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domingo, 8 de maio de 2016

QUEEN, A MAJESTADE DAS BANDAS - PARTE 5

Olá galera que está curtindo o Blog Opinião do Véio! Nessa postagem encerro o que já conhecia e o que acabei conhecendo mais dessa brilhante banda chamada Queen. Nesta quinta e última parte comentarei sobre os shows ao vivo da banda e o legado deixado pelo grupo, suas influências e seus fãs.


PERFORMANCES AO VIVO

Por cerca de quinze anos de carreira, o Queen se apresentou mais de setecentas vezes ao redor do mundo, em quase todos os continentes, exceto a Antártida. O quarteto foi o primeiro grupo a fazer shows na América do Sul, com passagens pela Argentina, Brasil e Venezuela, e também a primeira banda a se apresentar na África do Sul, uma apresentação polêmica que aconteceu em 1984.
A banda se tornou, assim, célebre por esses e outros feitos, na época, únicos, como se apresentar para aproximadamente trezentas mil pessoas no Rock In Rio de 1985, e também ter realizado um show para oitenta mil pessoas na Hungria, em 1986. A apresentação no Live Aid, em 1985, foi o maior destaque em sua história, principalmente a presença de palco de Freddie Mercury, sempre tida como o elemento mais marcante nas apresentações da banda.
Freddie possuía várias marcas registradas que lhe deram notoriedade, tanto quanto a sua performance e aparência. A vivo, o músico cantava usando um microfone preso à metade de um pedestal, como se fosse um cetro, uma idéia que teve antes de entrar para a banda, quando seu pedestal quebrou e pensou que, daquela forma ainda seria útil.

No Rock In Rio em 1985.
Quando cantava, fazia movimentos teatrais, influenciados pelo seu treinamento em balé e, também, em todos os shows, envolvia a platéia em uma sequência conhecida como ''chamada e resposta'', na qual executava algumas notas vocais e, em seguida, a platéia as imitava, permitindo que até as multidões em grandes estádios participassem.
O vocalista também costumava permitir que o público cantasse partes de várias músicas, prinipalmente a versão acústica de ''Love Of My Life'', e também comandava acenos e palmas sincronizadas em músicas como ''We Will Rock You'' e ''Radio Ga Ga''. Seu bigode, utilizado durante a década de 80 se tornou outro de seus símbolos.

Rock In Rio em 1985: milhares de pessoas viram o show do Queen.

Nos vocais, Brian e Roger colaboravam, com participações muito raras de John, destacando a variedade de personalidades no quarteto, desde a extravagância de Roger Taylor e a timidez de John Deacon.
O entrosamento entre os músicos foi um fato comentado pela mídia especializada. Em 1973, Gordon Fletcher, por meio da revista Rolling Stone afirmou: ''Vamos apenas dizer que o produto final do baterista Roger Meddows Taylor e do baixista John Deacon é explosivo, um vulcão sônico colossal, cuja erupção faz a terra tremer''.
Até hoje, a crítica considera Freddie Mercury como um dos maiores artistas da história, em virtude de sua presença de palco. Um repórter do The Spectator o descreveu como um artista ''fora de série, chocante e charmoso, com várias versões extravagantes de si mesmo''.
O cantor David Bowie se referiu à Fredie afirmando que ''entre todos os cantores teatrais do rock, ele foi o único a levar tudo a um outro nível (...) era alguém que podia, literalmente, ter a platéia na palma da mão''.
Brian declarou que Freddie ''conseguia fazer a última pessoa na última fileira do estádio se sentir incluída''. Em uma resenha do Live Aid, em 2005, um crítico escreveu que ''aqueles que listam os maiores vocalistas da história, costumam dar a primeira posição para Robert Plant ou Mick Jagger, mas estão terrivelmente errados, por sua performance mitológica no Live Aid, Mercury era, sem dúvida, o maior de todos''. A banda, geralmente, é citada como uma das primeiras que transformou o rock em entretenimento.

Rock In Rio 1985: no final do show Freddie Mercury entrou com a bandeira do Reino Unido, mas
quando se virou de costas para a multidão, estava lá a bandeira do Brasil. O público foi ao delírio.

TEMAS LÍRICOS

Ao contrário da maioria das bandas de rock do seu tempo, o Queen não tinha fortes pretensões líricas, e tal característica era refletida nas composições. O vocalista Freddie Mercury, ironizando a aparente futilidade das composições do quarteto, afirmou ser uma prostituta musical, declarando que, para ele, sempre foi importante produzir canções que alegrassem as pessoas, para todos os públicos, de toda nacionalidade e cultura, não apenas os intelectuais. Na época em que John Lennon foi assassinado, o cantor disse que, ao contrário do ex-Beatle, não tinha talento para escrever mensagens profundas.
O baterista Roger Taylor possui uma opinião parecida a respeito do repertório do grupo, mas diferentemente, afirma que fornecer entretenimento já é um significado para as músicas. Freddie se considerava um homem romântico, com a maior parte de seu trabalho lírico voltado ao amor.


Segundo o próprio, em muitos momentos ele até tentou escrever músicas com outros temas, mas no fim o romantismo sempre estava em alguma parte. Ainda, preferia escrever arranjos do que fazer letras. Sempre tido como alguém complexo, parte das composições do artista para a banda, abordam indiretamente elementos de sua vida, como ''Get Down, Make Love'', do álbum News Of The World, ''Don't Stop Me Now'', de Jazz e ''Body Language'' de Hot Space, abordando sua época de intensa atividade sexual, enquanto ''It's a Hard Life'', de The Works evidenciava uma fase na qual procurava um relacionamento sério e duradouro.
Em ''Was It All Worth It'', de The Miracle, disserta sobre os excessos vividos nos anos anteriores. Afirmando ser alguém solitário, vulnerável e extremamente desconfiado das pessoas que o cercavam, o legado musical de Freddie se tornou um objeto de várias interpretações, por sua personalidade reservada e tímida.


John Deacon, que se considerava terrivelmente tímido e ansioso, compôs um repertório considerável ao longo dos anos do Queen, e diferentemente de Freddie, não gostava de escrever sua canções a partir da melodia. Em uma entrevista em 1982, o baixista confessou que para ele, geralmente,as melodias surgem primeiro do que as letras. Em seus versos, o músico afirma que procura contar histórias, ou decifrar nos mínimos detalhes um conceito moral, dentro da personalidade dos personagens que criou, cada qual diferente do outro.
No entanto, há suposições de que algumas músicas foram baseadas em sentimentos pessoais. Roger Taylor, por exemplo, brincou, questionando se em ''I Want To Break Free'', de The Works, o instrumentista estava querendo desabafar alguma coisa sobre a banda.
O baterista, por sua vez, criava suas músicas a partir de uma ideia inicial, que poderia ser melódica ou lírica. Embora a quantidade de composições suas para os álbuns sejam geralmente iguais as de John Deacon, o músico era quem escrevia mais músicas para a banda, mas muitas destas não se destacavam frente aos demais. Seu processo de composição é, para o artista, um exercício de lazer.
Ao contrário de Freddie, a maior parte da obra de Brian May é, de certa forma, pretensiosa. O guitarrista declara-se alguém muito preocupado com a paz, tema que faz parte da maioria dos seus trabalhos autorais.

RELACIONAMENTO ENTRE OS INTEGRANTES

Grande parte do repertório do Queen foi escrito de forma individual pelos seus integrantes e, diferentemente de grande parte das bandas de rock, a amizade dos membros do quarteto, até certo nível se restringia a questões profissionais.
Roger Taylor afirmou que o pouco convívio fora da banda era o segredo para que os quatro permanecessem juntos. Mas com o passar dos anos, algumas colaborações conjuntas foram feitas. Após ''Stone Cold Crazy'', de Sheer Heart Attack, ''Under Pressure'' foi a segunda música da banda a ter créditos de todos os integrantes.
Durante a década de 80, John Deacon escreveu várias músicas junto com Freddie Mercury, como ''Cool Cat'' e ''Friends Will Be Friends''. Entre os quatro, o vocalista era o elemento da banda com quem possuía mais proximidade, e, embora não mantivesse muito contato fora do grupo, o cantor gostava muito de John.

Freddie e John

Freddie Mercury, em uma entrevista na década de 70, disse: ''Se Deus nos abandonar agora, o resto do grupo não vai fazer nada se John disser que está tudo bem''. Tido como o ''cérebro'' e por vezes lider em questões internas da banda, o músico aposentou-se logo após a morte de Freddie Mercury.
Assim como John e Freddie, Brian e Roger possuem uma longa parceria. Publicamente, Brian May disse que ''Roger Taylor é como um irmão, e dentro do Queen sempre foi o músico com o qual tenho mais proximidade''.
Em entrevista à Guitar World, Brian disse que, pelo fato de já integrarem outra banda anteriormente, os dois se identificavam mais. ''Nós fomos e somos como irmãos. Estávamos tão próximos em nossas aspirações e a forma como olhamos para a música, mas é claro que tão distante de muitas outras maneiras. Assim como quaisquer irmãos que se amam e odeiam coisas do outro ao longo de toda a vida''.
Em relação a Freddie Mercury, o guitarrista afirmou que o vocalista tinha a capacidade de fazê-lo ter a melhor performance em seu instrumento, de maneira que, em sua opinião, seus melhores momentos no Queen foram em composições de Freddie.

Aparentemente o clima entre eles era amistoso.

Em contrapartida, o relacionamento entre Roger Taylor e Brian May com John Deacon é praticamente inexistente. O baterista afirma que desde 1997 não possui contato com o baixista, e em uma entrevista ao The Independent, em 2013, disse que o músico é um sociopata.
Brian May disse, em 2014, para a Rolling Stone, que John deseja ficar sozinho em seu universo particular e que também não mantém contato com ele. O vocalista, por sua vez, afirmou que todos os integrantes tinham egos enorme, principalmente Roger.
Apesar de ser citado por grande parte da imprensa como o líder do Queen, Freddie Mercury detestava o título e afirmava que, no máximo, talvez era o integrante mais importante.
Assim como Brian, o músico considerava que a banda estava em total forma quando todos contribuíam, e cada um tinha um papel importante dentro do grupo. ''Se alguém deixar o Queen, qualquer um dos quatro, seria o fim do Queen. Somos quatro, mas como peças entrelaçadas que se igualam. E os outros, simplesmente não poderiam ter êxito sem os demais''.


RECONHECIMENTO E INFLUÊNCIA

O Queen foi uma das bandas de rock mais influentes e bem sucedidas, comercialmente falando. Com vendas estimadas de 150 a 300 milhões de discos, incluindo 34,5 milhões de unidades certificadas nos Estados Unidos, os três integrantes ainda vivos estão entre os músicos britânicos mais ricos.
Em 2013, com dados do jornal Sunday Times, Brian May estava classificado na vigésima segunda posição, com uma fortuna estimada em 95 milhões de euros, enquanto Roger Taylor na vigésima terceira, com 90 milhões de euros e John Deacon no trigésimo lugar, com 74 milhões de euros.
A revista Rolling Stone classificou o Queen na 51ª posição entre os ''The 100 Greatest Artists Of All Time''. A revista Q pôs o grupo entre as cinco maiores bandas de todos os tempos. O canal VH1, por sua vez, escalou a banda na 17 posição entre os maiores artistas de todos os tempos.


A música ''Bohemian Rhapsody'' foi eleito o single preferido pelos britânicos dos últimos 60 anos. A coletânea Greatest Hits é o álbum mais vendido no Reino Unido, com mais de cinco milhões de cópias comercializadas.
O Queen também recebeu várias premiações e indicações. Em 1990, receberam o prêmio Brit Awards na categoria ''Outstanding Contribuition To Music'', pelo trabalho feito pelo grupo durante a década de 80.
A banda foi introduzida ao Rock And Roll Hall Of Fame em 2001, todos os seus integrantes foram empossados ao Songwriters Hall Of Fame, em 2003. Em 2009, ''We Will Rock You'' e ''We Are The Champions'' foram introduzidas no Grammy Hall Of Fame, sendo que esta última foi considerada, em um estudo científico, como a música mais cativante e grudenta na história da música popular.
Sua música tem influenciado inúmeros artistas. James Hetfield, vocalista do Metallica, declarou-se fã da banda, e elogiou o ecletismo musical do Queen, afirmando que ''essa banda poderia fazer praticamente qualquer coisa''.
Outros artistas e bandas de rock como Iron Maiden, David Lee Roth, Dream Theater, Anthrax, Guns N' Roses, Def Leppard, Van Halen, Foo Fighters, The Darkness, Nirvana, Radiohead, Muse e artistas pop como George Michael, Lady Ga Ga (que tem esse apelido por causa de ''Radio Ga Ga'') e Katy Perry, citam como influência o Queen. 




Bem galera, era isso que eu tinha para comentar sobre a majestade, Queen, que muito colaborou para a criação de lindas músicas e nos proporcionou belos momentos ao embalo de suas gravações. Fiquem com mais do Queen em:

























































QUEEN, A MAJESTADE DAS BANDAS - PARTE 4

Olá galera que está aí, curtindo o Blog Opinião do Véio. Chegamos na quarta parte comentando sobre a bela carreira da banda Queen, só que agora, na fase sem Freddie Mercury. Vou comentar como a banda ficou sem seu vocalista, que a formação original se desfez com a morte de Freddie e a saída de outro integrante importante. Vou citar, também que a banda quase terminou e qual seria seu destino dali para a frente.


1991 - 1997: HOMENAGENS E APOSENTADORIA
DE JOHN DEACON

Antes de falecer, Freddie brincou com Brian May, dizendo que sua morte faria bem para o Queen, comercialmente falando. Brian lançou ''Driven By You'' como primeiro single de sua carreira solo, obtendo boas posições nas paradas.
Entretanto, o guitarrista estava em depressão nervosa, e quase se suicidou. Na mesma época, ''Bohemian Rhapsody'' foi relançada, e alcançou o primeiro lugar nas paradas, vendendo mais de um milhão de cópias. Com coletâneas, as vendas aumentaram virtiginosamente após a morte de seu vocalista.
Só que o trio remanescente não sabia como continuar. John Deacon, convencido de sua aposentadoria, estava aguardando o nascimento do quinto filho, mas também demonstrava sintomas de depressão.
Brian investiria numa carreira solo sem grandes êxitos, enquanto Roger Taylor lançaria mais um álbum da The Cross, retornando aos seus trabalhos como cantor com o politizado Happiness?. Segundo o baterista, ''pensei em minha fase de vida em que eu poderia muito bem escrever sobre algo que eu acreditava, que tinha significado. Você não pode escrever canções pop toda a sua vida''.

Annie Lennox & David Bowie interpretando "Under Pressure" em 1992.

Em 20 de abril de 1992, foi realizado o The Freddie Mercury Tribute Concert, um show tributo que reuniu várias bandas e artistas famosos, realizado no estádio de Wembley, em Londres. Músicos como David Bowie, George Michael, Annie Lennox, Elton John, Liza Minnelli, Robert Plant, Roger Daltrey, Tony Iommi e bandas como Def Leppard, Extreme, Guns N' Roses e Metallica, juntamente com os integrantes remanescentes do Queen (Brian May, John Deacon e Roger Taylor) tocaram os maiores sucessos da banda. A iniciativa foi tomada para arrecadar fundos para a Mercury Phoenix Trust, uma fundação que tem como objetivo lutar contra a AIDS.
Pouco tempo após o lançamento de ''Innuendo'', Freddie deixou claro que queria continuar gravando, apesar de sua saúde frágil. Três músicas novas foram gravadas: ''A Winter's Tale'', ''You Don't Fool Me'' e ''Mother Love'', essa última que seria a última gravação do cantor, realizada em 22 de maio de 1991.
Em 1993, John deacon, Roger Taylor e Brian May se reuniram para retrabalhar nas últimas músicas deixadas por Freddie, mas eram insuficientes para completar um álbum. O trio procurou em todos os arquivos do Queen por músicas para o novo álbum.
A produção ocorreu em 1994 e seguiu até 1995. Com várias discordâncias sobre o disco, os integrantes demoraram para chegar a um consenso. Assim, Made In Heaven foi lançado em novembro de 1995, como forma de cumprir um dos últimos desejos de Freddie Mercury, que era o lançamento deste álbum, que foi o último álbum inédito da banda.


Durante as sessões de Made In Heaven, John Deacon teve sua sexta e última filha. O baixista estava convencido de que se aposentar e dedicar-se à família era a melhor decisão no momento.
Mas ainda participava de algumas reuniões com os outros músicos, conforme Brian e Roger o chamavam. Em 1997, o baterista e o guitarrista decidiram lançar uma coletânea relembrando algumas das músicas mais pesadas do Queen, incluindo uma nova versão de ''I Can't Live With You''.
Para o álbum, de título Queen Rocks, o trio gravou ''No-One But You (Only The Good Die Young)'' que ficou, até 2014 como a última canção inédita lançada pela banda. Assim, foi a última participação de John Deacon com seus companheiros remanescentes.

Somente Brian May e Roger Taylor compareceram em 2001
 à cerimônia do Rock And Roll Hall Of Fame.

2001 - ATUALMENTE

Em 2001, a banda foi introduzida ao Rock And Roll Hall Of Fame, mas apenas Brian e Roger apareceram. Nesta mesma época, a dupla gravou ''We Are The Champions'' com Robbie Williams para o musical We Will Rock You.
A participação se tornou célebre pelos comentários negativos de John Deacon ao jornal The Sun, afirmando que estava satisfeito por não se envolver na gravação, e que Freddie era insubstituível: ''Eu não queria estar envolvido nisso e estou feliz. Ouvi o que eles fizeram e é um lixo. É uma das maiores músicas já escritas, mas eu acho que eles a destruíram. Eu não quero ser rude, mas digamos que Robbie Williams não é Freddie Mercury. Freddie nunca será substituído e, certamente , não por ele''.
Em novembro de 2003, Brian e Roger participaram do 46664, evento que aconteceu no antigo Green Point Stadium, na Cidade do Cabo. Foi organizado por Nelson Mandela, com o objetivo de aumentar a conscientização da população sobre a AIDS na África do Sul.

Queen + Paul Rodgers
No início de 2005, junto com o cantor Paul Rodgers, fundaram o supergrupo Queen + Paul Rodgers, que realizou várias turnês em alguns continentes do mundo. Alguns álbuns ao vivo foram lançados, como Return Of The Champions. Mas o inédito The Cosmos Rock, em 2008, obteve maior destaque, embora com várias críticas negativas. Em 2009, a parceria teve seu fim.
O ex-integrante John Deacon não se opôs à reunião, mas afirmou que não gostaria de estar envolvido. ''John nos deu a sua benção eterna'', afirmou Roger Taylor, embora tenha reconhecido que o baixista é extremamente reservado e suas opiniões não sejam muito claras.
Em 2011, em comemoração aos quarenta anos do Queen, Brian e Roger iniciaram uma campanha de remasterização e relançamento de todo o catálogo de estúdio da banda, incluindo edições duplas de cada álbum, tendo assim, várias faixas bônus. Este projeto incluiu versões ao vivo e gravações alternativas em estúdio para as músicas, versões single e novas mixagens.
Neste mesmo ano, Brian May e Roger Taylor participaram do programa American Idol, onde conheceram o cantor Adam Lambert. Nesta época, a dupla anunciou estar retrabalhando em algumas faixas perdidas do Queen, com vocais de Freddie Mercury.
Incluindo ''There Must Be More to Life Than This'', com participação de Michael Jackson, Queen Forever foi lançado em 2014, contendo a última música inédita distribuída pela banda, ''Let Me In Your Heart Again'', com participação de Freddie Mercury e John Deacon. Em uma entrevista na Rolling Stone naquele ano, Brian e Roger afirmaram que Deacon é uma pessoa frágil, mas que continuava administrando a parte financeira do grupo (Frágil, mas útil! Muito conveniente, não acham?).

Queen + Adam Lambert
Lembram do American Idol e de Adam Lambert? Mais tarde, os três fundaram um supergrupo chamado Queen + Adam Lambert. Em 2015, em comemoração aos 30 anos do Rock In Rio, o supergrupo Queen + Adam Lambert se apresentou na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, para mais de 85 mil pessoas. A apresentação, além de conter canções da banda, incluiu o single ''Ghost Town'', de Adam Lambert.

INFLUÊNCIAS DE CADA MEMBRO DO QUEEN

Apesar de Led Zeppelin, The Who e The Beatles serem frequentemente citados como as principais influências do Queen, os gostos musicais de cada integrante são muito diferentes.
O baixista John Deacon, por exemplo, aponta Chris Squire do grupo Yes como uma de suas influências no baixo, mas sempre foi um grande admirador de rhythm and blues e música negra, fato que o fez compor músicas como ''Another Ones Bites The Dust''. A performance de Deacon também é lembrada por sua rapidez e habilidade com os graves.
Freddie Mercury, por sua vez gostava muito de música erudita e ópera, como as composições de Noël Coward, Fréderic Chopin e Mozart, além da voz de Dick Powell.
No entanto, admirava alguns intérpretes da música popular, como Little Richard, Fats Domino, Robert Plant, Aretha Franklin, mas principalmente Liza Minnelli e Jimi Hendrix. Freddie, ao longo de sua carreira elogiou outros intérpretes do rock, como John Lennon e e Paul Rodgers, do qual era fã.
Brian May afirmou ser admirador de Jimi Hendrix, Eric Clapton, mas, principalmente da técnica de George Harrison, declarando em uma entrevista de 1982, que George é um instrumentista de ''pensamento livre''.
Na opinião de Roger Taylor, Keith Moon trouxe uma nova perspectiva para o uso de bateria no rock, sendo também bastante influenciado por músicos de jazz como Gene Krupa e Joe Morello.


Assim sendo, com a reunião dos quatro, a música do Queen tomou proporções extremamente variadas. Segundo John, no início as músicas do quarteto foram escritas numa estrutura mais adequada para um power trio.
Com a entrada de Freddie Mercury como vocalista e pianista e de John Deacon como baixista de muitas influências, a sonoridade do grupo foi mudando. Estas mudanças começaram a ficar mais perceptíveis a partir de Sheer Heart Attack, atingindo seu apogeu em A Night At Opera, com suas influências de hard rock, heavy metal, pop rock, folk e outros gêneros. A música ''Stone Cold Crazy'', por exemplo, é citada como uma das primeiras canções de metal da história, que influenciou diretamente bandas como o Metallica.
No decorrer dos anos 70, sua produção era considerada muito exagerada, e o tempo que gastavam no estúdio gravando harmonias era muito grande. Adotando sintetizadores nos anos 80, principalmente a partir de Hot Space, o Queen apresentou outras influências, como o funk rock e a música disco. Um dos principais motivos pelos quais demoraram para adotar teclados nas músicas, foi o fato de acharem a geração mais antiga do instrumento pouco flexível e emocional. Conforme os equipamentos foram evoluindo, as opiniões foram mudando.

May com a Red Special original e a réplica.

GUITARRA DE BRIAN MAY

Steve Vai disse em entrevista à Guitar World: ''Consigo ouvir qualquer músico e imitar seu som, mas não Brian May''.
Um dos destaques na sonoridade do Queen é a guitarra de Brian May, a Red Special. Fabricada de forma caseira com o pai, na década de 60, possui um timbre característico. Foi utilizada na maioria das músicas da banda e, juntamente com o amplificador caseiro de John Deacon, a Deacy Amp, foi a fonte de vários efeitos sonoros e emulações de instrumentos contidos, principalmente nos primeiros álbuns do Queen, como nas músicas ''Procession'' (Queen II) e ''God Save The Queen'' (A Night At Opera).
O músico, também teve a idéia, até então inédita de criar harmonias com várias camadas de guitarra, construindo uma sonoridade que, até os dias atuais é extensamente respeitada por outros guitarristas.
A revista Rolling Stone o classificou como o 26º melhor guitarrista de todos os tempos. Numa enquete com votos do público, a revista Guitar World elegeu Brian como o segundo melhor guitarrista, ficando atrás apenas de Eddie Van Halen.

Roger também atuou nos vocais da banda.
VOCAIS

Apesar do Queen ser um quarteto, três integrantes atuaram efetivamente nos vocais. O vocalista e pianista Freddie Mercury gravou a maior parte deles, mas Roger Taylor possuía importante participação nas vozes da banda.
O baterista gravou, por vezes, partes mais agudas em algumas músicas, utilizando falsete. como ''In The Lap Of Gods'' e ''Ogre Battle'' e seu timbre rouco é geralmente comparado ao cantor Rod Stewart. Brian May, por sua vez, é tido como um cantor que possui, em sua voz, uma suavidade que muitos não possuem.
John Deacon é o único que nunca gravou nenhum vocal para o grupo, e suas músicas foram todas interpretadas por Freddie. Segundo o próprio John, não sabe cantar, e em uma entrevista dada em 1986, o baixista lamentou sua incapacidade.
''[...] é como estar em uma cadeira de rodas de certa forma, porque você não pode realmente se expressar da maneira que você gostaria. Se eu pudesse cantar, seria lindo. Não é uma simples desvantagem, é uma grande desvantagem, em termos de escrever músicas. Gostaria que eu pudesse, mas eu não posso''.
Freddie Mercury, por sua vez, tinha uma extensão vocal que abrangia cerca de quatro oitavas e possuía facilidade tanto para notas graves e agudas.
A revista Rolling Stone escolheu ''Bohemian Rhapsody'', ''We Are The Champions'' e ''You're My Best Friend'' como as músicas que contém as melhores interpretações vocais dentro de toda a sua carreira.   
Bem galera, era isso que eu tinha para comentar nessa quarta parte sobre a carreira e obra da banda Queen. Na próxima postagem, a quinta e última parte dessa odisséia musical. Fiquem com mais da obra do Queen em:       















































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