Últimas postagens

domingo, 8 de maio de 2016

QUEEN, A MAJESTADE DAS BANDAS - PARTE 4

Olá galera que está aí, curtindo o Blog Opinião do Véio. Chegamos na quarta parte comentando sobre a bela carreira da banda Queen, só que agora, na fase sem Freddie Mercury. Vou comentar como a banda ficou sem seu vocalista, que a formação original se desfez com a morte de Freddie e a saída de outro integrante importante. Vou citar, também que a banda quase terminou e qual seria seu destino dali para a frente.


1991 - 1997: HOMENAGENS E APOSENTADORIA
DE JOHN DEACON

Antes de falecer, Freddie brincou com Brian May, dizendo que sua morte faria bem para o Queen, comercialmente falando. Brian lançou ''Driven By You'' como primeiro single de sua carreira solo, obtendo boas posições nas paradas.
Entretanto, o guitarrista estava em depressão nervosa, e quase se suicidou. Na mesma época, ''Bohemian Rhapsody'' foi relançada, e alcançou o primeiro lugar nas paradas, vendendo mais de um milhão de cópias. Com coletâneas, as vendas aumentaram virtiginosamente após a morte de seu vocalista.
Só que o trio remanescente não sabia como continuar. John Deacon, convencido de sua aposentadoria, estava aguardando o nascimento do quinto filho, mas também demonstrava sintomas de depressão.
Brian investiria numa carreira solo sem grandes êxitos, enquanto Roger Taylor lançaria mais um álbum da The Cross, retornando aos seus trabalhos como cantor com o politizado Happiness?. Segundo o baterista, ''pensei em minha fase de vida em que eu poderia muito bem escrever sobre algo que eu acreditava, que tinha significado. Você não pode escrever canções pop toda a sua vida''.

Annie Lennox & David Bowie interpretando "Under Pressure" em 1992.

Em 20 de abril de 1992, foi realizado o The Freddie Mercury Tribute Concert, um show tributo que reuniu várias bandas e artistas famosos, realizado no estádio de Wembley, em Londres. Músicos como David Bowie, George Michael, Annie Lennox, Elton John, Liza Minnelli, Robert Plant, Roger Daltrey, Tony Iommi e bandas como Def Leppard, Extreme, Guns N' Roses e Metallica, juntamente com os integrantes remanescentes do Queen (Brian May, John Deacon e Roger Taylor) tocaram os maiores sucessos da banda. A iniciativa foi tomada para arrecadar fundos para a Mercury Phoenix Trust, uma fundação que tem como objetivo lutar contra a AIDS.
Pouco tempo após o lançamento de ''Innuendo'', Freddie deixou claro que queria continuar gravando, apesar de sua saúde frágil. Três músicas novas foram gravadas: ''A Winter's Tale'', ''You Don't Fool Me'' e ''Mother Love'', essa última que seria a última gravação do cantor, realizada em 22 de maio de 1991.
Em 1993, John deacon, Roger Taylor e Brian May se reuniram para retrabalhar nas últimas músicas deixadas por Freddie, mas eram insuficientes para completar um álbum. O trio procurou em todos os arquivos do Queen por músicas para o novo álbum.
A produção ocorreu em 1994 e seguiu até 1995. Com várias discordâncias sobre o disco, os integrantes demoraram para chegar a um consenso. Assim, Made In Heaven foi lançado em novembro de 1995, como forma de cumprir um dos últimos desejos de Freddie Mercury, que era o lançamento deste álbum, que foi o último álbum inédito da banda.


Durante as sessões de Made In Heaven, John Deacon teve sua sexta e última filha. O baixista estava convencido de que se aposentar e dedicar-se à família era a melhor decisão no momento.
Mas ainda participava de algumas reuniões com os outros músicos, conforme Brian e Roger o chamavam. Em 1997, o baterista e o guitarrista decidiram lançar uma coletânea relembrando algumas das músicas mais pesadas do Queen, incluindo uma nova versão de ''I Can't Live With You''.
Para o álbum, de título Queen Rocks, o trio gravou ''No-One But You (Only The Good Die Young)'' que ficou, até 2014 como a última canção inédita lançada pela banda. Assim, foi a última participação de John Deacon com seus companheiros remanescentes.

Somente Brian May e Roger Taylor compareceram em 2001
 à cerimônia do Rock And Roll Hall Of Fame.

2001 - ATUALMENTE

Em 2001, a banda foi introduzida ao Rock And Roll Hall Of Fame, mas apenas Brian e Roger apareceram. Nesta mesma época, a dupla gravou ''We Are The Champions'' com Robbie Williams para o musical We Will Rock You.
A participação se tornou célebre pelos comentários negativos de John Deacon ao jornal The Sun, afirmando que estava satisfeito por não se envolver na gravação, e que Freddie era insubstituível: ''Eu não queria estar envolvido nisso e estou feliz. Ouvi o que eles fizeram e é um lixo. É uma das maiores músicas já escritas, mas eu acho que eles a destruíram. Eu não quero ser rude, mas digamos que Robbie Williams não é Freddie Mercury. Freddie nunca será substituído e, certamente , não por ele''.
Em novembro de 2003, Brian e Roger participaram do 46664, evento que aconteceu no antigo Green Point Stadium, na Cidade do Cabo. Foi organizado por Nelson Mandela, com o objetivo de aumentar a conscientização da população sobre a AIDS na África do Sul.

Queen + Paul Rodgers
No início de 2005, junto com o cantor Paul Rodgers, fundaram o supergrupo Queen + Paul Rodgers, que realizou várias turnês em alguns continentes do mundo. Alguns álbuns ao vivo foram lançados, como Return Of The Champions. Mas o inédito The Cosmos Rock, em 2008, obteve maior destaque, embora com várias críticas negativas. Em 2009, a parceria teve seu fim.
O ex-integrante John Deacon não se opôs à reunião, mas afirmou que não gostaria de estar envolvido. ''John nos deu a sua benção eterna'', afirmou Roger Taylor, embora tenha reconhecido que o baixista é extremamente reservado e suas opiniões não sejam muito claras.
Em 2011, em comemoração aos quarenta anos do Queen, Brian e Roger iniciaram uma campanha de remasterização e relançamento de todo o catálogo de estúdio da banda, incluindo edições duplas de cada álbum, tendo assim, várias faixas bônus. Este projeto incluiu versões ao vivo e gravações alternativas em estúdio para as músicas, versões single e novas mixagens.
Neste mesmo ano, Brian May e Roger Taylor participaram do programa American Idol, onde conheceram o cantor Adam Lambert. Nesta época, a dupla anunciou estar retrabalhando em algumas faixas perdidas do Queen, com vocais de Freddie Mercury.
Incluindo ''There Must Be More to Life Than This'', com participação de Michael Jackson, Queen Forever foi lançado em 2014, contendo a última música inédita distribuída pela banda, ''Let Me In Your Heart Again'', com participação de Freddie Mercury e John Deacon. Em uma entrevista na Rolling Stone naquele ano, Brian e Roger afirmaram que Deacon é uma pessoa frágil, mas que continuava administrando a parte financeira do grupo (Frágil, mas útil! Muito conveniente, não acham?).

Queen + Adam Lambert
Lembram do American Idol e de Adam Lambert? Mais tarde, os três fundaram um supergrupo chamado Queen + Adam Lambert. Em 2015, em comemoração aos 30 anos do Rock In Rio, o supergrupo Queen + Adam Lambert se apresentou na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, para mais de 85 mil pessoas. A apresentação, além de conter canções da banda, incluiu o single ''Ghost Town'', de Adam Lambert.

INFLUÊNCIAS DE CADA MEMBRO DO QUEEN

Apesar de Led Zeppelin, The Who e The Beatles serem frequentemente citados como as principais influências do Queen, os gostos musicais de cada integrante são muito diferentes.
O baixista John Deacon, por exemplo, aponta Chris Squire do grupo Yes como uma de suas influências no baixo, mas sempre foi um grande admirador de rhythm and blues e música negra, fato que o fez compor músicas como ''Another Ones Bites The Dust''. A performance de Deacon também é lembrada por sua rapidez e habilidade com os graves.
Freddie Mercury, por sua vez gostava muito de música erudita e ópera, como as composições de Noël Coward, Fréderic Chopin e Mozart, além da voz de Dick Powell.
No entanto, admirava alguns intérpretes da música popular, como Little Richard, Fats Domino, Robert Plant, Aretha Franklin, mas principalmente Liza Minnelli e Jimi Hendrix. Freddie, ao longo de sua carreira elogiou outros intérpretes do rock, como John Lennon e e Paul Rodgers, do qual era fã.
Brian May afirmou ser admirador de Jimi Hendrix, Eric Clapton, mas, principalmente da técnica de George Harrison, declarando em uma entrevista de 1982, que George é um instrumentista de ''pensamento livre''.
Na opinião de Roger Taylor, Keith Moon trouxe uma nova perspectiva para o uso de bateria no rock, sendo também bastante influenciado por músicos de jazz como Gene Krupa e Joe Morello.


Assim sendo, com a reunião dos quatro, a música do Queen tomou proporções extremamente variadas. Segundo John, no início as músicas do quarteto foram escritas numa estrutura mais adequada para um power trio.
Com a entrada de Freddie Mercury como vocalista e pianista e de John Deacon como baixista de muitas influências, a sonoridade do grupo foi mudando. Estas mudanças começaram a ficar mais perceptíveis a partir de Sheer Heart Attack, atingindo seu apogeu em A Night At Opera, com suas influências de hard rock, heavy metal, pop rock, folk e outros gêneros. A música ''Stone Cold Crazy'', por exemplo, é citada como uma das primeiras canções de metal da história, que influenciou diretamente bandas como o Metallica.
No decorrer dos anos 70, sua produção era considerada muito exagerada, e o tempo que gastavam no estúdio gravando harmonias era muito grande. Adotando sintetizadores nos anos 80, principalmente a partir de Hot Space, o Queen apresentou outras influências, como o funk rock e a música disco. Um dos principais motivos pelos quais demoraram para adotar teclados nas músicas, foi o fato de acharem a geração mais antiga do instrumento pouco flexível e emocional. Conforme os equipamentos foram evoluindo, as opiniões foram mudando.

May com a Red Special original e a réplica.

GUITARRA DE BRIAN MAY

Steve Vai disse em entrevista à Guitar World: ''Consigo ouvir qualquer músico e imitar seu som, mas não Brian May''.
Um dos destaques na sonoridade do Queen é a guitarra de Brian May, a Red Special. Fabricada de forma caseira com o pai, na década de 60, possui um timbre característico. Foi utilizada na maioria das músicas da banda e, juntamente com o amplificador caseiro de John Deacon, a Deacy Amp, foi a fonte de vários efeitos sonoros e emulações de instrumentos contidos, principalmente nos primeiros álbuns do Queen, como nas músicas ''Procession'' (Queen II) e ''God Save The Queen'' (A Night At Opera).
O músico, também teve a idéia, até então inédita de criar harmonias com várias camadas de guitarra, construindo uma sonoridade que, até os dias atuais é extensamente respeitada por outros guitarristas.
A revista Rolling Stone o classificou como o 26º melhor guitarrista de todos os tempos. Numa enquete com votos do público, a revista Guitar World elegeu Brian como o segundo melhor guitarrista, ficando atrás apenas de Eddie Van Halen.

Roger também atuou nos vocais da banda.
VOCAIS

Apesar do Queen ser um quarteto, três integrantes atuaram efetivamente nos vocais. O vocalista e pianista Freddie Mercury gravou a maior parte deles, mas Roger Taylor possuía importante participação nas vozes da banda.
O baterista gravou, por vezes, partes mais agudas em algumas músicas, utilizando falsete. como ''In The Lap Of Gods'' e ''Ogre Battle'' e seu timbre rouco é geralmente comparado ao cantor Rod Stewart. Brian May, por sua vez, é tido como um cantor que possui, em sua voz, uma suavidade que muitos não possuem.
John Deacon é o único que nunca gravou nenhum vocal para o grupo, e suas músicas foram todas interpretadas por Freddie. Segundo o próprio John, não sabe cantar, e em uma entrevista dada em 1986, o baixista lamentou sua incapacidade.
''[...] é como estar em uma cadeira de rodas de certa forma, porque você não pode realmente se expressar da maneira que você gostaria. Se eu pudesse cantar, seria lindo. Não é uma simples desvantagem, é uma grande desvantagem, em termos de escrever músicas. Gostaria que eu pudesse, mas eu não posso''.
Freddie Mercury, por sua vez, tinha uma extensão vocal que abrangia cerca de quatro oitavas e possuía facilidade tanto para notas graves e agudas.
A revista Rolling Stone escolheu ''Bohemian Rhapsody'', ''We Are The Champions'' e ''You're My Best Friend'' como as músicas que contém as melhores interpretações vocais dentro de toda a sua carreira.   
Bem galera, era isso que eu tinha para comentar nessa quarta parte sobre a carreira e obra da banda Queen. Na próxima postagem, a quinta e última parte dessa odisséia musical. Fiquem com mais da obra do Queen em:       















































Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...