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domingo, 15 de outubro de 2017

ROCK GRANDE DO SUL - ENGENHEIROS DO HAWAII - PRIMEIRA PARTE


Salve galera que curte o Blog Opinião do Véio! Muita satisfação em ter vocês aqui para apreciarem os meus comentários. Nesta onda de bandas do sul que resolvi postar, vem a terceira participante do projeto Rock Grande do Sul, uma vez que já falei dos Garotos da Rua e da TNT.

Tive o prazer de conhecer Os Engenheiros do Hawaii em sua primeira formação, quando Humberto ainda tinha os cabelos curtos. No ano de 1988, eu trabalhava em uma rádio FM em minha cidade natal, no Rio Grande do Sul.
Fiquei sabendo que iríamos sonorizar uma banda que estava ficando bastante popular. Saí do meu trabalho, por volta de uma hora da manhã e ganhei carona, pois tinha que levar junto, uma maleta com 70 LPs de minha propriedade, que eu tinha a liberdade de usar em meu horário de trabalho.

Chegando lá, atrasou um pouco a apresentação, para minha sorte. Quando começou o show, era Os Engenheiros do primeiro LP, Longe Demais das Capitais, que eu já conhecia muito bem, pois tocava as músicas deles em meu horário.

Naquele tempo, Humberto quase não falava entre uma música e outra, era muito, muito tímido. Mas o grupo mostrou à que veio e tocou divinamente bem cada música que embalou a noite.




HISTÓRIA

Engenheiros do Hawaii é uma banda brasileira de rock, formada em 1984 na cidade de Porto Alegre por Humberto Gessinger (vocal e guitarra), Carlos Stein (guitarra), Marcelo Pitz (baixo) e Carlos Maltz (bateria) , que alcançou grande popularidade com suas canções líricas e críticas.

Antes de chegarem à sua formação atual, a banda passou por algumas mudanças de formação, sendo Gessinger o último integrante da formação original a permanecer na banda até a "pausa" ocorrida em 2008, por motivos particulares da banda.

TRAJETÓRIA

OS PRIMEIROS ANOS (1984 – 1989)

Quatro estudantes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS: Humberto Gessinger (vocal e guitarra), Carlos Stein (guitarra), Marcelo Pitz (baixo) e Carlos Maltz (bateria),  resolveram formar uma banda apenas para uma apresentação em um festival da faculdade, que aconteceria por protesto à paralisação de aulas.

O primeiro show da banda foi em 11 de janeiro de 1985. Escolheram o nome Engenheiros do Hawaii para satirizar os estudantes de engenharia que andavam com bermudas de surfista, com quem tinham uma certa rixa. Começaram a surgir propostas para novos shows e, após, algumas apresentações em palcos alternativos de Porto Alegre juntamente com uma série de shows pelo interior do Rio Grande do Sul.

A banda, em menos de quatro meses de carreira já consegue gravar duas músicas na coletânea Rock Grande do Sul (1985) com diversas bandas gaúchas, em razão de uma das bandas vencedoras do concurso adicionador à coletânea ter desistido da participação do álbum na última hora. Quando a banda seguiu com seus ensaios, durante a greve da faculdade, Carlos Stein realizou uma viagem, o que acabou inviabilizando sua permanência no grupo, e, tempos depois, ele passa a integrar a banda Nenhum de Nós. Meses passaram, e os Engenheiros do Hawaii gravam o seu primeiro álbum: Longe Demais das Capitais, em 1986.

A capa do álbum (LP) de 1986.

O norte musical do disco apontava para um som voltado à música pop, muito próximo ao ska de bandas como o The Police e Os Paralamas do Sucesso. Destacam-se as canções "Toda Forma de Poder", que foi tema das novelas Hipertensão da Rede Globo e Vitória da Rede Record. "Segurança", além de "Sopa de Letrinhas" e "Longe Demais das Capitais".

Antes de começarem as gravações do segundo disco, Marcelo Pitz deixa a banda por motivos pessoais. Com Gessinger assumindo o baixo, entra o guitarrista Augusto Licks, que havia trabalhado com Nei Lisboa, conhecido músico gaúcho. Os Engenheiros lançam o disco A Revolta dos Dândis, em 1987. A banda muda o direcionamento temático, iniciando uma trilogia baseada no rock progressivo, com discos com repetições de temas gráficos e musicais e letras em que ocorre a auto-citação.

A capa do álbum de 1987.

Os arranjos musicais são influenciados pelo rock dos anos 60, as letras são críticas, com ocorrência de várias antíteses e paradoxos e aparecem citações literárias de filósofos, como Albert Camus e Jean-Paul Sartre. Destaque para os hits "Infinita Highway", "Terra de Gigantes", "Refrão de Bolero" e a faixa título, dividida em duas partes.

Começam os shows para grandes plateias nos centros urbanos do país, como o festival Alternativa Nativa, realizado entre 14 e 17 de junho de 1987. A partir desta data, os Engenheiros encheriam ginásios e estádios pelo Brasil afora. Porém, houve polêmicas e a banda chegou mesmo a ser acusada de elitista e fascista pelo conteúdo de suas letras. As polêmicas se intensificaram quando membros da banda se apresentaram com camisetas estampadas com a Estrela de Davi e a Suástica.

O disco seguinte, Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém, de 1988, pode ser visto como uma continuidade do anterior, tanto pelo trabalho da capa do álbum como pelo tema e estilo de suas canções. Destaque para as músicas "Somos Quem Podemos Ser", "Cidade em Chamas", "Tribos & Tribunais", a faixa-título e "Variações Sobre o Mesmo Tema", esta última uma homenagem à banda Pink Floyd, com sua estética progressiva e dividida em três partes.

A capa do álbum de 1988.

O álbum também marca a saída dos Engenheiros da cidade de Porto Alegre, indo morar no Rio de Janeiro. Consolidada a nova formação, os Engenheiros lançam Alívio Imediato, de 1989, quarto disco da banda e o primeiro registro ao vivo. Suas canções mostram uma retrospectiva de suas principais canções e as novas perspectivas a serem incorporadas, em especial o som mais eletrônico, presente na faixa título e na música "Nau à Deriva", ambas gravadas em estúdio e as demais gravadas ao vivo no Canecão, no Rio de Janeiro.

A capa do álbum de 1989.

Bem galera, por aqui encerro a primeira parte da história dos Engenheiros do Hawaii. Talvez a inteligência das letras da banda tenha trazido um pouco de desconforto aos “limitados cabeça”. Saber apreciar uma boa música e tentar entender seu conteúdo parece não ter sido muito fácil para os “entendidos de plantão”.

Engenheiros não é uma banda de letras simples, pode-se dizer, ao contrário são músicas “cabeça”, para curtir, “viajar” num mundo musical onde as interpretações por parte de quem as ouvem, é a parte fundamental.

Engenheiros, juntamente com Legião Urbana, formam aqueles tipos de bandas que ou os ouvintes têm uma boa cultura literária, artística, de pensamento, ou acabam não entendendo boa parte do que os cantores quiseram dizer. E viva a música boa, com qualidade!!



Fiquem com mais de Engenheiros do HawaII em:




















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