Últimas postagens

sábado, 14 de outubro de 2017

DA TNT AO OS CASCAVELLETES - ROCK GAÚCHO


Salve galera que está curtindo o Blog Opinião do Véio! Estou aqui, mais uma vez, para dar continuidade à uma postagem que fiz anteriormente sobre a banda gaúcha TNT.

Contando a breve história deles, comentei que dois de seus integrantes saíram da banda quando a gravadora RCA os contratou e ... o que se segue conta a trajetória destes dois músicos.



A Banda

Os Cascavelletes foi uma banda brasileira de rock and roll, formada em Porto Alegre, RS e que teve um tempo muito curto de duração, mas continua sendo muito influente até os dias atuais pelo seu som irreverente e com letras polêmicas.

Foi uma das seminais bandas da época, quando houve uma ascensão no Rock gaúcho, junto à TNT, Graforréia Xilarmônica, DeFalla, Garotos da Rua, Engenheiros do Hawaii e Os Replicantes.

Tinha influências de bandas inglesas como Rolling Stones e The Beatles, além do rockabilly dos anos 50. A banda caracterizava-se por temas geralmente ligados a sexo, drogas e rock 'n' roll. Ficou muito conhecida por criar um estilo musical próprio, chamado porno rock.

História

Os Cascavelletes surgiram em 1987, quando Flávio Basso (contrabaixo e voz) e Nei Van Soria (guitarra e voz), ambos ex-TNT, juntaram-se a Frank Jorge, ex-Prisão de Ventre e atual Graforréia Xilarmônica (guitarra e backing vocal) e Alexandre Barea (bateria). Existem várias teorias sobre o motivo referente a saída de Nei Van Soria e Flávio Basso do TNT. Uma delas seria pela divergência referente à sonoridade e aos temas abordados nas composições, que por algumas vezes poderiam conflitar com os tabus vigentes na época.


Em 1986 gravam a primeira demo, em oito canais, em um dos estúdios da Fundação ISAEC, posteriormente lançada pelo selo Vórtex, de propriedade de integrantes da banda de punk rock Os Replicantes na cidade de Porto Alegre, sendo conhecida como a Vórtex Demo. 



Através desta gravação, várias músicas memoráveis, como por exemplo: "Morte Por Tesão", "Pombo Surfista", "O Dotadão Deve Morrer" (que ganhou cover dos Ratos de Porão!), "Minissaia Sem Calcinha", "A Última Virgem", "Banana Split" entre outras, passaram imediatamente a ser executadas pela rádio Ipanema FM, a maior responsável pela disseminação e divulgação do rock na região sul do Brasil, durante aquele período.

Em 1987, junto com Júlio Reny e Expresso Oriente, Apartaid, Justa Causa e Prize, participaram de uma coletânea intitulada Rio Grande do Rock, na forma de LP em vinil, lançada no Brasil no inicio de 1988 pela gravadora holandesa SBK, que posteriormente foi incorporada pelo selo EMI, proporcionando a entrada dos Cascavelletes no mesmo.

Ainda em 1988, lançam o LP, chamado Os Cascavelletes gravado em 1987, por Fernando Faciolli em dezesseis canais no estúdio Castelnuovo em Caxias do Sul, contendo algumas regravações da primeira demo e tendo já duas de suas faixas incluídas na coletânea Rio Grande do Rock. Além de uma versão ao vivo da musica “Jessica Rose”, gravada no cineteatro Presidente em quatro canais. Músicas como "Estou Amando uma Mulher" e "Jessica Rose" fizeram a banda alcançar uma maior visibilidade, e a música "Menstruada" foi proibida de ser executada nas rádios.


O álbum de 1988.

Em 1989 lançam outra demo, com músicas inéditas. A demo não tem um nome, mas é chamada de Pré-Rock'a'ula, pois saiu meses antes do lançamento do primeiro disco oficial da banda. Foi gravada no Farm Estúdio no Rio de Janeiro e entre a gravação e o lançamento do disco, Frank Jorge deixa a banda, por estar bastante envolvido com a Graforréia Xilarmônica, banda que havia criado, o que faz com que ele desentenda com Basso, Van Soria e Barea.

Rock'a'ula saiu pela gravadora EMI-Odeon e trouxe à banda um reconhecimento nacional, com a música "Nega Bombom" fazendo parte da trilha da novela Top Model, da Rede Globo. Nele aparece o baixista Luciano Albo, que já havia tocado com Basso e Van Soria na TNT. Com isso Frank Jorge deixa a banda, rumo a Graforréia Xilarmônica, que na época era o seu projeto paralelo e ao que viria a ser outro ícone do rock gaúcho.

O álbum de 1989.

A partir do lançamento do disco, a banda lança mais duas demos, em 1990 e 1991, com músicas inéditas, mas não alcançam o sucesso de antes. Em 1992, ainda lançam um compacto, chamado "Homosexual / Sob um Céu de Blues" que conta com participação de Humberto Petinelli, o "Cokeyne Bluesman", nos teclados. Vindo assim a retornar ao cenário musical sulista como a principal banda gaúcha.

O compacto / single com duas músicas, de 1992.

Flávio Basso adota o pseudônimo de Júpiter Maçã e consegue fazer um sucesso ainda maior com o lançamento de seu álbum de estreia A Sétima Efervescência, que foi muito aclamado pela crítica. Nei Van Soria fica pouco tempo na banda Colarinhos Caóticos, mas logo em seguida entra em carreira solo, alcançando relativo sucesso nas rádios gaúchas. Frank Jorge continua na Graforréia Xilarmônica e, depois do fim desta, segue carreira solo. Alexandre Barea participa em diversas bandas paralelamente, mas dedica-se mais a uma escola de música em Porto Alegre.




Em 2007 Os Cascavelletes se reuniram novamente com sua formação clássica para um show memorável de comemoração dos 10 anos da Pop Rock FM de Porto Alegre, tocando todos os sucessos, que são a influência direta no Rock gaúcho e que os tornaram discografia básica do rock nacional.

Single com duas músicas.

Em 2008, há a formação da banda TeNenTe Cascavel, que reúne alguns integrantes dos Cascavelletes e do TNT, a qual desde então faz shows relembrando os maiores sucessos das duas bandas. Sem Charles Master e Flávio Basso, dois dos principais músicos, a banda perde em 2010 Frank Jorge, que retira-se da banda sem maiores justificativas à mídia. A TeNenTe Cascavel acaba sendo muito criticada por alguns dos fãs mais ferrenhos das duas bandas como "projeto caça-níquel", onde não querem fazer música por prazer, mas sim juntar dinheiro a custa dos saudosos fãs. Apesar disso, fazem ótimos shows, com boa presença de palco, garantindo notável visibilidade no estado do Rio Grande do Sul.




Em 2016, Nei Van Soria, Frank Jorge, Alexandre Barea e Humberto "Cokeyne Bluesman" Petinelli, reúnem-se em estúdio para gravar uma canção em homenagem à Flávio Basso (morto por um infarto do miocardio, no dia 21 de dezembro de 2015). Intitulada “Balada Para Flávio”, a canção foi composta por Nei, logo após o último encontro com Flávio, em dezembro de 2015.

A canção ganhou um vídeo clipe. Na descrição do vídeo, que também foi divulgado em seu perfil oficial no Facebook, Nei Van Sória conta sua trajetória ao lado de Basso: "O Flávio foi meu parceiro e amigo por mais de 30 anos! Nossa convivência ao longo desse tempo e a admiração que nutríamos um pelo outro mantinha-nos próximos, mesmo quando estávamos longe".


Flávio Basso, eterno integrante das bandas TNT e Os Cascavelletes.

O clipe começa com imagens de arquivo de Basso se apresentando com Os Cascavelletes e em carreira solo, para logo depois mostrar o músico contando sobre um possível filme sobre a história da banda: "Os Cascavelletes é uma banda revolucionária. O filme vai começar com Nei Van Sória tocando piano com uma cortina vermelha ao fundo". Em seguida, Nei aparece tocando.

Formação

Integrantes
Flávio Basso (Júpiter Maçã) - vocal e guitarra
Nei Van Soria - guitarra e vocal
Luciano Albo - baixo
Alexandre Barea – bateria

Ex-integrantes
Frank Jorge - baixo, guitarra e teclado
Humberto Petinelli (Cokeyne Bluesman) – teclado


E como disse um jornal gaúcho após sua morte: "Flávio Basso /
 Jupiter Maçã, agora entrou para a história".

Bem pessoal, por aqui encerro este pequeno histórico sobre Os Cascavelletes, originado da saída de Flávio Basso e Nei Van Soria da banda TNT e que, para surpresa de muitos, tornaram-se rivais na cena musical portoalegrense.

O mais interessante que ocorreu, foi que Os Cascavelletes fizeram sucesso suficiente até chegar à trilha sonora de uma novela da Rede Globo de Televisão, um marco para os artistas na época.

E o mais surpreendente, é o fato de que dessas duas bandas, foram se ramificando outras tantas que se torna muito interessante a carreira desses músicos, pois têm um sólido curriculum em criações de estilos baseados em pop rock, rockabilly e rhythm and blues que enriquecem o cenário musical portoalegrense, gaúcho e por que não dizer, brasileiro.

E trago uma curiosidade, um álbum gravado ao vivo em minha cidade natal, que eu, claro, desconhecia porque estou fora de lá desde 2001.

Album ao Vivo, de 2006.

 Fiquem com mais de Os Cascavelletes em:























Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...