Salve galera que curte o
Blog Opinião do Véio! É uma satisfação estar de volta nesse ano de 2018,
comentando sobre uma banda que é um marco no cenário musical.
Embora eu tenha praticamente
nascido na época em que os caras formaram a banda, eu só vim a conhecê-los graças
ao famoso riff de guitarra de “Smoke On The Water”, um som caracteristicamente grudento,
no sentido de ficar em nossa memória, grudado como se fosse um chiclete.
Chiclete às vezes doce, às vezes amargo, devido a violência com que a música
vibra em nossas cabeças.
Então vamos curtir a
história dessa banda que deixou sua marca registrada na história do rock para
toda a eternidade.
Deep
Purple é uma banda britânica de rock formada em Hertford,
Hertfordshire, em 1968. Juntamente com as bandas Black Sabbath e Led Zeppelin,
o Deep Purple é considerado um dos
pioneiros do heavy metal e do hard rock moderno, embora alguns de seus
integrantes tenham tentado não se categorizar como apenas um destes gêneros. A
banda também incorporou elementos do barroco, da psicodelia, do blues e do rock
progressivo ao seu som. Foram listados pelo Livro Guiness dos Recordes
"como a banda com o som mais alto ao vivo no mundo", e venderam mais
de 100 milhões de álbuns ao redor do mundo.
A banda passou por diversas
mudanças de formação, além de um período de oito anos (1976 – 1984) parados. As
formações do período 1968 – 1976 foram comumente chamadas de fases (MK) I, II,
III e IV. A marca da banda sempre foi a mistura de guitarra e teclado, com
riffs simples e fortes e solos vigorosos. O Deep
Purple ficou na 22ª posição na lista dos "Maiores Artistas de Hard
Rock" do canal de TV VH1, recebeu o título de "Lenda da Música"
na premiação World Music Awards de 2008 e entrou no Hall da Fama do Rock and
Roll em 2016.
HISTÓRIA
O
início (1967 – 1968)
Em 1967, Chris Curtis,
ex-baterista do The Searchers,
contatou o empresário de Londres Tony Edwards, na esperança de que ele
conseguiria um novo grupo que estava montando, para se chamar Roundabout. Eles se revezariam em torno
do baterista, como num carrossel. Depois de a ideia ter sido comprada pelo
produtor Tony Edwards, o primeiro músico a descobrí-la foi o tecladista Jon
Lord, colega de Curtis nos The Flowerpot
Men, onde também tocava o baixista Nick Simper.
Era o final dos anos 60, e
Curtis estava metido até o pescoço no espírito da época. Certa vez, Lord entrou
no apartamento e encontrou as paredes cobertas de papel-alumínio. Seu colega
havia redecorado a casa para mudar o astral. Liga, desliga, cai na estrada:
Curtis desapareceu.
O grupo achou um guitarrista (Ritchie Blackmore, conhecia um baterista), Ian Paice, que trouxe um colega da The Maze, o vocalista Rod Evans. Com a saída de Curtis, acabou a ideia do rodízio e a banda precisava trocar de nome. Em fevereiro de 1968, depois de queimar pestana em uma lista de nomes que incluía o pomposo Orpheus, acabou vencendo o título da música favorita da avó de Blackmore: Deep Purple.
Capa do primeiro álbum, lançado em setembro de 1968. |
O primeiro disco, Shades
Of Deep Purple, foi lançado em setembro de 1968. Recheado de
regravações (incluindo versões progressivas de "Help!", dos Beatles,
e "Hey Joe", de Jimi Hendrix), o disco estourou nas paradas de
sucesso dos Estados Unidos com uma música de Joe South: "Hush", o
primeiro single da banda. Em dezembro daquele ano, quando o segundo disco The
Book Of Taliesyn já havia sido lançado, eles fizeram sua primeira turnê
na América, acompanhando o Cream.
Capa do segundo álbum, lançado em dezembro de 1968. |
Nessa turnê, além de visitar a mansão de Hugh Hefner, criador da revista
Playboy, o grupo também descobriu que outro motivo de seu sucesso no Novo Mundo
vinha do nome da banda, o mesmo de uma droga então muito popular na Califórnia.
O segundo disco também trazia regravações, como "River Deep, Mountain
High" (sucesso na voz de Tina Turner), "We Can Work It Out"
(Beatles) e "Kentucky Woman" (Neil Diamond). A composição "Wring
That Neck" (chamada de "Hard Road" nos Estados Unidos, pela
violência do nome) sobreviveu, no setlist do grupo, à extinção da primeira
formação no ano seguinte. Foi o veículo de algumas das mais inspiradas trocas
de solos entre Blackmore e Lord.
Em 1969, Blackmore e Lord
estavam descontentes com a sonoridade do grupo. Ambos queriam experimentar mais
com volume e eletricidade, mas consideravam que a voz de Evans não acompanharia
as mudanças. O terceiro disco do grupo, chamado Deep Purple, reflete a
tensão de uma banda que tinha os pés no rock inglês dos anos 60 e a cabeça em
algo que ainda estava por ser criado. Sob convite do baterista Mick Underwood,
em 24 de junho, Blackmore e Lord foram conferir uma apresentação do grupo Episode Six, de cujo vocalista (Ian
Gillan) o ex-colega de Blackmore havia falado muito bem. Os dois membros do
Deep Purple chegaram a subir ao palco para uma jam. Começou aí o mês mais tenso
e criativamente decisivo em toda a carreira do Deep Purple.
Capa do terceiro álbum, de 1969. |
Blackmore, Lord e Paice
combinaram um teste com Ian Gillan. Ele levou seu amigo Roger Glover, baixista
também do Episode Six. Juntos, os
cinco gravaram o single "Hallellujah", no dia 7 de junho. Aprovados
os dois, o Deep Purple passou a ter
vida dupla. Durante o dia, a segunda formação ensaiava no Hanwell Community
Centre. À noite, a primeira formação continuava se apresentando como se nada
estivesse ocorrendo. Evans e Simper não sabiam o que estava por acontecer até a
véspera da estreia da fase II nos palcos, em 10 de julho. A situação era tão
maluca que, em 10 de junho de 1969, Episode
Six e Deep Purple se apresentaram
em bailes de Cambridge. O Deep Purple
fez onze apresentações entre a escolha dos novos membros e a estreia da nova
fase; o Episode Six, oito. Mas Gillan
e Glover ainda fizeram outros quatro shows para cumprir contrato com o E6 até o dia 26 de julho, intercalando
com os três primeiros shows da fase II.
Capa do primeiro álbum ao vivo, de 1969. |
Os projetos que já vinham
ocorrendo, porém, continuaram. O terceiro disco tinha acabado de ser lançado na
Inglaterra quando a nova formação, com sua proposta sonora mais ousada,
estreou. Jon Lord também estava finalizando seu Concerto For Group &
Orchestra, que seria apresentado no Royal Albert Hall, com a Royal Philharmonic
Orchestra, no dia 24 de setembro. Nesse dia, além de mostrarem o novo tipo de
composição idealizado por Lord (unindo as linguagens da música erudita e do
rock), os ingleses de todas as classes sociais conheceram "Child In
Time", composta ainda em Hanwell.
Capa do quarto álbum, lançado em 1970. |
A composição mostra tudo o que a nova
formação trazia de novo em relação à anterior: mudanças de ritmo, solos
poderosos, gritos de banshee. O novo Deep Purple era elétrico e explosivo, e
isso ficaria muito claro no primeiro disco da nova formação, In
Rock, lançado em junho de 1970. Os ingleses puderam conhecer faixa por
faixa do novo disco via BBC durante os vários meses que levaram ao lançamento.
Conheceram inclusive faixas inéditas, como "Jam Stew", e uma versão
primitiva de "Speed King" chamada "Kneel And Pray", com uma
letra completamente diferente e muito mais maliciosa do que a conhecida e
cantada até hoje.
Capa do quinto álbum, lançado em 1971. |
O
segundo disco da fase II foi Fireball, que mantém a eletricidade
mas envereda por um caminho mais experimental. Até um country ("Anyone's
Daughter") o disco inclui, ao lado de longos instrumentais como os de
"Fools" e canções mais próximas das que havia no disco anterior, como
"Strange Kind Of Woman". Os shows da turnê de 1971, disponíveis
apenas em gravações piratas, mostram uma banda mais madura e mais ousada. É
nessa turnê que Ian Gillan começa a fazer duelos de sua voz com a guitarra de
Blackmore, por exemplo.
Bem galera
que está curtindo a história da banda Deep
Purple, esse é o fim da primeira parte da carreira dessa que foi um ícone
no mundo musical mundial devido à sua técnica e inovação criada no início de
sua jornada, que veio para permanecer em nossa memória e nossos corações.
Fiquem
com mais de Deep Purple em:
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