BRUCE
“THE BOSS” SPRINGSTEEN
Salve galera que curte o
Blog do Véio. Estive afastado por dois anos, motivos alheios à minha vontade,
uma vez que nesse período acabei perdendo (HD externo deu perda total!) todas
minhas postagens que não havia ainda publicado. Passada essa fase, acompanhada
com o desânimo em ter que refazer tudo, aqui estou de volta para comentar sobre
artistas que foram e ainda são importantes para o mundo musical, sem falar na
importância que possui em nossas vidas. Quem não possui uma ou mais músicas de
cada artista ao qual eu posto e que faz referência a um período, uma fase ao
qual vivemos?
Pois neste retorno começo
com “The Boss” Bruce Springsteen, ícone do rock não só norte-americano, mas
mundial, pois sua música transcende toda e qualquer fronteira, seja ela cultural,
social ou até musical (quem curte um estilo, pode curtir vários). E viva o
gosto eclético!
Biografia
Bruce Frederick Joseph
Springsteen nasceu
em Long Branch, Nova Jérsei, em 23 de setembro de 1949 e
passou a sua infância e juventude em Freehold Borough, também no estado de Nova
Jérsei. O pai dele, Douglas, era de origem holandesa e irlandesa, e, entre
outros empregos, trabalhava como motorista de ônibus. A mãe dele, Adele Ann,
tinha ascendência italiana e trabalhava como secretária.
1962–1974: Começo da carreira
Aos 13 anos, Bruce ganhou de sua
mãe seu primeiro violão. Quando ele fez 16 anos, sua mãe o presenteou com uma
guitarra da marca Kent, sobre a qual ele escreveu a canção
"The Wish".
Em 1965, Bruce começou a
frequentar a casa de Tex e Marion Vinyard, que auxiliavam jovens músicos da
cidade. Eles o ajudaram a ingressar na banda The Castiles, primeiramente como
guitarrista, depois como vocalista também. O The Castiles gravou duas músicas
originais e fez shows em diversos bares e cafés. Marion Vinyard disse que
acreditou no jovem Springsteen quando ele prometeu que seria famoso.
No final dos anos 60, Bruce
entrou em um trio chamado Earth, que fez vários shows em clubes nos arredores
de Nova Jérsei. Durante esse período, ele ganhou o apelido de The Boss ("O
Chefe"). Entre 1969 e 1971, Bruce tocou em uma banda chamada Steel
Mill, cujos demais integrantes eram Danny Federici, Vini Lopez, Vinnie
Roslin e posteriormente Steven Van Zandt e Robbin Thompson.
Depois de 71, ele tocou em diversas bandas, sempre em lugares pequenos como
bares, clubes e escolas: Dr. Zoom & the Sonic Boom (1971), Sundance Blues
Band (1971), e The Bruce Springsteen Band (1971-1972).
1972–1983: Ascensão
Em 1972, Springsteen assinou um
contrato com a Columbia Records,
através de John Hammond, que dez anos antes intermediara o primeiro contrato
entre Bob Dylan e a gravadora. Bruce trouxe,
então, diversos de seus colegas músicos de Nova Jérsei para tocar com ele,
formando a E Street Band (ainda que demorasse alguns anos para
que eles fossem chamados assim). Seu primeiro álbum, Greetings from Asbury
Park, N.J., lançado em janeiro de 1973, teve uma boa recepção da crítica,
ainda que não tenha vendido bem na época.
Capa do primeiro álbum, de 1973. |
Em setembro de 73, The Wild, the Innocent & the E Street Shuffle, segundo álbum de Bruce, foi lançado, recebendo o mesmo aval por parte da crítica e mantendo o pouco apelo comercial do trabalho anterior. Esse álbum demonstra uma musicalidade mais R&B, diferentemente do primeiro álbum, que tendia mais para o folk (influência de Bob Dylan). A canção "Rosalita (Come Out Tonight)" continua uma das favoritas dos fãs, bastante presente nos concertos de Bruce até hoje.
Capa do segundo álbum, também de 1973. |
No dia 22 de maio de 1974, o
jornalista Jon Landau escreveu
uma resenha sobre um show de Bruce em Boston para a revista The Real
Paper que dizia o seguinte: "Eu vi o futuro do rock n' roll e seu
nome é Bruce Springsteen. Em uma noite na qual eu precisei me sentir jovem, ele
me fez sentir como se escutasse música pela primeira vez." Landau
posteriormente se tornaria empresário e produtor de Bruce, o ajudando a
finalizar o álbum Born to Run.
1984–1991: Auge
O álbum Born to Run, lançado no dia 25 de
agosto de 1975, alcançou o sucesso comercial tanto almejado por Springsteen. O
disco ficou em 3° lugar nos Estados Unidos e, embora não tenha nenhuma música
considerada hit, "Born to Run", "Thunder Road",
"Tenth Avenue Freeze-Out", e "Jungleland" são presenças
obrigatórias nos concertos de Bruce até hoje e são constantemente tocadas em
rádios de rock mundo a fora. A gravação desse álbum foi feita num período
tumultuado, pois demorou 14 meses para ser gravado, sendo 6 meses dedicados
apenas a canção "Born to Run", fator que causou grande frustração e
tristeza em Bruce.
Capa do terceiro álbum, de 1975. |
Após o lançamento de Born
to Run, Bruce se envolveu em um processo judicial contra Mike Appel, que
produziu seus dois primeiros álbuns e coproduziu, ao lado de Jon Landau, o
terceiro. O processo, que acabou por meio de um acordo entre ambas as partes,
se estendeu por aproximadamente um ano, período no qual Bruce aproveitou para
fazer outra extensa turnê pela América do Norte.
Em junho de 1978, saiu o quarto
álbum de estúdio de Bruce Springsteen, intitulado Darkness on the Edge of Town, que alcançou
o 5° lugar nos Estados Unidos, onde já vendeu mais de 3 milhões de cópias.
Capa do quarto álbum, de 1978. |
No final dos anos 70, Springsteen
começou a compor músicas para outros músicos/bandas. No começo de 1977, a banda
Manfred Mann's Earth Band alcançou o 1° lugar da parada estadunidense de
músicas pop com o cover de "Blinded by the Light",
presente no álbum Greetings from Asbury Park, N.J. Em 1978, Patti Smith alcançou o 13° lugar nos
Estados Unidos com a música "Because the Night", e em 1979, The
Pointer Sisters emplacaram "Fire", no 2° lugar dos Estados
Unidos.
Em setembro de 1979, Bruce e a E
Street Band se juntaram a vários artistas, como James Taylor, Carly Simon e Chaka Khan, para duas apresentações
no Madison Square
Garden, em protesto contra o uso da energia nuclear. As
apresentações foram lançadas como álbum ao vivo e documentário, intitulado
"No Nukes", que marcaram o primeiro lançamento oficial de material
gravado ao vivo da carreira de Bruce.
O álbum seguinte de Bruce, The
River, consolidou o estilo de suas canções focadas na classe operária. As
canções desse álbum apresentam um paradoxo intencional entre canções alegres,
mais voltadas para o pop-rock, e baladas
emocionalmente intensas. Essa mudança de sonoridade antecipou o estilo
escolhido durante os anos 1980, mantendo Bruce nas paradas de sucesso. Com esse
trabalho, Bruce conseguiu emplacar seu primeiro single no Top 10, a canção
"Hungry Heart". O álbum vendeu muito bem, e sua turnê de promoção
contou com a primeira longa excursão pela Europa e terminou após uma série de apresentações
nas principais arenas norte-americanas.
Capa do quinto álbum, de 1980. |
The River foi sucedido pelo
disco Nebraska, lançado em 1982.
As gravações desse álbum, que conta com várias músicas em formato acústico,
serviram apenas para reparar alguns poucos erros nos demos, gravados na casa de
Bruce com um simples e antiquado gravador. Canções compostas durante esse
período de gravações e que não foram inclusas no álbum, como "Glory
Days" e "Born in the U.S.A.", foram lançadas no álbum seguinte.
Segundo o jornalista Dave Marsh, Bruce estava com depressão quando escreveu o
material para o álbum, causada pela decepção com a brutal queda do padrão de
vida estadunidense. Apesar desse álbum não ter vendido tanto quanto seus dois
antecessores, recebeu excelentes críticas, recebendo o título de "Álbum do
Ano", concedido pela revista Rolling Stone, e influenciando outros
artistas, como o U2.
Capa do sexto ábum, de 1982. |
O
disco Born in the U.S.A. foi lançado em 1984, vendeu 15
milhões de unidades só nos Estados Unidos e se tornou um dos álbuns mais bem
sucedidos de todos os tempos, emplacando sete singles no Top 10 estadunidense.
O título se refere ao tratamento recebido pelos veteranos da Guerra do Vietnã,
alguns dos quais amigos e colegas de banda de Bruce. Os videoclipes das canções
do álbum foram feitos pelos prestigiados diretores Brian De Palma e John Sayles. As letras das músicas são
muito diretas, mas várias pessoas não entenderam a da faixa-título, que foi
acusada de nacionalista e ufanista, apesar de conter críticas à posição do país
na Guerra do Vietnã. Alguns anos depois, para acabar com qualquer mal entendido
e reforçar o sentido original da canção, Bruce passou a tocar "Born in the
U.S.A." apenas com o acompanhamento do violão (essa versão aparece no
álbum Tracks). "Dancing In The Dark" foi o single de
maior destaque do álbum, alcançando o 2° lugar nos Estados Unidos. No clipe
dessa música, a jovem atriz Courtney Cox aparece dançando com
Bruce (essa participação alavancou a carreira dela). A canção "Cover
Me" foi escrita originalmente para Donna Summer, mas Bruce foi convencido a
gravar a música. Grande fã do trabalho de Donna, ele escreveu outra música para
ela, "Protection". Durante a turnê de "Born In The U.S.A.",
Bruce conheceu a atriz Julianne Phillips, com quem se casaria em 1985.
Capa do sétimo álbum, de 1984. |
Em 1985, Bruce aceitou o convite
para ser, ao lado de Michael Jackson, Lionel Richie e muitos outros, um dos
intérpretes da música "We Are The World", uma parceria de 45
cantores que tinha o objetivo de arrecadar fundos para o combate da fome na
África. “We Are The World” foi escrita por Michael Jackson e Lionel Richie.
Bruce no U.S.A.for Africa, em 1985. |
Lançado no final de 1986, o
box Live/1975–85 se tornou o primeiro box a assumir o 1° lugar
nos Estados Unidos. Esse álbum contém 3 cds ou cassetes, e se tornou um dos
álbuns "ao vivo" mais vendidos de todos os tempos, superando os 13
milhões de unidades vendidas só na América do Norte.
Durante a década de 1980,
diversas revistas e fanzines dedicadas a Bruce foram criadas, inclusive a Backstreet,
criada em 1980 em Seattle e que funciona até hoje.
Bem pessoal, essa foi a primeira
parte sobre a biografia de Bruce Springsteen, que após alguns álbuns lançados
sem sucesso, mas com avaliação positiva dos críticos musicais, atingiu o topo
da parada musical, ficando várias semanas na lista da Billboard, a bíblia musical
norte-americana.
Fiquem com mais de Bruce
Springsteen:
AQUI ESTÃO AS COVERS MAIS CONHECIDAS:
E AQUI A PARTICIPAÇÃO NO PROJETO U.S.A. FOR AFRICA:
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