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quinta-feira, 29 de março de 2018

DEEP PURPLE, OUÇA NO VOLUME MÁXIMO - PARTE TRÊS DE TRÊS




Salve galera que está curtindo a história da carreira dessa banda que fez muito sucesso em toda sua existência, especialmente por causa de seus concertos, uma vez que nem todos os álbuns que o grupo produziu foram grandes êxitos.

Agora comentarei sobre um assunto discordante: o fim e o recomeço. O fim, porque pareceu que tudo naquele momento acabaria, mas o tempo provou que não era exatamente daquela forma que esta grande banda deveria terminar.

O fim

Ao final do show de 15 de março de 1976, em Liverpool, David Coverdale desabafa com Lord: não havia mais clima para continuar com o Deep Purple. Lord desabafa de volta: não havia mais um Deep Purple para continuar. Acabou assim, em clima de confidência, a banda criada oito anos antes e que chegou a figurar no Guinness dos recordes como a mais barulhenta do mundo. Oito meses depois, Bolin morreria de overdose no Resort Hotel de Miami, após uma apresentação. E durante oito anos o Deep Purple permaneceria fora do ar.

Os integrantes do Deep Purple, em 1984.

Nesse período, os membros da banda fariam suas próprias carreiras e plantariam as bases para os futuros desenvolvimentos do Deep Purple. Por ordem de saída:

Ian Gillan - Depois de um breve período de reclusão em que vendeu motos e tentou ter um hotel, foi resgatado para os palcos por Roger Glover e sentiu-se animado o suficiente para criar sua própria banda, a Ian Gillan Band. Numa espécie de jazz-rock, seguiu até o início dos anos 80. Em 1982, dissolveu a banda, para no ano seguinte gravar um disco com o Black Sabbath: Born Again.


Roger Glover - Inicialmente, permaneceu próximo à Purple Records e foi quem mais teve contato com todos os galhos da gigantesca árvore genealógica do Deep Purple. Dois anos depois, conseguiu juntar no mesmo palco os melhores músicos da Inglaterra (muitos deles membros ou ex-membros do Deep Purple, ou seus colegas em outras bandas), no musical Butterfly Ball. Foi a primeira aparição pública de Ian Gillan após o fim do Deep Purple, substituindo Ronnie James Dio (que cantava no Rainbow de Blackmore e passaria depois pelo Black Sabbath). Produziu outras bandas, gravou dois discos solo e voltou a tocar baixo no Rainbow de Blackmore.


Ritchie Blackmore - Com o Rainbow, teve uma das bandas de hard rock de maior sucesso do final dos anos 70 e início dos anos 80, apontando os holofotes para músicos como Joe Lynn Turner e Don Airey, que anos mais tarde participariam do Deep Purple. Roger Glover chegou a tocar com ele.


David Coverdale - Após dois discos solo, formou o Whitesnake e invadiu as paradas de FM dos anos 80. Na banda, tocou com Jon Lord e Ian Paice. De quando em quando, reúne o Whitesnake para turnês.


Jon Lord - Teve uma carreira solo interessante, misturando suas várias influências musicais (clássico, rock e jazz). Compôs trilhas sonoras de filmes com Tony Ashton e os dois se juntaram a Paice para o projeto Paice, Ashton e Lord. Mais tarde, uniu-se a Coverdale no Whitesnake. Depois de lutar contra um câncer, Lord veio a falecer em 16 de julho de 2012.
Ian Paice - Tocou com diversos músicos, inclusive com Gary Moore, além de Paice, Ashton e Lord e Whitesnake.


Glenn Hughes - Reuniu o Trapeze, gravou vários discos solo, tocou com Gary Moore e Pat Thrall, lutou consigo mesmo para se livrar das drogas, cantou no Black Sabbath e mais recentemente gravou dois discos com o também ex-Deep Purple Joe Lynn Turner, o Hughes-Turner Project (HTP).



O recomeço

Capa do décimo - primeiro álbum de estúdio da banda, lançado em 1984.

Em 1984, é anunciada a volta do Deep Purple com a sua formação de maior sucesso (fase II), com Gillan, Blackmore, Paice, Glover e Lord. É lançado o primeiro disco de inéditas desde 1975, chamado Perfect Strangers, que foi seguido por The House Of Blue Light, de 1987. Das turnês destes dois discos, sai o ao vivo Nobody's Perfect, lançado em 1988. Em 1989, Gillan decide sair novamente da banda, e em seu lugar entra o vocalista Joe Lynn Turner, (ex-Rainbow).

Capa do décimo segundo álbum de estúdio da banda, lançado em 1987.

Com esta nova formação, a banda saiu em uma bem-sucedida turnê que foi muito bem elogiada pelos fãs. Embora o novo álbum com Turner, Slaves And Masters, tenha sido comercialmente fraco, a sua turnê não foi. Os shows foram marcados por performances impecáveis da banda e pela excelente presença de palco do vocalista Joe Lynn Turner. Vale lembrar que nessa turnê, o Deep Purple veio ao Brasil pela primeira vez. O set-list continha clássicos da época de Coverdale, e muitos que a banda não tocava há algum tempo.

Capa do décimo terceiro álbum de estúdio da banda, lançado em 1990.

A banda termina a turnê no fim de 1991, e em abril de 1992, começa a gravar o que se tornaria o álbum The Battle Rages On.... Este álbum foi inicialmente gravado e escrito com Joe Lynn Turner ainda na banda, mas no meio de setembro de 1992, Joe é despedido do grupo e em seu lugar entra novamente Ian Gillan, que termina o que restou do The Battle Rages On..., regravando-o com sua voz. O álbum foi lançado em 1993.

Capa do décimo quarto álbum de estúdio da banda, lançado em 1993.

Em dezembro de 1993, após a saída de Ritchie Blackmore devido a conflitos constantes sobre o estilo musical a ser seguido, o guitar-hero Joe Satriani foi convidado a integrar a banda e juntou-se ao Purple para participar da turnê internacional pelo Japão. Com o sucesso dos shows, Satriani foi convidado pelos demais integrantes para permanecer como membro efetivo dela, mas ele não aceitou, mais preocupado com sua carreira solo e com o contrato para um álbum assinado com a Sony.

Antes disso, entretanto, ainda chegou a participar da turnê europeia como guitarrista da banda em 1994, fazendo seu último show com a banda em julho, na Áustria. Após este concerto, Satriani deixou o Purple e cedeu o lugar para o guitarrista Steve Morse, que já havia integrado as bandas Dixie Dregs e Kansas. Steve Morse é o guitarrista do Deep Purple até os dias de hoje.

Capa do décimo quinto álbum de estúdio da banda, lançado em 1996.

A banda se revitaliza e volta com o Purpendicular, de 1996, trazendo novos elementos, porém valorizando os desafios entre guitarras e órgão que fizeram a base musical do estilo do Deep Purple. Segue o razoável Abandon em 1998. 

Capa do décimo sexto álbum de estúdio da banda, lançado em 1998.

Em 2002, o tecladista Jon Lord decide abandonar a estrada, e em seu lugar entra Don Airey, um tecladista que passou por diversas bandas de hard rock, entre elas, o Rainbow, de Ritchie Blackmore e o Whitesnake, de David Coverdale, além de Ozzy Osbourne. Com Airey, Gillan, Morse, Glover e Paice são lançados os discos Bananas, em 2003, e Rapture Of The Deep, em 2005.

Capa do décimo sétimo álbum da banda, lançado em 2003.

Em novembro de 2005, chegava às lojas o álbum do Purple, chamado de Rapture Of The Deep, produzido durante o período de março à junho de 2005.

Capa do décimo oitavo álbum de estúdio da banda, lançado em 2005.

Em 2012, o Deep Purple anunciou que iria entrar em processo de produção de um novo disco de estúdio, o primeiro desde 2005. Em abril de 2013 chegava às lojas o álbum Now What?, gravado em Nashville, no ano anterior.

Capa do décimo nono álbum de estúdio da banda, lançado em 2013.

Em abril de 2017, o Deep Purple lançou o álbum Infinite, seu vigésimo álbum de estúdio.

Capa do álbum de 2017.

Em 16 de julho de 2012, o tecladista Jon Lord falece. Ele lutava há quase um ano contra um câncer no pâncreas. Vários músicos de renome expressaram sua tristeza acerca do ocorrido, tais como Geezer Butler, David Coverdale, Lars Ulrich, Tony Iommi, Mike Portnoy, Axl Rose, Slash, Bill Ward, Jordan Rudess, além de sua antiga banda, o próprio Deep Purple.



Todas as formações do Deep Purple

* Fase I "MK I" (1968 - 1969) Rod Evans – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Nick Simper – baixo / Ian Paice – bateria;

* Fase II "MK II" (1969 - 1973) =˃ Ian Gillan – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover – baixo / Ian Paice – bateria;

* Fase III "MK III" (1973 - 1975) David Coverdale – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Glenn Hughes – baixo, vocais / Ian Paice – bacteria;

* Fase IV "MK IV" (1975 - 1976) David Coverdale – vocais / Tommy Bolin – guitarra / Jon Lord – teclado / Glenn Hughes – baixo, vocais / Ian Paice – bacteria;


                     *** (1976 - 1984) =˃ O grupo esteve separado. ***


Fase II "MK II", Reunião (1984 - 1989) =˃ Ian Gillan – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover – baixo / Ian Paice – bateria;

Fase V "MK V" (1989 - 1991) =˃ Joe Lynn Turner – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover – baixo / Ian Paice – bateria;

Fase II "MK II", Nova Reunião (1992 - 1994) Ian Gillan – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover – baixo / Ian Paice – bateria;

Fase VI "MK VI" (alguns meses em 1994) =˃ Ian Gillan – vocais / Joe Satriani – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover – baixo / Ian Paice – bateria;

Fase VII "MK VII" (1994 - 2002) =˃ Ian Gillan – vocais / Steve Morse – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover – baixo / Ian Paice – bateria;

Fase VIII "MK VIII" (2002 - atualmente) =˃ Ian Gillan – vocais / Steve Morse – guitarra / Don Airey – teclado Roger Glover – baixo / Ian Paice – bateria.


O melhor riff da história do rock

Em abril de 2008, os alunos da London Tech Music School, uma das mais conceituadas escolas de música da Grã-Bretanha e de onde saíram integrantes de bandas como o Radiohead, The Kinks e The Cure, elegeram o clássico "Smoke On The Water", um dos maiores sucessos da banda, como o maior riff de todos os tempos na história do rock, na frente de outros clássicos como "Whole Lotta Love" do Led Zeppelin, "My Generation" do The Who, "Born To Be Wild" do Steppenwolf e "Iron Man" do Black Sabbath.


Integrantes
Membros atuais
Ian Paice – bateria, percussão (1968 – 1976, 1984 – presente);

Roger Glover – baixo (1969 – 1973, 1984 – presente);

Ian Gillan – vocal, harmônica, percussão (1969 – 1973, 1984 – 1989, 1992 – presente);

Steve Morse – guitarra (1994 – presente);

Don Airey – órgão, teclado (2002 – presente).

Membros antigos
Jon Lord – órgão, teclado, vocal de apoio, arranjos de cordas (Março de 1968 – Março de 1976, Abril de 1984 – Fevereiro de 2002);

Ritchie Blackmore – guitarra (Março de 1968 – Junho de 1975, Abril de 1984 – Novembro de 1993);

Rod Evans – vocal (Março de 1968 – Julho de 1969);

Nick Simper – baixo, vocal (Março de 1968 – Julho de 1969);

Glenn Hughes – baixo, vocal (Julho de 1973 – Março de 1976);

David Coverdale – vocal, guitarra base (Agosto de 1973 – Março de 1976);

Tommy Bolin – guitarra solo, vocal, baixo (Junho de 1975 – Março de 1976);

Joe Lynn Turner – vocal (Dezembro de 1989 – Agosto de 1992);

Joe Satriani – guitarra (Dezembro de 1993 – Julho de 1994).


Bem pessoal que estava curtindo a história dessa maravilhosa banda, aqui encerro a terceira e última parte dessa que é a realidade de um grupo que decidiu dividir suas paixões e formou uma banda para mostrar suas criações.
Não é fácil manter um sonho quando vários egos estão disputando o mesmo espaço, em cima dos palcos da vida. Entre discórdias e acertos, intrigas e reconciliações, a banda quase sucumbiu ao fim.

Mas o que acontece é que a banda permanece na atividade até hoje, entre mudanças de integrantes e problemas pessoais. Porém, o que a banda criou e deixou de legado fala mais alto do que quaisquer rusgas. E a vida segue.

OBS.: Alguns vídeos não são oficiais, são apenas montagens, mas são músicas que não podem ser esquecidas e como não encontrei uma versão ao vivo que tivesse uma qualidade digna de estar aqui, preferi deixar esses mesmos. 

Fiquem com mais de Deep Purple em:




































































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