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domingo, 26 de junho de 2016

THE POLICE



Olá galera que curte o Blog Opinião do Véio! Que bom poder comentar sobre música, principalmente sobre cantores e bandas que marcaram o cenário musical de todos os tempos. Dessa vez vou comentar sobre a banda inglesa The Police, que ousou misturar elementos do reggae e do ska, juntamente com o rock, gerando um resultado maravilhoso, que será contado a partir de agora.


FORMAÇÃO E INÍCIO DE CARREIRA

Em 1976, o jovem Gordon Summer, conhecido como Sting, tocava em uma banda de jazz rock chamada Last Exit em sua cidade natam, Newcastle. Em uma noite Stewart Copeland, que era o baterista da banda Curved Air, que tocava rock progressivo, viu a performance de Sting durante um show e ficou impressionado. Stewart disse certa vez que quando ouviu a voz de Sting “sabia que ia ter vida boa para sempre”. Logo depois do Last Exit ter se dissolvido, os dois músicos decidiram formar uma banda com o guitarrista Henry Padovani.
Mais tarde, em 1977 já com o nome The Police, a banda lançou seu primeiro single, “Fall Out”, pelo selo independente Illegal Records, que foi criado por Stewart Copeland e seu irmão Miles Copeland (empresário do Police). O single teve um sucesso considerável para um lançamento independente, vendendo aproximadamente 70 mil cópias.
Andy Summers uniu-se ao grupo e eles tocaram algumas vezes como um quarteto. Finalmente Padovani decidiu sair da banda, deixando Sting, Stewart Copeland e Andy Summers.

Os quatro Policeman

O Police assinou com a gravadora A&M em  1978, lançando o single “Roxanne”, que não obteve grande sucesso. Já o segundo single “Can’t Stand Losing You”, conseguiu ficar entre os 50 mais vendidos da parada britânica. No verão de 1978, ele saíram em excursão pelos Estados Unidos, sem nenhum disco como suporte, atravessando o país em uma van alugada e tocando com equipamento alugado.


Ainda em 1978, foi lançado Outlandos d’Amour que começou uma escalada lenta ao Top 10 britânico e ao Top 30 americano. Imediatamente depois de seu lançamento, o grupo começou uma excursão britânica e lançou o single “So Lonely”. Em 1979, o relançamento de “Roxanne” alcançou o 12º lugar nas paradas britânicas e 23º nos Estados Unidos, levando o disco Outlandos d’Amour ao sexto lugar. “Can’t Stand Losing You” chegou a ser número 2 na Inglaterra. No verão de 1979, Sting apareceu em Quadrophenia, um filme britânico baseado no álbum do The Who de mesmo nome. Mais tarde, nesse mesmo ano, ele atuou em Radio On.


“Message in a Bottle” veio primeiro, foi número 1 nas paradas britânicas. Em seguida veio Reggatta de Blanc, de 1979, e que alçou a banda ao estrelato na Inglaterra e Europa, liderando as paradas por quatro semanas. Depois de seu lançamento, Miles Copeland enviou a banda em turnês por diversos países que raramente tinham shows de músicos estrangeiros, entre eles a Tailândia, Índia, México, Grécia e Egito.

DÉCADA DE 80

Zenyatta Mondatta, lançado em 1980, alcançou o Top 10 nos Estados Unidos e Canadá. Na Inglaterra, o álbum ficou por quatro semanas em primeiro lugar. “Don’t Stand So Close To Me”, o primeiro single do álbum, foi o segundo single número 1 do Police no Reino Unido. Nos Estados Unidos, “Don’t Stand So Close To Me” foi o segundo single a alcançar o Top 10 em 1981, seguido pela colocação número 10 de “De Do Do Do, De Da Da Da”.


A banda retornou ao estúdio em 1981 para gravar seu quarto álbum com o produtor Hugh Padgham. As sessões foram filmadas para um programa de TV da BBC apresentado por Jools Holland. O álbum Ghost In The Machine foi terminado após alguns meses, ainda em 1981. Ghost In The Machine tornou-se um sucesso imediato, alcançando o primeiro lugar no Reino Unido e o segundo nos Estados Unidos e “Every Little Thing She Does Is Magic”, foi seu maior hit. Depois de seu sucesso devastador em 1980 e 1981, foram chamados de o Melhor Grupo Britânico no primeiro Brit Awards e ganharam três Grammys.


A banda fez um intervalo em 1982. Embora eles tenham seito seus primeiros shows de arena e também a primeira visita ao Brasil, cada membro seguiu seus próprios projetos durante este ano. Sting atuou no filme Brimstone And Treacle, lançando um single solo, “Spread a Little Happiness”, que fez parte da trilha Sonora do filme. A música se tornou um hit britânico.
Copeland fez a trilha sonora para o filme “O Selvagem da Motocicleta (Rumble Fish)” de Francis Ford Coppola. Também fez as músicas de King Lear para a companhia de ballet de San Francisco e lançou um álbum solo sob o pseudônimo Klark Kent, além de também tocar em várias sessões com Peter Gabriel. Summers gravou um álbum instrumental chamado I Advance Masked, com Robert Fripp.


O Police voltou em 1983 com Synchronicity, que entrou para as paradas britânicas já em primeiro lugar e rapidamente alcançou a mesma posição nas paradas americanas, onde permaneceu por 17 semanas. Synchronicity tornou-se um grande sucesso devido a força da balada “Every Breath You Take”. Ficando 8 semanas no topo das paradas americanas, “Every Breath You Take” tornou-se um dos maiores hits americanos de todos os tempos. Nas paradas britânicas a música ficou no topo por quatro semanas. “King Of Pain” e “Wrapped Around Your Finger” vieram a ser hits no decorrer do ano de 1983, fazendo com que Synchronicity fosse multi-platina nos Estados Unidos e Grã-Bretanha.


O FIM DA BANDA

O Police promoveu o álbum com uma turnê mundial de grande sucesso que precedeu as turnês do restante dos anos 80. Assim que a turnê terminou, a banda anunciou que iria entrar “em licença” a fim de seguir interesses pessoais fora do grupo.
O Police nunca retornou dessa licença. Durante a turnê de Synchronicity, as tensões pessoais e criativas entre os integrantes da banda tinham aumentado muito, e eles não tiveram nenhum desejo de trabalhar juntos por um tempo. 

REUNIÕES

Durante o ano de 1986, o Police fez algumas tentativas de reunião, tocando no concerto para a Anistia Internacional e tentando gravar algumas músicas novas para um álbum.
No decorrer da sessão de estúdio, pareceu que Sting tinha a intenção de dar à banda suas novas músicas, então o grupo regravou algumas músicas antigas, mas Copeland sofreu um acidente em um jogo de pólo. Impedido de tocar, o grupo apresentou somente uma nova versão de “Don’t Stand So Close To Me”. Ao invés de um disco de músicas inéditas, foi lançada uma compilação chamada Every Breath You Take: The Singles na época de Natal em 1986, vindo a ser o quinto primeiro lugar da banda nas paradas britânicas e o quarto Top 10 americano. Após esse lançamento, o grupo silenciosamente se dissolveu. Em 1995, o Police lançou o álbum ao vivo Live!


Em 2003, a banda fez um show único no Rock And Roll Of Fame, tocando “Roxanne”, “Message In a Bottle” e “Every Breath You Take”.
A banda retornou em fevereiro de 2007, começando assim uma turnê em comemoração aos 30 anos de lançamento do primeiro single. No dia 08 de dezembro do mesmo ano, a banda fez um show histórico no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, com um público de mais de 70 mil pessoas.

Show lendário em 2007, no Maracanã, Rio de Janeiro.

O último show da banda da turnê de 2007/2008, foi no dia 07 de agosto no Madison Square Garden. Segundo o baterista Stewart Copeland, o trio nunca mais subirá aos palcos novamente. Apenas foi lançado o álbum Certifiable no dia 11 de novembro.
Bem pessoal, por enquanto era isso que eu queria comentar com vocês, um breve histórico sobre a brilhante carreira da banda The Police. Até a próxima postagem sobre Prince. Vejam mais do Police em: 
































































segunda-feira, 13 de junho de 2016

HOLLYWOOD, OS SUCESSOS - PARTE 3



Olá, galera que curte o Blog Opinião do Véio! Com esta postagem eu finalizo os sucessos musicais que deram todo o suporte para a campanha publicitária dos cigarros Hollywood.


Como vocês podem ver e ouvir, são muitos os sucessos. E maravilhosos! Não foi à toa que essa campanha durou tanto tempo.
Eu torno a repetir, não faço alusão ao fumo, muito pelo contrário, mas cada um sabe e cuida de si. O que é importante para mim são os clássicos que se tornaram algumas dessas músicas durante estas décadas. Valeu, galera! Um grande abraço e até a próxima postagem. Curtam mais desses clássicos, em:







































































HOLLYWOOD, OS SUCESSOS - PARTE 2



Salve galera que curte o Blog Opinião do Véio! Como são muitos sucessos, tive que dividir em três partes esta postagem. Assistindo a esses vídeos, me vieram tantas lembranças dessa época e penso que essa fase era bastante "inocente", por assim dizer. 


Como todo projeto, as músicas que eram sucesso na época ou se tornaram depois dos comerciais, também faziam parte da trilha sonora de filmes importantes daquele período.


Alguns vídeos eu tive que escolher entre a qualidade de som e a imagem. Portanto, uns eu escolhi a imagem e não o som. Curtam mais do campanha publicitária do cigarro Hollywood em:







































































HOLLYWOOD, OS SUCESSOS - PARTE 1


Olá, galera que curte o Blog Opinião do Véio! Essa postagem não é para defender quem fuma, sem ofensas, muito pelo contrário, mas sim para elogiar uma campanha publicitária inteligente e oportuna, que durou mais de uma década e, que era a sensação em publicidade. Essa campanha mesclava esportes novos e até radicais, com músicas de boa qualidade. Inicialmente, a gravadora que se beneficiou nestas publicidades foi a CBS / Sony Music com seu elenco encantando os ouvintes com suas músicas, depois foi a EMI / Odeon e alguns da Warner / WEA.


Essa opinião expressada é totalmente de minha responsabilidade e, não consigo dizer se todas essas músicas participaram das campanhas publicitárias, mas afirmo que eu ouvi a grande maioria durante os intervalos comerciais, afinal de contas, esperava pela propaganda, pelas novidades, pois naquela época, sem o intermédio da internet, era bem mais difícil e demorado conseguir os lançamentos.

Esse compacto duplo eu tive.

Muitos compactos (singles) simples e duplos em vinil adquiri com os sucessos lançados através de uma campanha de cigarros (ironia do destino, até hoje, não sou fumante). Mais tarde, adquiri as coletâneas em vinil, ou LPs (Long Plays), que felizmente, estão voltando a serem fabricados.


Mais tarde, devido ao grande sucesso e a aceitação do público, criaram o Hollywood Rock, para trazer bandas importantes do cenário internacional para tocarem aqui no Brasil, juntamente com as bandas nacionais que estavam fazendo grande sucesso no cenário musical. 
Dos vícios, o único que tenho é adquirir e ouvir música boa, afinal, quem é inteligente, curte que é bom e só faz bem. Então, como o título diz, do Hollywood, só os sucessos. Curta mais dos sucessos da campanha Hollywood com vídeos dos esportes divulgados nas propagandas, em:









































































domingo, 12 de junho de 2016

CAZUZA, O POETA NÃO ESTÁ MORTO

Olá galera que curte o Blog Opinião do Véio. Nesta postagem vou comentar sobre a vida do poeta Cazuza, que foi um ícone da década de 80, suas músicas e seu envolvimento com drogas, e algumas polêmicas.


INFANCIA E ADOLESCÊNCIA

Nascido Agenor de Miranda Araújo Neto, no Rio de Janeiro, no dia 04 de abril de 1958, filho do produtor fonográfico João Araújo (1935 – 2013) e de Lucinha Araújo (1936), Cazuza recebeu o apelido antes de nascer. Seu verdadeiro nome foi dado por insistência da avó paterna. Na infância, Cazuza nem sequer sabia seu nome de batismo, por isso não respondia à chamada na escola. Só mais tarde, quando descobriu que um de seus compositores prediletos, Cartola, também se chamava Agenor (na verdade Angenor, por um erro do cartório), é que Cazuza começou a aceitar o nome.


Cazuza sempre teve contato com a música. Influenciado desde pequeno pelos grandes nomes da música brasileira, ele tinha preferência pelas letras dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa e Dalva de Oliveira. Era também grande fã da roqueira Rita Lee, para quem chegou a compor a letra da música “Perto do Fogo”, que Rita musicou. Cazuza cresceu no bairro do Leblon e estudou no Colégio Santo Inácio até mudar para o Colégio Anglo-Americano, para evitar reprovação (ele também era um simples estudante, nada de anormal). Como às vezes os pais saiam à noite, o filho único ficava na companhia da avó materna, Alice. Por volta de 1965 começou a escrever letras e poemas, que mostrava à avó. Graças ao ambiente profissional do pai, Cazuza cresceu em volta dos maiores nomes da música popular brasileira, como Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos, entre outros. A mãe, Lucinha Araújo, também cantava e gravou três discos.


Em 1972, tirando férias em Londres, Cazuza conheceu as músicas de Janis Joplin, Led Zeppelin e Rolling Stones, e logo se tornou um grande fã. Por causa da promessa do pai, que disse que lhe presentearia com um carro caso ele passasse no vestibular, Cazuza foi aprovado em Comunicação em 1976, mas desistiu do curso três semanas depois. Mais tarde começou a frequentar o Baixo Leblon, onde levou uma vida boêmia. Por causa disso, João Araújo criou um emprego para ele na gravadora Som Livre, da qual seu pai foi fundador e presidente. Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas.
No final de 1979 fez um curso de fotografia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, Estados Unidos. Lá descobriu a literatura da Geração Beat, os chamados poetas malditos, que mais tarde teria grande influência na carreira. Em 1980 retornou ao Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone no Circo Voador. Foi nessa época que Cazuza cantou em público pela primeira vez. O cantor e compositor Léo Jaime, convidado para integrar uma nova banda de rock de garagem que se formava no bairro carioca do Rio Comprido, não aceitou, mas indicou Cazuza aos vocais. Daqueles ensaios na casa do tecladista Maurício Barros, nasceu o Barão Vermelho.


BARÃO VERMELHO

O Barão Vermelho, que até então era formado por Roberto Frejat, guitarrista, Dé Palmeira, baixista, Maurício Barros, tecladista, e Guto Goffi, baterista, gostaram muito do vocal berrado de Cazuza. Em seguida, Cazuza mostra à banda letras que havia escrito e passa a compor com Frejat, formando uma das duplas mais festejadas do rock brasileiro. Dali para frente, a banda que só tocava covers passa a criar um repertório próprio. Após ouvir uma fita demo da banda, o produtor Ezequiel Neves convence o diretor artístico da Som Livre, Guto Graça Mello, a gravar a banda. Juntos convencem o relutante João Araújo a apostar no Barão Vermelho.


Com uma produção barata e gravado em apenas dois dias, é lançado em 1982 o primeiro disco da banda, Barão Vermelho. Das músicas mais importantes, destacam-se “Bilhetinho Azul”, “Ponto Fraco”, “Down Em Mim” e “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”. Apesar de ser aclamado pela crítica, o disco vendeu apenas sete mil cópias. Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, a banda voltou ao estúdio e com uma melhor produção gravou Barão Vermelho 2, lançado em 1983. 


Esse disco vendeu 15 mil cópias. Foi nessa fase que, durante um show no Canecão, Caetano Veloso apontou Cazuza como o maior poeta da geração e criticou as rádios por não tocarem as músicas do Barão. Na época, as rádios só tocavam pop brasileiro e MPB. O rótulo de “banda maldita” só abandonou o Barão Vermelho quando o cantor Ney Matogrosso gravou “Pro Dia Nascer Feliz”. 
Cazuza contou em uma entrevista, que certo dia tocaram a campainha do apartamento em que ele morava e sua empregada bateu na porta de seu quarto e lhe disse: "Seu Cazuza, seu Ney Matogrosso está aqui e pediu para falar com o senhor", o que levou Cazuza a responder: "Ah, pára de brincadeira e me deixa dormir!". Logo em seguida, Ney estava à porta de seu quarto, para conversar sobre a gravação de “Pro Dia Nascer Feliz”. Era o empurrão que faltava, e a banda ganhou vida própria.


MAIOR ABANDONADO E ROCK IN RIO

A banda foi convidada a compor e gravar o tema do filme Bete Balanço. A faixa-título tornou-se um dos grandes clássicos da banda, impulsionando o filme que virou sucesso de bilheteria. A música também impulsionou as vendas do terceiro disco do Barão. Maior Abandonado, lançado em outubro de 1984, conquistou disco de ouro, (o equivalente a 40 mil cópias) registrando outras composições como “Maior Abandonado” e “Por Que a Gente é Assim?”. Em 15 e 20 de janeiro de 1985, o Barão Vermelho se apresentou na primeira edição do Rock In Rio. A apresentação da banda no quinto dia tornou-se antológica por coincidir com a eleição do presidente Tancredo Neves e com o fim da Ditadura Militar. Cazuza anunciou esse fato ao público presente e para comemorar, cantou “Pro Dia Nascer Feliz”.


A SAÍDA DE CAZUZA DO BARÃO VERMELHO

Como eu disse no começo, algumas polêmicas causaram a saída de Cazuza da banda. Alguns meios de comunicação dizem que “Cazuza deixou a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musical e poeticamente”. Poder ser que essa seja a justificativa final, mas o que li em entrevistas da época, principalmente em revistas especializadas sobre música (eu assinava a Bizz, depois ShowBizz) é que Cazuza estava tão envolvido em orgias onde rolava álcool e drogas, que ele acabava chegando sempre atrasado para as gravações em estúdio. Aliás, outra polêmica que aconteceu na época, foi que Cazuza se declarou bissexual. Para aqueles homofóbicos de plantão, foi um prato cheio quando começou-se a falar na “peste gay”, prenúncios da AIDS que até então era conhecida como uma doença que só atingia quem era gay. Mais tarde se provou que era mentira. Mas voltando à polêmica vida desregrada, que depois foi retratado no filme sobre a vida de Cazuza, ele consumia cocaína injetando na veia. E o que é pior, compartilhando a seringa com outras pessoas. Portanto, se ele adquiriu a síndrome foi por causa das drogas.
Enfim, em uma conversa amigável, como foi dito pela banda, na época, Cazuza foi convidado a retirar-se. Em julho de 1985, durante os ensaios do quarto disco do Barão, Cazuza deixou o Barão para seguir carreira solo. Suspeita-se que nesse mesmo ano, ele começou a ter febre diariamente, indícios da AIDS que se agravaria anos depois. Ezequiel neves, que trabalhou com o Barão, dividiu-se entre a banda e a carreira solo de Cazuza.


EXAGERADO E SÓ SE FOR A DOIS

Em outubro de 1985, Cazuza foi internado para ser tratado por uma pneumonia. Ele exigiu fazer um teste de HIV, do qual o resultado foi negativo. Em novembro de 1985, seu primeiro disco solo Exagerado foi lançado pela Som Livre. “Exagerado”, a faixa-título composta em parceria com Leoni (ex-Kid Abelha), se tornou um dos maiores sucessos e marca registrada do cantor. A música “Só as Mães São Felizes” foi vetada pela censura. 


O segundo disco deveria ter sido lançado pela Som Livre, no segundo semestre de 1986, mas como a gravadora rompeu com seu elenco de artistas, Só Se For a Dois foi lançado pela PolyGram (agora Universal Music Group) em 1987. Logo depois, Cazuza foi contratado pela PolyGram. Só Se For a Dois mostrou temas românticos como “Só Se For a Dois”, “O Nosso Amor a Gente Inventa”, “Solidão Que Nada” e “Ritual”.


IDEOLOGIA E O TEMPO NÃO PÁRA

A AIDS se manifestou em 1987. Cazuza foi internado com pneumonia, e um novo teste revelou que o cantor era portador do vírus do HIV. Em outubro, Cazuza foi internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, para ser tratado de uma nova pneumonia. Em seguida, ele é levado pelos pais aos Estados Unidos. Lá, foi submetido a um tratamento a base de AZT (um coquetel de remédios, que depois ficamos sabendo que era ineficaz, diferente do que existe hoje, que se tratado direito, prolonga a vida infinitamente) durante dois meses no New England Hospital, de Boston. Ao voltar ao Brasil no começo de dezembro de 1987, Cazuza iniciou as gravações de um novo disco, Ideologia de 1988, que contém os hits “Ideologia”, “Brasil” e “Faz Parte do Meu Show”. “Brasil”, em versão de Gal Costa foi tema de abertura da telenovela Vale Tudo, da Rede Globo e ganhou o Prêmio Sharp por melhor música do ano e melhor composição pop-rock do ano (Cazuza, George Israel e Nilo Romero).


Os shows se tornaram mais elaborados e a turnê do disco Ideologia, dirigido por Ney Matogrosso, viajou por todo o Brasil. O Tempo Não Pára, gravado no Canecão durante esta turnê, foi lançado em 1989. O disco se tornou o maior sucesso comercial superando a marca de 500 mil cópias vendidas. A faixa “O Tempo Não Pára” tornou-se um dos seus maiores sucessos. Também destacam-se “Todo Amor Que Houver Nessa Vida” com um arranjo mais introspectivo, “Codinome Beija-Flor” e “Faz Parte do Meu Show”. O Tempo Não Pára também foi lançado em VHS pela Globo.


BURGUESIA

Em fevereiro de 1989, Cazuza declarou publicamente que era soropositivo, ajudando assim a criar consciência em relação à doença e aos efeitos dela. Compareceu na cerimônia do Prêmio Sharp numa cadeira de rodas, e recebeu os prêmios de melhor música para “Brasil” e de melhor disco para Ideologia. Burguesia, de 1989, foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente debilitada e fraca. É um disco duplo onde o primeiro disco traz músicas  de rock brasileiro e o segundo com músicas de MPB. Burguesia foi o último disco gravado por Cazuza e vendeu 250 mil cópias. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp póstumo de melhor música com “Cobaias de Deus”.


MORTE

Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza partiu novamente para Boston, onde ficou internado até março de 1990, quando voltou para o Rio de Janeiro. No dia 07 de julho de 1990, Cazuza morreu aos 32 anos de idade, por um choque séptico causado pela AIDS. No enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. O caixão coberto de flores e lacrado, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros do Barão Vermelho. Cazuza foi sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Sobre o tampo de mármore do túmulo, aparece o título de seu último grande sucesso, “O Tempo Não Pára”, e as datas de seu nascimento e morte. Em sua lápide nada consta além de seu famoso codinome. No ano seguinte, foi lançado o disco póstumo Por Aí.


 LEGADO

Em apenas dez anos de carreira, Cazuza deixou 126 músicas gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes. Após sua morte, os pais fundaram a Sociedade Viva Cazuza, em 1990. Sociedade Viva Cazuza tem como intenção proporcionar uma vida melhor a crianças soropositivas através de assistência à saúde, educação e lazer. Em 1997, a cantora Cássia Eller lançou o disco Veneno AntiMonotonia, que traz somente composições de Cazuza.
As músicas de Cazuza já foram reinterpretadas pelos mais diversos artistas brasileiros dos mais diversos gêneros musicais. A Som Livre realizou o show Tributo a Cazuza, em 1999, posteriormente lançado em CD e DVD, do qual participaram Ney Matogrosso, Barão Vermelho, Engenheiros do Hawaii, Kid Abelha, Zélia Duncan, Sandra de Sá, Arnaldo Antunes e Leoni. No ano de 2000 foi exibido no Rio de Janeiro e em São Paulo o musical Casas de Cazuza, escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, cuja história tem base nas músicas de Cazuza. Em 2004 foi lançado o filme biográfico Cazuza – O Tempo Não Pára de Sandra Werneck.
Em 30 de novembro de 2013, seu pai João Araújo, que era presidente da Som Livre, faleceu, vítima de uma parada cardíaca, aos 78 anos de idade.



ARTISTAS RELACIONADOS

Dentre diversos artistas relacionados a Cazuza, estão: Frejat, por ter sido um grande amigo e seu principal parceiro em composições musicais; Simone , por ter interpretado “O Tempo Não Pára” e “Codinome Beija-Flor”; Leoni, com quem compôs seu maior sucesso, “Exagerado”; George Israel (Kid Abelha), com quem compôs “Brasil”, “Solidão Que Nada” e mais 13 músicas; Léo Jaime, que apresentou Cazuza para a banda Barão Vermelho quando esta já estava formada e precisando de um vocalista para completar a banda; Lobão, tanto pela amizade com Cazuza quanto pela influência de um em outro, por ter sido grande inspiração no começo da carreira; Cássia Eller, por ter sido a intérprete que mais gravou músicas de Cazuza; Arnaldo Antunes, pela influência marcante; Bebel Gilberto, pela amizade e parceria em algumas músicas; Rita Lee, parceira na música “Perto do Fogo”, última que ele escreveu antes de morrer e primeira que ela gravou em seu disco de 1990; Ney Matogrosso, um grande amigo, que divulgou o Barão Vermelho no tempo em que a banda ainda era desconhecida, que dirigiu os shows “Ideologia” e “O Tempo Não Pára”; e Renato Russo, por ter homenageado duas vezes Cazuza e ter sido amigo, com a música em inglês “Feedback Song For a Dying Friend” e com a regravação de “Quando Eu Estiver Cantando”, no show Viva Cazuza, em 1990.

Bem pessoal, era isso que eu tinha para comentar sobre Cazuza, que se estivesse vivo, hoje estaria com 58 anos, um jovem senhor roqueiro. Vejam mais de Barão Vermelho e Cazuza em:





















































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