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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

RPM, A BANDA QUE ENCANTOU UMA GERAÇÃO - SEGUNDA PARTE


Olá pessoal que está curtindo o Blog Opinião do Véio! Estou aqui, mais uma vez, para comentar a história de uma banda que foi, literalmente, catapultada ao estrelato, caiu no gosto dos empresários e, principalmente, no gosto popular, pois é quem consome o produto vendido por um cantor ou banda: a música.


Na segunda parte da história da banda RPM, existe um caminho igual à de uma montanha russa: cheio de altos e baixos. Mas uma coisa posso lhes garantir, com a maturidade chegando aos integrantes, muitas coisas tiveram que ser resolvidas no diálogo, pois o negócio que lhes impulsiona é a música e isso necessita de público, vendas, voltar ao estrelato, antes tão facilmente atingido e ao mesmo tempo tão frágil.

Terceiro disco de estúdio, mas não considerado oficial por causa da disputa 
na justiça do nome RPM e por não contar com Luiz Schiavon e Paulo Pagni.

1993: Paulo Ricardo & RPM

Apesar de não contar com o tecladista Luiz Schiavon e com o baterista Paulo P.A. Pagni, este disco é considerado por muitos como o terceiro disco de estúdio da banda. Com Paulo Ricardo (voz e baixo), Fernando Deluqui (guitarras), Marquinho Costa (bateria) e Franco Júnior (teclados), este é o disco mais pesado da banda.

Sem a influência de Schiavon a banda aposta em guitarras pesadas e solos bem construídos por Deluqui. O disco, mesmo apresentando excelente qualidade musical, não refletiu o sucesso nos palcos e nas vendas. Muitas bandas do rock brasileiro dos anos 80 caíram no ostracismo, principalmente com o fenômeno da música sertaneja e do axé music.

Após a malfadada turnê do disco, Paulo e Fernando resolveram seguir caminhos diferentes. O guitarrista gravaria um disco solo e, em 1995, tocaria com os Engenheiros do Hawaii. Paulo Ricardo, por sua vez, trilharia os caminhos da MPB.

Capa do CD MTV 2002

2002: MTV RPM 2002

Em 2001, os quatro músicos do RPM se encontraram novamente para ensaiar, sem maiores pretensões, os antigos sucessos. Percebendo o entrosamento perfeito e a vontade de todos de estarem juntos novamente nos palcos, deram início ao retorno do RPM, inclusive com o retorno do empresário Manoel Poladian, considerado o "quinto coiote".

Em 2001 é lançado o single "Vida Real", uma versão em português (composta por Paulo Ricardo) da canção "Leef" do holandês Han van Eijk, o tema oficial da primeira edição do mundo do reality show Big Brother, que fora encomendado pela produção da Rede Globo para ser o tema de abertura da edição brasileira do mesmo.


A banda voltou à mídia com o CD e DVD MTV RPM 2002, gravado no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, nos dias 26 e 27 de março de 2002. Além dos grandes sucessos, a banda apresenta canções inéditas, como “Fatal”, “Carbono 14”, “Rainha”, “Vem Pra Mim” e “Onde Está o Meu Amor”, gravada em estúdio e incluída na trilha sonora da novela Esperança, da Rede Globo.

 Destacam-se também as participações do músico pernambucano Otto, no instrumental Naja (incluído apenas no DVD); de Roberto Frejat, do Barão Vermelho, na regravação de Exagerado, sucesso de Cazuza; e a participação virtual de Renato Russo na canção “A Cruz e a Espada”. O CD vendeu mais de 300.000 mil cópias, obtendo o disco de platina.

Em 2003, novamente com a MTV, participaram do projeto Luau MTV.

2003: Nova separação

O grupo, com o sucesso do projeto da MTV, começou então uma nova turnê por todo o Brasil, que não durou muito tempo. Especulações dizem que a banda se separou após os outros integrantes descobrirem que Paulo Ricardo havia registrado todos os direitos em seu nome, iniciando uma disputa judicial pela marca RPM. Outros dizem que houve divergências quanto à sonoridade da banda.

Ainda nessa época seria lançado um novo CD do RPM, porém, com as divergências quanto a banda, o projeto foi abandonado.


Luiz Schiavon e Fernando Deluqui, juntamente com André Lazzarotto, lançaram o álbum LS&D (Viagem na Realidade).Duas mil cópias foram lançadas, e a canção "Madrigal", que foi tema de abertura da telenovela Cabocla, foi bem executada.

Paulo Ricardo e o baterista Paulo P.A. Pagni formaram a banda PR.5. Mesmo com o fracasso do CD Zum Zum, Paulo Ricardo lançou a canção “Eu Quero Te Levar”.

Paulo Ricardo lançou em 2006 o CD e DVD Acoustic Live, com covers de clássicos internacionais, como "Beautiful Girl" (INXS) e "Love Me Tender" (Elvis Presley). Nesse mesmo ano, no segundo semestre Paulo Ricardo, P.A e Luiz Schiavon tocaram juntos no programa Domingão do Faustão, um encontro memorável que relembrou grandes sucessos da banda RPM.

2007: A volta

Em 2007, Paulo Ricardo lança o CD Prisma, com uma pegada pop rock com as faixas "Diz" e "A Chegada", contando com os membros do PR.5 como músicos de apoio, inclusive o baterista Paulo P.A. Pagni e a participação de Luiz Schiavon na canção "O dia D, A hora H".

Ainda em 2007, o grupo RPM tocou junto com todos os seus integrantes em São Paulo, com grande sucesso.


A banda anunciou o lançamento de uma caixa com os 3 primeiros álbuns da banda e mais um CD com remixes, covers e faixas não lançadas, junto com o DVD Rádio Pirata - O Show, contendo o registro de um show realizado em Dezembro de 1986, em São Paulo, filmado pela Rede Globo.

Em 2007 Fernando Deluqui lança o seu segundo disco solo intitulado de DELUX, um disco bem elaborado que conta com participação de Schiavon na composição da canção "Chuva".

Luiz Schiavon foi tecladista, maestro e diretor musical do programa Domingão do Faustão da Rede Globo de 2004 até 2011.


Livro: Revelações Por Minuto

Em dezembro de 2007, o livro "Revelações Por Minuto" foi lançado, contando os detalhes da trajetória da banda, desde seu início (1984) até o seu suposto "fim" (1989). O livro foi promovido em uma grande coletiva de imprensa em São Paulo, contando com a presença do autor, Marcelo Leite de Moraes, e os quatro integrantes da banda.

2011: Elektra

No final do ano de 2010, Paulo Ricardo postou em seu Twitter que a banda iria se reunir para gravar um novo álbum em 2011. Schiavon também confirmou a pretensão de retornarem, afirmando estarem vendo possibilidades para a volta aos palcos, já que sua banda no Domingão do Faustão não iria continuar em 2011.

Capado CD de 2011.

Dias após aos boatos, Schiavon confirma em seu twitter que a banda já estava compondo para o novo álbum. Segundo Paulo Ricardo, a banda queria fazer um som que lembrasse bandas atuais que misturam rock com música eletrônica como Muse, The Killers, Blur, entre outros.

Houve alguns boatos em relação ao produtor Liminha, que foi responsável pela produção de grande parte das bandas da década de 80 e 90, como Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Ira!, Kid Abelha, Cidade Negra, Chico Science & Nação Zumbi, O Rappa, entre outros. Mas o álbum foi produzido por Paulo e Schiavon. Além disso, os shows da turnê de divulgação do álbum contaram com a direção de Ulysses Cruz. Nessa época, houve boatos que a banda iria se apresentar na quarta edição do Rock In Rio, o que aconteceu nos meses de setembro e outubro.

A pré-estreia da Tour 2011, aconteceu no honrado evento de São Paulo "Virada Cultural". Um mês após esta apresentação, foi divulgado o título do álbum, chamado Elektra e foi disponibilizado quatro músicas para download no site oficial da banda. As canções, "Muito Tudo", "Crepúsculo" e "Ela é Demais (Pra Mim)" apresentavam o tom do disco, mais voltado para a música eletrônica. A quarta canção, "Dois Olhos Verdes" é mais familiar ao som do RPM dos anos 80, e foi escolhida para ser o primeiro single.


Inicialmente a banda liberaria quatro faixas mensalmente no site oficial e lançaria o disco no meio do ano, mas a promessa não foi cumprida, e o álbum (junto com as canções até então desconhecidas) foi lançado apenas no dia 6 de dezembro. O álbum foi lançado pela Building Records em um formato duplo, sendo o segundo CD formado por remixes de algumas das faixas do álbum.

O disco Elektra, além do flerte com a música eletrônica, também se apoia bastante nos arranjos de Luis Schiavon, que junto com os sintetizadores eletrônicos praticamente monopoliza a condução das canções. As letras são as mais leves de toda a discografia da banda, priorizando temas como amor e diversão. Apenas duas canções, "Muito Tudo" e "Problema Seu" carregam um tema mais reflexivo.

Desde o final de dezembro o álbum encontra-se na lista dos 40 álbuns mais vendidos no país.

A estreia da nova turnê foi no dia 20 de maio de 2011, no Credicard Hall, em São Paulo. No entanto, no dia 15 de maio de 2011 a banda se apresentou no programa Domingão do Faustão. O RPM têm continuado a turnê desde então.


Em novembro de 2012, a banda se apresentou no programa O Melhor do Brasil,da Rede Record, sendo a primeira banda a tocar ao vivo no quadro Vai Dar Namoro, aonde o apresentador Rodrigo Faro não escondia sua empolgação, sendo que o mesmo se declarou fã da banda diversas vezes.

Essa foi uma das declarações que Paulo Ricardo deu para a imprensa:
"A primeira parada foi de 1989 a 2001. E mesmo depois de 12 anos separados, ainda tinha o desejo do público, as pessoas continuavam querendo a gente", relembra.

 Com tanta história na bagagem, não é difícil entender que, agora, é esse o sentimento de Paulo Ricardo: "Acho que RPM é para sempre".


Bem pessoal, era isso que eu tinha para comentar sobre essa banda que trouxe muita alegria, criatividade e jogo de cena para a música brasileira. Para alívio dos fãs, Paulo Ricardo foi bem enfático ao dizer que consegue conciliar a carreira solo com a banda, ou seja, que isso pode durar por muitos anos ainda.

Numa época em que “músicas pobres” (se é que pode se chamar de música!!) se destacam na mídia,  precisamos que aqueles que não são novos e nem novidade, deem um gás à música popular brasileira, mais precisamente ao rock/pop brasileiro.

Se no século XXI as músicas são releituras de outras décadas, é porque nada está sendo feito agora (com algumas boas exceções). Temos que valorizar a boa música, a que tem algo de bom para que possamos ouvir e dizer: “Pôxa! Que legal!!”

Temos que parar de maltratar nossos ouvidos com músicas do tipo (desculpem quem gosta deste gênero!!) “Meu “pai” te ama”. Pára né?!!! Ou somos muito trouxas para consumir algo nesse sentido, ou o povo está sofrendo uma lavagem cerebral e está emburrecendo e perdendo o bom gosto que algum dia teve. Se é que teve!!


Fiquem com mais de RPM e Paulo Ricardo em:














































RPM, A BANDA QUE ENCANTOU UMA GERAÇÃO - PRIMEIRA PARTE



Salve galera que curte o Blog Opinião do Véio! Esse ano está cheio de inserções nacionais no meu blog. Sinto que até agora comentei pouco sobre o rock nacional brasileiro e estou disposto a amenizar essa falha de minha parte.

A banda que vou comentar nesta postagem, se destacou como uma das maiores revelações da música da década de 80. Eu acredito que os anos 80 foram muito promissores para a música brasileira, com sacadas criativas, bem elaboradas e a melhor fase das letras nacionais, hora flertando com o humor, hora partindo para o lado “cabeça”, politicamente falando.

Como citei já em outras postagens, tive muitos LPs, mas infelizmente não os tenho mais. Do RPM tive os discos Revoluções Por Minuto, Radio Pirata Ao Vivo e Os Quatro Coiotes.

Em ordem: Luiz Schiavon, Paulo Ricardo, P. A. Pagni e Fernando Deluqui.
RPM

Revoluções por Minuto (também conhecida somente por RPM) é uma banda de rock brasileira surgida em 1983, tendo sido uma das mais populares do país nos anos de 1984 a 1987. Foi uma das bandas mais bem sucedidas da história da música brasileira, inclusive batendo recordes de vendagens e de bilheterias.

Na segunda metade dos anos 80, conseguiram bater todos os recordes de vendagens da indústria fonográfica brasileira. A visão crítica e bagagem cultural do letrista Paulo Ricardo foi um argumento de marketing na vendagem dos discos da banda. A banda vendeu mais de 5 milhões de discos em sua carreira.


HISTÓRIA

FORMAÇÃO

Tudo começou em 1980, em São Paulo, quando Paulo Ricardo namorava Eloá, que morava em frente à casa onde Luiz Schiavon ensaiava com May East, cantora que fez parte da Gang 90 & As Absurdettes.

O casal resolveu um dia visitar os vizinhos, que estavam num ensaio crucial que decidiam entre cantar em inglês ou português. Paulo Ricardo deu seu voto, opinando pelas letras em português e assim conheceu Luiz Schiavon.

Neste dia conversaram muito sobre música. Paulo estava começando sua carreira como crítico musical e Schiavon era um pianista clássico, que buscava um novo caminho, mais popular, mas sentiu dificuldade em encontrar alguém.


Foi assim que Paulo recebeu o convite para integrar o Aura, uma banda de jazz-rock que ainda tinha Paulinho Valenza na bateria e o curitibano Edu Coelho na guitarra.

 Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz encantou-se pela música eletrônica e pela tecnologia de novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa, primeiro na França e depois em Londres, de onde escrevia sobre novidades musicais para a revista Somtrês e se correspondia com freqüência com Schiavon.

Este choque de personalidades impulsionou a criação do RPM depois que o trabalho da dupla foi retomado em fins de 1983, já em São Paulo.

Juntos, criaram as primeiras canções. As primeiras foram "Olhar 43", "A Cruz e A Espada" e a música que batizara a banda que ali nascia: "Revoluções Por Minuto". Gravaram uma fita demo destas canções com uma bateria eletrônica e encaminharam à gravadora CBS, que considerou-as ambíguas e difíceis de tocar nas rádios.


O nome 45 RPM (45 Rotações Por Minuto) foi sugerido inicialmente em uma lista de nomes feita por uma amiga. Schiavon e Paulo gostaram do nome, mas tiraram o 45 e mudaram o Rotações por Revoluções. Convidaram o guitarrista Fernando Deluqui (ex-guitarrista da cantora May East) e o baterista Junior Moreno, na época com apenas 15 anos e impedido de fazer futuras excursões com a banda.

Posteriormente, devido aos estudos abriu mão das baquetas sendo substituído por Charles Gavin (ex-Ira!, futuro baterista dos Titãs) para completar o grupo.

Já batizados de RPM, conseguiram um contrato com a gravadora Sony Music, com o compacto de 1984, que viria com as faixas "Louras Geladas" (a música virou um hit das danceterias e das paradas de sucesso das rádios) e "Revoluções por Minuto" (que foi censurada na época).

"Louras Geladas" caiu no gosto do público de todo o país e levou a banda a gravar o seu álbum de estreia, já com o baterista Paulo P.A. Pagni (ex-Patife Band), que entrou para o RPM como convidado, no meio da gravação do LP, o que explica a sua ausência na capa do disco Revoluções Por Minuto. Charles Gavin havia saído do grupo para se integrar aos Titãs.

Capa do disco (LP) de estreia da banda, de 1985.

1985: REVOLUÇÕES POR MINUTO

No mês de maio chegava às lojas Revoluções Por Minuto, no vácuo de um país ainda perplexo com a morte de Tancredo Neves. O misto de paixão platônica e pretensa declaração de amor de "Olhar 43" emplaca nas rádios e abre caminho para que outras faixas, mais politizadas e/ou conceituais, façam o mesmo.

As faixas do disco tratam também de temas como política internacional e transformações sócio-econômicas. As canções são marcadas pela forte presença da bateria eletrônica e pelo clima soturno dos arranjos de Luiz Schiavon.

O sucesso do álbum é tanto que o RPM emplaca rapidamente uma seqüência de hits no rádio (oito entre as onze faixas do álbum) e chega à marca de 100.000 LPs vendidos (disco de ouro). Revoluções por Minuto chegou a vender 300 mil cópias.

Capa do segundo disco, ao vivo, de 1986.

1986: RÁDIO PIRATA AO VIVO

Logo depois dos primeiros shows de divulgação, o RPM fecha contrato com o megaempresário Manoel Poladian, que procurava uma banda em ascensão no rock brasileiro para o seu elenco de artistas platinados de MPB.

Os costumeiros palcos das danceterias são trocados por uma megaprodução, com direito a Ney Matogrosso assinando luz e direção, canhões de raio laser e multidões espremidas em ginásios e estádios. A esta altura, Paulo Ricardo já é sex symbol: estampa diversas capas de revistas e enloquece garotas histéricas.

Sem “futuros hits” na manga e para manter a banda em alta, Poladian, músicos e gravadora lançam em julho de 1986, um novo álbum, com parte do registro de dois shows da histórica turnê.

O repertório de Rádio Pirata Ao Vivo traz quatro gravações inéditas (sendo duas covers) e cinco faixas de Revoluções Por Minuto. Com a ajuda dos preços congelados do Plano Cruzado, 500 mil cópias são vendidas antecipadamente.

Rapidamente as vendas de Rádio Pirata Ao Vivo disparam e chegam a 3,7 milhões. O RPM transforma-se na banda de maior vendagem da indústria fonográfica nacional até então. O sucesso foi tanto que, no mesmo ano, o grupo foi o tema principal de uma edição integral do programa jornalístico Globo Repórter, com reportagem de Pedro Bial.

Porém, o vocalista Paulo Ricardo passou a ser conhecido apenas como "sex symbol" e procurado e visto por jornalistas e fãs como se fosse modelo e não músico.


1987: A PRIMEIRA SEPARAÇÃO

Mesmo com todo o sucesso no Brasil e em países como França e Portugal, a banda passava por uma situação difícil.

Em junho, houve o lançamento oficial de um disco mix, intitulado RPM & Milton, com a participação do cantor Milton Nascimento.

O fracasso do projeto RPM Discos, um selo próprio do grupo, acabou causando conflitos entre seus integrantes. Chegou-se a produzir um LP com o grupo paulista Cabine C (liderado pelo ex-Titã Ciro Pessoa), que prensado e distribuído pela RCA, foi um grande fracasso comercial. Ainda em 1987, Paulo Ricardo, Fernando, Schiavon e P.A. anunciaram a separação oficial do grupo.

Capa do terceiro disco, RPM (subtitulado de Quatro Coiotes), de 1988.

1988: QUATRO COIOTES

O grupo retomou as atividades em 1988, com o álbum RPM (mais conhecido como Quatro Coiotes), com uma tiragem inicial de 250 mil cópias. Na gravadora, o RPM ainda tinha destaque, pois chegara a empatar com Roberto Carlos em termos de vendagem, ainda a maior fonte de receita da empresa.

Separados há mais de seis meses, a banda ressurgia aparentemente mais amadurecida, com um disco basicamente com base na percussão (do brasileiro Paulinho da Costa, radicado nos EUA). O som é estritamente alto, com o instrumental sobrepondo-se às letras (todas, exceto "Ponto de Fuga", de Paulo Ricardo).

Destacam-se também o erotismo de “A Dália Negra” e também a critica social de “O Teu Futuro Espelha Essa Grandeza”, com participação de Bezerra da Silva. O disco contou com tiragem inicial de 250 mil cópias (na época, disco de platina), que foram bem vendidas. Apesar disso, o número era um fracasso para os padrões do RPM, que se separa novamente.

O grupo ainda viria a realizar a regravação de "A Página do Relâmpago Elétrico", de Ronaldo Bastos e Beto Guedes, para o disco/tributo ao compositor Ronaldo Bastos, intitulado "Cais", lançado pela Som Livre, em 1989.


Bem pessoal, por enquanto era isso que eu queria comentar sobre a primeira parte dessa banda, que além da boa sacada comercial, ainda teve que enfrentar uma “disputa de egos” durante sua existência.

Falo isso, porque, ao se enfrentar um sucesso meteórico como os integrantes da banda sofreram, não tiveram suporte psicológico para aguentar o peso que a fama lhes impôs. Quando não se está preparado para os grandes solavancos que a novidade (no caso, o sucesso) lhes proporcionou, acabou trazendo uma carga emocional muito grande vinda junto com o dinheiro, fama, sucesso instantâneo.

Isso acabou gerando disputas de egos, onde um queria aparecer mais que o outro, esquecendo que o projeto era em grupo, sem elevar esse ou aquele, apenas deveriam fazer aquilo que tinham em mente: ganhar dinheiro se divertindo.

Desculpem pela qualidade dos vídeos. O áudio foi remasterizado, mas as imagens não sofreram nenhuma melhoria.

Fiquem com mais de RPM em:












































domingo, 26 de fevereiro de 2017

WHAM! & GEORGE MICHAEL - SEGUNDA PARTE


Olá pessoal que está acompanhando a história de George Michael no Blog Opinião do Véio! Nessa segunda parte é que me referi no início dos comentários da primeira parte.

É difícil falar dos problemas de uma pessoa pública como foi George Michael, sem parecer ofensivo. Mas como já me pronunciei anteriormente, tenho o maior respeito pelo cantor que ele foi (e é, pois sua obra é imortal) e para mim, a parte pessoal e íntima de uma pessoa não me diz respeito.

Como ser humano que sou, respeito toda opção, seja religiosa, sexual, ou de pensamento, até porque quero (e muito!!) que respeitem a minha opinião, também.


ESCÂNDALOS E SEXUALIDADE

Em 1998, George Michael foi preso por atentado ao pudor dentro de um banheiro público de um parque de Beverly Hills, onde ele caiu numa armadilha armada por um policial à paisana. Seu amigo Elton John declarou, na época: "Um banheiro não é o melhor lugar para assumir sua sexualidade".

Em 2005, no Live 8 anunciou seu casamento com seu companheiro, Kenny Goss, na esteira da adoção da lei britânica sobre as uniões civis. Anunciou a separação na suntuosa Ópera Estatal de Praga, em 22 de agosto de 2011, pondo fim à sua problemática relação de 15 anos com Kenny Goss, embora tenha assegurado que se tinham separado dois anos antes.

Em outubro de 2006 voltou a ter problemas com a justiça, ao ser encontrado dormindo sobre o volante de seu carro. Exames constataram que o cantor havia consumido maconha e antidepressivos.


Em maio de 2008, George Michael teve sua carteira de habilitação suspensa por dois anos, depois de ser considerado culpado por conduzir sob efeito de drogas.

Em 2010 foi condenado a oito semanas de prisão, depois de ter provocado, em julho desse ano, um acidente de carro, em Londres. O cantor, que estava sob efeito de maconha, bateu seu carro numa loja de fotografia, foi também multado e proibido de conduzir por cinco anos.

Em junho de 2015 foi internado numa clínica na Suíça por causa da sua dependência das drogas. Na altura confessou fumar até 25 cigarros de maconha por dia.


Nos últimos anos de sua vida, manteve um relacionamento amoroso com o cabeleireiro Fadi Fawaz. Embora fossem frequentemente fotografados juntos, George Michael jamais confirmou ou negou o namoro.

No dia 25 de dezembro de 2016, George Michael foi encontrado já sem vida, em sua cama, por seu namorado Fadi Fawaz . Michael Lippman, representante e amigo de Michael, revelou que o cantor morreu em decorrência de insuficiência cardíaca.

Fadi Fawaz, com quem George manteve um relacionamento até sua morte.

Alguns dias depois, Fawaz comentou no Twitter que George Michael havia se matado, após várias tentativas de suicídio. Posteriormente, Fawaz negou os tweets, alegando que as postagens foram feitas por hackers.

Nas semanas que se seguiram, Fawaz foi interrogado e investigado pela polícia britânica. Concluiu-se que o cabeleireiro não teve qualquer envolvimento na morte do cantor.

GEORGE MICHAEL NUNCA MAIS FOI O MESMO
APÓS PERDER NAMORADO BRASILEIRO

Foi uma vinda ao Brasil que mudou completamente a vida do cantor George Michael.

A despeito de toda a especulação que se possa fazer sobre seu estado de saúde e sobre seus constantes problemas com drogas, o coração de Michael se despedaçou mesmo quando ele perdeu o amor de sua vida, Anselmo Feleppa, um estilista brasileiro que ele conheceu quando tocou no Rock in Rio de 1991.

Anselmo Feleppa, que George conheceu quando esteve no Brasil.

Feleppa morreu em 1995 vítima de AIDS, e Michael nunca mais foi o mesmo. Especialmente na música. Em 1996 ele lançava Older, um disco em que demonstrava maturidade musical e no qual não se colocava como sex symbol. Acima de tudo, um álbum triste.

Foi nesta época que aquele ícone heterossexual dos anos 1980 e 1990, a quem a atriz Brooke Shields prometeu sua virgindade, saiu do armário. Em seus 1,83m de altura, espremido em um jeans rasgado, com topete dourado, óculos de aviador, brinco de argola com pingente de crucifixo que todos os homens de todas as orientações sexuais usaram, tocando violão e dizendo "eu quero seu sexo", era gay.


De repente, os versos da canção "Freedom! '90" fizeram todo sentido: "Acho que há algo que você devia saber / É hora de encerrar esse show / Há algo em meu íntimo, há alguém que esqueci de ser / Tire essa foto da moldura, não pense que eu vou voltar / Só quero que você entenda que muitas vezes as roupas não fazem um homem".

De repente, "Father Figure" deixou de ser uma canção sobre uma menina que procurava a figura paterna em seu namorado e passou a sugerir que aquele eu lírico, na verdade, fazia parte de uma história gay fetichista. Tudo ficou diferente. Tudo ficou dúbio, mas também tudo ficou claro.

GEORGE MICHAEL NO BRASIL

George Michael se apresentou por apenas duas vezes no Brasil, durante o festival Rock In Rio, realizado no estádio do Maracanã nos dias 25 e 27 de janeiro de 1991. Para surpresa dos fãs, os shows tiveram a participação especial de Andrew Ridgeley, se ex-parceiro no Wham!. Foi nos bastidores do Rock in Rio que o britânico conheceu o estilista brasileiro Anselmo Feleppa, iniciando um relacionamento que durou até 1995, com a morte do estilista em decorrência da AIDS.


UMA VIDA SOLITÁRIA
Sair do armário no fim dos anos 1990 ainda não era fácil, mesmo no mundo da música. Especialmente para um cantor que construiu sua imagem seduzindo hordas de mulheres. E como Older não foi um sucesso, facilmente os executivos das gravadoras tiraram Michael de seu panteão de deuses.

A depressão do cantor era evidente em músicas como "You Have Been Loved". Seu desprezo pelo estilo de vida em Hollywood também aparecia em "Star People". Mas o maior golpe veio quando George resolveu "fazer sexo em público", como sugerem os versos da canção "Outside", lançada em 1998.


Foi naquele ano que Michael foi preso por um policial à paisana de Beverly Hills por praticar "ato libidinoso" em um banheiro público. Após se declarar culpado, pagar fiança e prestar serviços comunitários, Michael decidiu ir a público e dar sua versão dos fatos. Disse em entrevista ao apresentador David Letterman que foi seduzido pelo policial. "Ele fez o jogo do 'eu mostro o meu, você me mostra o seu e depois eu te levo preso'."

A piada ganhou proporções reais no clipe de "Outside", no qual ele aparece vestido de policial dentro de um banheiro público e exibindo cenas de casais gays e heterossexuais praticando "atos libidinosos" e sendo perseguidos pela polícia norte-americana.


O policial que o prendeu, porém, não gostou e resolveu processar George Michael em US$ 10 milhões por calúnia, difamação e por considerar que o cantor estaria lucrando às suas custas com a música. O caso não foi concluído, mas o popstar chegou a dizer que, na época, estava deprimido pela morte da mãe e de Anselmo quando buscou sexo em público. Era uma fuga. Mas George Michael nunca conseguiu fugir de verdade.

Em 2004, veio outra canção, "Please, Send me Someone to Love (Anselmo's Song)", em que George Michael se refere ao seu grande amor e faz um triste apelo. "Querido, querido, não, não posso te substituir / Tem um buraco em meu coração, um buraco deixado por você / Me dê algo que me tire desta tristeza / Por favor, mande alguém pra eu amar."

Anselmo, por quem George sofreu muito, com a perda. 

Apesar de ter sofrido muito por Anselmo, Michael nunca quis ser visto como uma figura digna de pena. E continuou a ter relacionamentos com outros homens.

Kenny Goss & George.

Teve um casamento de 13 anos com o produtor musical Kenny Goss, de quem se separou em 2009, e atualmente estava namorando com o cabeleireiro Fadi Fawaz, que foi quem tristemente encontrou o interprete de “Last Christmas” morto em sua cama, na sua última manhã de Natal.

Homenagem dos fãs de George Michael.

OBS. 2 – No vídeo clipe de “Shoot The Dog”, além da crítica a Bush, George faz uma homenagem, nos minutos finais, ao grupo “gay” dos anos 70/80, Village People.

Bem pessoal, por aqui encerro a história de George Michael, que nos deixou como legado um baú com obras belíssimas. Preconceitos à parte, ouçam suas músicas sem pensar para quem ele escrevia, mas como escrevia, pois o que vem do coração é sincero e tem muito valor.

Lembrando também que somos todos iguais, independente de ser famoso ou não, temos crises existenciais, depressão, dor de cotovelo e muito mais. Não devemos julgar ninguém por suas decisões e posições.

Perante Deus somos todos iguais, homens e mulheres, brancos e pretos, gordos e magros, bonitos e feios, ricos e pobres. Para Ele, somos apenas seus filhos, por isso temos que nos respeitarmos uns aos outros, pois não sabemos se amanhã não seremos nós que teremos alguém próximo(a) querido(a), que teremos que entender suas opções.



Bem galera, fiquem com mais de George Michael em:






































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