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domingo, 8 de maio de 2016

QUEEN, A MAJESTADE DAS BANDAS - PARTE 5

Olá galera que está curtindo o Blog Opinião do Véio! Nessa postagem encerro o que já conhecia e o que acabei conhecendo mais dessa brilhante banda chamada Queen. Nesta quinta e última parte comentarei sobre os shows ao vivo da banda e o legado deixado pelo grupo, suas influências e seus fãs.


PERFORMANCES AO VIVO

Por cerca de quinze anos de carreira, o Queen se apresentou mais de setecentas vezes ao redor do mundo, em quase todos os continentes, exceto a Antártida. O quarteto foi o primeiro grupo a fazer shows na América do Sul, com passagens pela Argentina, Brasil e Venezuela, e também a primeira banda a se apresentar na África do Sul, uma apresentação polêmica que aconteceu em 1984.
A banda se tornou, assim, célebre por esses e outros feitos, na época, únicos, como se apresentar para aproximadamente trezentas mil pessoas no Rock In Rio de 1985, e também ter realizado um show para oitenta mil pessoas na Hungria, em 1986. A apresentação no Live Aid, em 1985, foi o maior destaque em sua história, principalmente a presença de palco de Freddie Mercury, sempre tida como o elemento mais marcante nas apresentações da banda.
Freddie possuía várias marcas registradas que lhe deram notoriedade, tanto quanto a sua performance e aparência. A vivo, o músico cantava usando um microfone preso à metade de um pedestal, como se fosse um cetro, uma idéia que teve antes de entrar para a banda, quando seu pedestal quebrou e pensou que, daquela forma ainda seria útil.

No Rock In Rio em 1985.
Quando cantava, fazia movimentos teatrais, influenciados pelo seu treinamento em balé e, também, em todos os shows, envolvia a platéia em uma sequência conhecida como ''chamada e resposta'', na qual executava algumas notas vocais e, em seguida, a platéia as imitava, permitindo que até as multidões em grandes estádios participassem.
O vocalista também costumava permitir que o público cantasse partes de várias músicas, prinipalmente a versão acústica de ''Love Of My Life'', e também comandava acenos e palmas sincronizadas em músicas como ''We Will Rock You'' e ''Radio Ga Ga''. Seu bigode, utilizado durante a década de 80 se tornou outro de seus símbolos.

Rock In Rio em 1985: milhares de pessoas viram o show do Queen.

Nos vocais, Brian e Roger colaboravam, com participações muito raras de John, destacando a variedade de personalidades no quarteto, desde a extravagância de Roger Taylor e a timidez de John Deacon.
O entrosamento entre os músicos foi um fato comentado pela mídia especializada. Em 1973, Gordon Fletcher, por meio da revista Rolling Stone afirmou: ''Vamos apenas dizer que o produto final do baterista Roger Meddows Taylor e do baixista John Deacon é explosivo, um vulcão sônico colossal, cuja erupção faz a terra tremer''.
Até hoje, a crítica considera Freddie Mercury como um dos maiores artistas da história, em virtude de sua presença de palco. Um repórter do The Spectator o descreveu como um artista ''fora de série, chocante e charmoso, com várias versões extravagantes de si mesmo''.
O cantor David Bowie se referiu à Fredie afirmando que ''entre todos os cantores teatrais do rock, ele foi o único a levar tudo a um outro nível (...) era alguém que podia, literalmente, ter a platéia na palma da mão''.
Brian declarou que Freddie ''conseguia fazer a última pessoa na última fileira do estádio se sentir incluída''. Em uma resenha do Live Aid, em 2005, um crítico escreveu que ''aqueles que listam os maiores vocalistas da história, costumam dar a primeira posição para Robert Plant ou Mick Jagger, mas estão terrivelmente errados, por sua performance mitológica no Live Aid, Mercury era, sem dúvida, o maior de todos''. A banda, geralmente, é citada como uma das primeiras que transformou o rock em entretenimento.

Rock In Rio 1985: no final do show Freddie Mercury entrou com a bandeira do Reino Unido, mas
quando se virou de costas para a multidão, estava lá a bandeira do Brasil. O público foi ao delírio.

TEMAS LÍRICOS

Ao contrário da maioria das bandas de rock do seu tempo, o Queen não tinha fortes pretensões líricas, e tal característica era refletida nas composições. O vocalista Freddie Mercury, ironizando a aparente futilidade das composições do quarteto, afirmou ser uma prostituta musical, declarando que, para ele, sempre foi importante produzir canções que alegrassem as pessoas, para todos os públicos, de toda nacionalidade e cultura, não apenas os intelectuais. Na época em que John Lennon foi assassinado, o cantor disse que, ao contrário do ex-Beatle, não tinha talento para escrever mensagens profundas.
O baterista Roger Taylor possui uma opinião parecida a respeito do repertório do grupo, mas diferentemente, afirma que fornecer entretenimento já é um significado para as músicas. Freddie se considerava um homem romântico, com a maior parte de seu trabalho lírico voltado ao amor.


Segundo o próprio, em muitos momentos ele até tentou escrever músicas com outros temas, mas no fim o romantismo sempre estava em alguma parte. Ainda, preferia escrever arranjos do que fazer letras. Sempre tido como alguém complexo, parte das composições do artista para a banda, abordam indiretamente elementos de sua vida, como ''Get Down, Make Love'', do álbum News Of The World, ''Don't Stop Me Now'', de Jazz e ''Body Language'' de Hot Space, abordando sua época de intensa atividade sexual, enquanto ''It's a Hard Life'', de The Works evidenciava uma fase na qual procurava um relacionamento sério e duradouro.
Em ''Was It All Worth It'', de The Miracle, disserta sobre os excessos vividos nos anos anteriores. Afirmando ser alguém solitário, vulnerável e extremamente desconfiado das pessoas que o cercavam, o legado musical de Freddie se tornou um objeto de várias interpretações, por sua personalidade reservada e tímida.


John Deacon, que se considerava terrivelmente tímido e ansioso, compôs um repertório considerável ao longo dos anos do Queen, e diferentemente de Freddie, não gostava de escrever sua canções a partir da melodia. Em uma entrevista em 1982, o baixista confessou que para ele, geralmente,as melodias surgem primeiro do que as letras. Em seus versos, o músico afirma que procura contar histórias, ou decifrar nos mínimos detalhes um conceito moral, dentro da personalidade dos personagens que criou, cada qual diferente do outro.
No entanto, há suposições de que algumas músicas foram baseadas em sentimentos pessoais. Roger Taylor, por exemplo, brincou, questionando se em ''I Want To Break Free'', de The Works, o instrumentista estava querendo desabafar alguma coisa sobre a banda.
O baterista, por sua vez, criava suas músicas a partir de uma ideia inicial, que poderia ser melódica ou lírica. Embora a quantidade de composições suas para os álbuns sejam geralmente iguais as de John Deacon, o músico era quem escrevia mais músicas para a banda, mas muitas destas não se destacavam frente aos demais. Seu processo de composição é, para o artista, um exercício de lazer.
Ao contrário de Freddie, a maior parte da obra de Brian May é, de certa forma, pretensiosa. O guitarrista declara-se alguém muito preocupado com a paz, tema que faz parte da maioria dos seus trabalhos autorais.

RELACIONAMENTO ENTRE OS INTEGRANTES

Grande parte do repertório do Queen foi escrito de forma individual pelos seus integrantes e, diferentemente de grande parte das bandas de rock, a amizade dos membros do quarteto, até certo nível se restringia a questões profissionais.
Roger Taylor afirmou que o pouco convívio fora da banda era o segredo para que os quatro permanecessem juntos. Mas com o passar dos anos, algumas colaborações conjuntas foram feitas. Após ''Stone Cold Crazy'', de Sheer Heart Attack, ''Under Pressure'' foi a segunda música da banda a ter créditos de todos os integrantes.
Durante a década de 80, John Deacon escreveu várias músicas junto com Freddie Mercury, como ''Cool Cat'' e ''Friends Will Be Friends''. Entre os quatro, o vocalista era o elemento da banda com quem possuía mais proximidade, e, embora não mantivesse muito contato fora do grupo, o cantor gostava muito de John.

Freddie e John

Freddie Mercury, em uma entrevista na década de 70, disse: ''Se Deus nos abandonar agora, o resto do grupo não vai fazer nada se John disser que está tudo bem''. Tido como o ''cérebro'' e por vezes lider em questões internas da banda, o músico aposentou-se logo após a morte de Freddie Mercury.
Assim como John e Freddie, Brian e Roger possuem uma longa parceria. Publicamente, Brian May disse que ''Roger Taylor é como um irmão, e dentro do Queen sempre foi o músico com o qual tenho mais proximidade''.
Em entrevista à Guitar World, Brian disse que, pelo fato de já integrarem outra banda anteriormente, os dois se identificavam mais. ''Nós fomos e somos como irmãos. Estávamos tão próximos em nossas aspirações e a forma como olhamos para a música, mas é claro que tão distante de muitas outras maneiras. Assim como quaisquer irmãos que se amam e odeiam coisas do outro ao longo de toda a vida''.
Em relação a Freddie Mercury, o guitarrista afirmou que o vocalista tinha a capacidade de fazê-lo ter a melhor performance em seu instrumento, de maneira que, em sua opinião, seus melhores momentos no Queen foram em composições de Freddie.

Aparentemente o clima entre eles era amistoso.

Em contrapartida, o relacionamento entre Roger Taylor e Brian May com John Deacon é praticamente inexistente. O baterista afirma que desde 1997 não possui contato com o baixista, e em uma entrevista ao The Independent, em 2013, disse que o músico é um sociopata.
Brian May disse, em 2014, para a Rolling Stone, que John deseja ficar sozinho em seu universo particular e que também não mantém contato com ele. O vocalista, por sua vez, afirmou que todos os integrantes tinham egos enorme, principalmente Roger.
Apesar de ser citado por grande parte da imprensa como o líder do Queen, Freddie Mercury detestava o título e afirmava que, no máximo, talvez era o integrante mais importante.
Assim como Brian, o músico considerava que a banda estava em total forma quando todos contribuíam, e cada um tinha um papel importante dentro do grupo. ''Se alguém deixar o Queen, qualquer um dos quatro, seria o fim do Queen. Somos quatro, mas como peças entrelaçadas que se igualam. E os outros, simplesmente não poderiam ter êxito sem os demais''.


RECONHECIMENTO E INFLUÊNCIA

O Queen foi uma das bandas de rock mais influentes e bem sucedidas, comercialmente falando. Com vendas estimadas de 150 a 300 milhões de discos, incluindo 34,5 milhões de unidades certificadas nos Estados Unidos, os três integrantes ainda vivos estão entre os músicos britânicos mais ricos.
Em 2013, com dados do jornal Sunday Times, Brian May estava classificado na vigésima segunda posição, com uma fortuna estimada em 95 milhões de euros, enquanto Roger Taylor na vigésima terceira, com 90 milhões de euros e John Deacon no trigésimo lugar, com 74 milhões de euros.
A revista Rolling Stone classificou o Queen na 51ª posição entre os ''The 100 Greatest Artists Of All Time''. A revista Q pôs o grupo entre as cinco maiores bandas de todos os tempos. O canal VH1, por sua vez, escalou a banda na 17 posição entre os maiores artistas de todos os tempos.


A música ''Bohemian Rhapsody'' foi eleito o single preferido pelos britânicos dos últimos 60 anos. A coletânea Greatest Hits é o álbum mais vendido no Reino Unido, com mais de cinco milhões de cópias comercializadas.
O Queen também recebeu várias premiações e indicações. Em 1990, receberam o prêmio Brit Awards na categoria ''Outstanding Contribuition To Music'', pelo trabalho feito pelo grupo durante a década de 80.
A banda foi introduzida ao Rock And Roll Hall Of Fame em 2001, todos os seus integrantes foram empossados ao Songwriters Hall Of Fame, em 2003. Em 2009, ''We Will Rock You'' e ''We Are The Champions'' foram introduzidas no Grammy Hall Of Fame, sendo que esta última foi considerada, em um estudo científico, como a música mais cativante e grudenta na história da música popular.
Sua música tem influenciado inúmeros artistas. James Hetfield, vocalista do Metallica, declarou-se fã da banda, e elogiou o ecletismo musical do Queen, afirmando que ''essa banda poderia fazer praticamente qualquer coisa''.
Outros artistas e bandas de rock como Iron Maiden, David Lee Roth, Dream Theater, Anthrax, Guns N' Roses, Def Leppard, Van Halen, Foo Fighters, The Darkness, Nirvana, Radiohead, Muse e artistas pop como George Michael, Lady Ga Ga (que tem esse apelido por causa de ''Radio Ga Ga'') e Katy Perry, citam como influência o Queen. 




Bem galera, era isso que eu tinha para comentar sobre a majestade, Queen, que muito colaborou para a criação de lindas músicas e nos proporcionou belos momentos ao embalo de suas gravações. Fiquem com mais do Queen em:

























































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