado em Martin Luther King Jr., sendo o primeiro single do álbum e tornando-se o maior sucesso da banda até então, inclusive sendo a seu primeiro single a entrar no top 40 dos Estados Unidos.

Grande parte da turnê The Unforgettable Fire Tour mudou-se para arenas internas, em que a banda começou a ganhar a sua longa batalha para construir seu público. As complexas texturas das novas canções gravadas do álbum, como "The Unforgettable Fire" e "Bad", foram difíceis de traduzir para performances ao vivo. Uma solução foram os sequenciadores programados, já que a banda havia sido relutante em utilizar, mas que agora, eram usados na maioria das performances do grupo. As canções do álbum tinham sido criticadas por serem "incompletas", "vagas" e "sem tema", porém, foi o melhor recebido pela crítica quando tocado ao vivo no palco.


O Live Aid, de 1985.

O U2 participou do Live Aid (1985), um concerto para o alívio da fome na Etiópia no Estádio de Wembley, em julho de 1985. A performance da banda perante as 82 mil pessoas foi um ponto fundamental na carreira do U2. Durante uma apresentação de 14 minutos da música "Bad", Bono pulou do palco para abraçar e dançar com uma fã, tendo uma audiência de milhões de telespectadores, observando o que Bono poderia fazer com o público. Em 1985, a revista Rolling Stone chamou o U2 de a "banda da década de 1980", dizendo que, para um crescente número de fãs de rock n' roll, o U2 tornou-se um dos grupos mais importantes, se não, a mais importante".


Bono no Live Aid com Paul McCartney e Freddie Mercury.

Bem pessoal, por aqui encerro a primeira parte sobre a história dessa banda irlandesa que já nos primeiros seis anos de existência mostrou para o que veio. Uma outra lembrança minha, é de quando eu trabalhei em uma sonorização e nós tocávamos as versões ao vivo do U2, dos LPs ao vivo. Era colocar o disco para tocar e ter a certeza de que a pista bombava.

Desculpem pelo vídeo de “Sunday Bloody Sunday”, mas é a real história de um domingo de 1972, que foi chamado de “domingo sangrento”. Fiquem com mais do U2 em:


















































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