Olá
galera que curte o Blog Opinião do Véio! Bom poder contar com vocês que curtem
essa postagem, da qual comentarei sobre um dos ícones pop dos anos 80, 90 e
2000, famoso por suas esquisitices e controvérsias, porém um grande compositor e cantor, mais um que se foi neste ano de 2016.
PRINCE
Prince Rogers Nelson nasceu
em Minneapolis no dia 07 de junho de 1958, filho de John L. Nelson, que tocou
num trio de jazz chamado Prince Rogers Trio, daí a inspiração para o seu nome.
Filho de pais afro-americanos, que se separaram tempos depois do nascimento de
sua irmã, Tika Evene, nascida em 1960.
Sua mãe se casou novamente,
mas a convivência com seu padrasto não era boa, o que o fez morar
temporariamente com o pai, que lhe comprou a primeira guitarra. Nesse tempo,
Prince fez amizade com um vizinho, chamado Andre Anderson e se juntaram com um
primo de Prince, Charles Smith e formaram uma banda chamada Grand Central.
Prince se encarregou da
parte instrumental da banda, tocando em pequenos clubes de Minneapolis. O
conhecimento musical de Prince foi se desenvolvendo e rapidamente se tornou no
principal integrante da banda e também no vocalista. Era então influenciado por James Brown, Jimi Hendrix,
Earth, Wind & Fire, Sly And Family Stone, Miles Davis, George Clinton e
Parliament-Funkadelic, Carlos Santana e Todd Rundgren.
INÍCIO DA CARREIRA
Em 1976, Prince iniciou a
trabalhar como aprendiz no estúdio de Chris Moon, que o apresentou a Owen
Husney. Husney percebeu o potencial de Prince e investiu em sua carreira junto
com Pepe Willie. O primeiro álbum de Prince saiu pela Warner em 1978 e
chama-se For You. Todas as músicas deste álbum foram escritas e
executadas por Prince, exceto “Soft And
Wet”. O álbum teve vendagem modesta, não entrando nem entre as 200 da
Bilboard, sendo “Soft And Wet” o
único sucesso que até foi bem executado nas paradas de Rhythm And Blues
(R&B).
O primeiro álbum de Prince, de 1978. |
Em 1979, Prince organizou
sua banda com Andre Cymone (nome artístico de Andre Anderson) no baixo, Gayle
Chapman e Matt Fink nos teclados, Bobby Z na bateria e Dez Dickerson na
guitarra. Prince formou, propositalmente, uma banda multirracial, misturando
brancos e negros, como uma banda que o influenciou muito, Sly And Family Stone.
O segundo álbum de Prince, de 1979. |
Seu segundo álbum, intitulado Prince entrou no Bilboard 200 e teve
dois sucessos, “Why You Wanna Treat Me So
Bad” e “I Wanna Be Your Lover”.
Estes dois hits foram
tocados ao vivo em 26 de janeiro de 1980 na televisão, no programa American Banstand. Prince chamou a
atenção pelas suas roupas coloridas, que vestiam seu 1,57 m de altura,
turbinados pelas botas de salto alto. Quando questionado pela imprensa a
respeito de seu figurino, ele declarou que se sentia bem com seu visual.
ERA
CONTROVERSY E 1999 (1980 – 1984)
Em 1980, Prince lança Dirty
Mind, seu terceiro álbum. Na banda, Lisa Coleman substituiu Chapman,
que saiu após seus princípios religiosos falarem mais alto, em protesto às
letras de teor sexual de Prince. Dirty Mind é altamente reconhecido
por seu conteúdo sexualmente explícito. Prince abriu os shows para Rick James
em 1980 sob o rótulo de “punk funk” aplicado a ambos. Em Dirty Mind, Prince
abandonou a postura disco para adotar uma atitude mais roqueira. Este fato,
mais a ostentação de se expressar sexualmente no palco e nas letras de suas
músicas, fizeram o público questionar sua orientação sexual. Isto lhe trouxe
problemas, como na ocasião em que abriu os shows dos Rolling Stones em Los
Angeles, no Los Angeles Coliseum em 1981, quando a plateia atirou lixo nele
quando vestia um casaco e cueca, sendo vaiado até sair do palco.
Em 1981, foi a vez de Controversy. |
Controversy foi
lançado em 1981, com o single de mesmo nome, entrando pela primeira vez nas
paradas internacionais, em fevereiro de 1981.
Prince teve o acompanhando,
na década de 80, a banda The Revolution e na década de 90, formou a The New
Power Generation.
O quinto álbum de Prince, de1982. |
Em 1982 lançou 1999, um álbum duplo que vendeu mais
de 10 milhões de cópias. Os sucessos deste álbum foram “Little Red Corvette” e “1999”,
que o consagraram como um dos principais artistas negros da época, ao lado de
Michael Jackson e Lionel Richie, na ainda iniciante MTV. “Delirious”, outro sucesso, alcançou o Top 10 da Bilboard Hot 100.
Prince & The Revolution |
THE
REVOLUTION E PURPLE RAIN
Em 1984, Prince passa a
chamar sua banda de The Revolution, que era composta por Lisa Coleman e Dr.
Fink nos teclados, Bobby Z na bateria, Brown Mark no baixo e Wendy Melvoin na
guitarra. Purple Rain foi lançado junto com o filme de mesmo nome. O
álbum vendeu mais de 20 milhões de cópias e ficou 24 semanas consecutivas na
parada do Bilboard 200. O filme, definido pelo crítico Joe Queena como
“sexista, juvenil e mentecapto”, arrecadou somente nos Estados Unidos, 80
milhões de dólares nas bilheterias. Purple Rain provou que Prince era um
sucesso, um superstar.
Duas faixas de Purple
Rain chegaram ao topo dos singles nos Estados Unidos e viraram sucesso
internacional, “When Doves Cry” e “Let´s Go Crazy”, enquanto a faixa título
chegou ao número 2 do Bilboard Hot 100. Ao mesmo tempo, Prince aparecia como
estrela do filme, single e álbum número 1 dos Estados Unidos. Prince ganhou
ainda, o prêmio de melhor canção original da Academia por “Purple Rain”, além de melhor trilha sonora de filme, e o álbum foi
escolhido pela Rolling Stone como um dos 500 melhores álbuns de todos os
tempos.
Neste álbum, também está a
música “Darling Nikki”. Segundo
consta, Tipper Gore, mulher de Al Gore, então vice-presidente dos Estados
Unidos, ficou escandalizada ao encontrar sua filha de 11 anos ouvindo esta
música. O problema todo está na letra da música, que fala sobre o encontro de
um homem com uma mulher viciada em sexo e muito mais. Isto teria sido a gota
d’água para a criação da Parents Music
Resource Center, responsável por colocar avisos sobre letras de músicas
consideradas “explícitas” nos discos.
Após Purple Rain, em 1985,
Prince lança Around The World In a Day, que chegou ao número 3 das paradas
americanas. A faixa “Raspberry Beret”
chegou ao número 2 do Bilboard Hot 100.
Mas nem tudo era sucesso, e
em 1986 Prince lançou seu segundo filme Under
The Cherry Moon, que foi um enorme fracasso, que lhe fez ganhar o premio
Framboesa de Ouro, dado ao pior ator daquele ano. A trilha sonora, denominada Parade,
vendeu 12 milhões de cópias, sendo a faixa “Kiss”
número 1 da parada norte-americana. Promovendo este álbum, Prince dá início à
uma turnê europeia e asiática que consistia em shows esporádicos, anunciados
poucas horas antes de sua performance.
A
tensão entre os integrantes da banda aumentava, e após a turnê, Prince demitiu
todos, com exceção de Dr. Fink, que permaneceu com ele, trabalhando em sua
banda de apoio como tecladista.
ELE
SOLO, RENASCIMENTO ESPIRITUAL, LOVESEXY
E
SIGN
O’ THE TIMES
(1987 – 1991)
Sign
O’ The Times foi lançado em 1987 como álbum duplo e
recebeu muitas críticas positivas e entrou para a lista dos 100 melhores álbuns
de todos os tempos daRolling Stone e da revista Time, sendo eleito ainda, o
melhor dos anos 80. Tentando promover o álbum (que apesar de sucesso da
crítica, falhou em vendas), Prince lançou seu terceiro filme, de mesmo nome do
álbum. Em 1987, Michael Jackson convidou Prince para um dueto em seu álbum Bad
, mas diferenças artísticas puseram fim ao projeto.
Também
em 1987, Prince lançou The Black Album, feito para o
público negro que supostamente ele perdeu por ter feito muitos álbuns para o
público branco. Já haviam sido impressas quinhentas mil cópias quando o álbum
foi cancelado pelo próprio Prince, após uma epifania (considerado único e
inspirador, de uma natureza quase sobrenatural). The Black Album só foi
lançado em 1994, numa edição limitada.
Seu
álbum seguinte, Lovesexy desapontou nas paradas, chegando apenas em décimo
primeiro, sendo o único single de destaque “Alphabet St.”, que alcançou o
oitavo lugar na Bilboard. Lovesexy também causou polêmica por
sua capa, onde Prince posava nu. Uma turnê foi realizada para promover o álbum,
mas gerou prejuízo devido à sua esquisitice.
Em
1989 Prince voltou a ser número 1 com o hit “Batdance”, da trilha sonora do
filme Batman. No mesmo ano, ele gravaria Like a Prayer com
Madonna, sendo coautor (mas não creditado) das músicas “Like a Prayer”, “Keep
Together”, “Act Of Contrition” e “Love Song”, sendo esta última com sua
participação nos vocais. No ano seguinte, ele experimentou um sucesso mundial
“por tabela” com uma música sua, que se tornou uma das mais executadas no
planeta, na época: “Nothing Compares 2 U”, gravada por Sinnéad O’connor, que
teve uma execução maciça nas rádios FM dos cinco continentes.
Seu
álbum seguinte Graffiti Bridge ficou em sexto lugar nos Estados Unidos e em
primeiro lugar na Inglaterra e foi trilha sonora do filme de mesmo nome.
Inicialmente, a Warner não queria investir no filme, até Prince declarar que
seria uma sequência de Purple Rain. Apesar do álbum receber
críticas relativamente positivas (com destaques à “Thieves In The Temple” e
“Elephants And Flowers”), o filme foi duramente criticado, sendo um fracasso
comercial.
A banda de apoio de Prince,The New Power Generation |
THE
NEW POWER GENERATION E TROCA DE NOME
(1991
– 1994)
Diamonds
And Pearls, álbum que foi lançado em 1991, marcou a
estreia de sua nova banda, The New Power Generation. Seu álbum seguinte,
décimo segundo de sua carreira, conhecido como The Love Symbol Album,
que chegou ao décimo lugar das paradas americanas. Em sua capa não havia nenhum
nome, apenas um símbolo impronunciável.
Em
1993, ele mudou seu nome para o mesmo símbolo impronunciável (), que juntou os símbolos masculino (♂) e feminino (♀) e o usou até 2000. Como o
nome é impronunciável, ele preferia ser chamado “o artista anteriormente
conhecido como Prince” ou simplesmente “o Artista”. Prince tomou esta atitude
por causa da briga judicial com sua gravadora, a Warner a respeito dos
direitos sobre suas músicas.
Leia
o que Prince disse a respeito da mudança de seu nome para um símbolo
impronunciável: “A Warner Bros. tornou o
nome ‘Prince’ uma marca registrada dela, e usou-o como uma ferramenta de
marketing principal para promover todas as músicas que eu escrevi. A empresa
possui o nome ‘Prince’ e toda a música relacionada comercializada sob o nome
‘Prince’. Assim, eu me tornei meramente uma peça de penhor utilizada para
produzir mais e mais dinheiro para a Warner Bros... Eu nasci com o nome
‘Prince’, e não quero adotar outro nome convencional. O único substituto
aceitável para o meu nome e minha identidade, é um símbolo sem pronúncia, que é
uma representação de mim e de minha música. Este símbolo estará presente em meu
trabalho ao longo dos anos. É um conceito que tem evoluído a partir de minha
frustração. É quem eu sou. É meu nome.”
Segundo
o crítico musical, Alexandre Matias, “Prince se considerava escravo de um
sistema que era dono de suas próprias composições. Quando descobriu que os
originais de suas gravações não lhe pertenciam, resolveu encerrar seu contrato
, entregando suas piores músicas em discos fracos no início dos anos 90, para
apenas cumprir o contrato. Quando percebeu que o mercado podia faturar até
mesmo com álbuns que ele não considerava suficientemente bons, resolveu trocar
de nome e batizou-se com um símbolo impronunciável, apenas para dificultar o trabalho
de sua gravadora para vende-lo.”
Em
1993, por exigência da Warner, Prince lançou uma caixa com 3 CDs, chamada The
Hits / The B-Sides. Em 1994, lançou Come, um verdadeiro
fracasso comercial.
Bem pessoal, aqui termino a primeira parte sobre Prince, que teve uma carreira cheia de altos e baixos, porém, com grandes picos criativos, que o consagraram dentro do cenário musical. Vocês nem imaginam o que a gravadora dele proíbe os vídeos dele a circular pela internet. Sem autorização, não há disponibilidade. Por isso, fica mais interessante a história e a saída dele da Warner. Aguardo vocês para curtirem a segunda parte dos meus comentário sobre Prince Rogers Nelson. Curtam mais de Prince em:
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