Olá pessoal que está
curtindo o Blog Opinião do Véio! Estou aqui, mais uma vez, para comentar a
história de uma banda que foi, literalmente, catapultada ao estrelato, caiu no
gosto dos empresários e, principalmente, no gosto popular, pois é quem consome
o produto vendido por um cantor ou banda: a música.
Na segunda parte da história
da banda RPM, existe um caminho igual à de uma montanha russa: cheio de altos e
baixos. Mas uma coisa posso lhes garantir, com a maturidade chegando aos
integrantes, muitas coisas tiveram que ser resolvidas no diálogo, pois o
negócio que lhes impulsiona é a música e isso necessita de público, vendas,
voltar ao estrelato, antes tão facilmente atingido e ao mesmo tempo tão frágil.
Terceiro disco de estúdio, mas não considerado oficial por causa da disputa na justiça do nome RPM e por não contar com Luiz Schiavon e Paulo Pagni. |
1993:
Paulo Ricardo & RPM
Apesar de não contar com o
tecladista Luiz Schiavon e com o baterista Paulo P.A. Pagni, este disco é
considerado por muitos como o terceiro disco de estúdio da banda. Com Paulo
Ricardo (voz e baixo), Fernando Deluqui (guitarras), Marquinho Costa (bateria) e
Franco Júnior (teclados), este é o disco mais pesado da banda.
Sem a influência de Schiavon
a banda aposta em guitarras pesadas e solos bem construídos por Deluqui. O
disco, mesmo apresentando excelente qualidade musical, não refletiu o sucesso
nos palcos e nas vendas. Muitas bandas do rock brasileiro dos anos 80 caíram no
ostracismo, principalmente com o fenômeno da música sertaneja e do axé music.
Após a malfadada turnê do
disco, Paulo e Fernando resolveram seguir caminhos diferentes. O guitarrista
gravaria um disco solo e, em 1995, tocaria com os Engenheiros do Hawaii. Paulo Ricardo, por sua vez, trilharia os
caminhos da MPB.
Capa do CD MTV 2002 |
2002:
MTV RPM 2002
Em 2001, os quatro músicos
do RPM se encontraram novamente para ensaiar, sem maiores pretensões, os
antigos sucessos. Percebendo o entrosamento perfeito e a vontade de todos de
estarem juntos novamente nos palcos, deram início ao retorno do RPM, inclusive
com o retorno do empresário Manoel Poladian, considerado o "quinto
coiote".
Em 2001 é lançado o single
"Vida Real", uma versão em português (composta por Paulo Ricardo) da
canção "Leef" do holandês Han van Eijk, o tema oficial da primeira
edição do mundo do reality show Big Brother, que fora encomendado pela produção
da Rede Globo para ser o tema de abertura da edição brasileira do mesmo.
A banda voltou à mídia com o
CD e DVD MTV RPM 2002, gravado no Teatro Procópio Ferreira, em São
Paulo, nos dias 26 e 27 de março de 2002. Além dos grandes sucessos, a banda
apresenta canções inéditas, como “Fatal”, “Carbono 14”, “Rainha”, “Vem Pra Mim”
e “Onde Está o Meu Amor”, gravada em estúdio e incluída na trilha sonora da
novela Esperança, da Rede Globo.
Destacam-se também as participações do músico
pernambucano Otto, no instrumental Naja (incluído apenas no DVD); de Roberto
Frejat, do Barão Vermelho, na regravação de Exagerado, sucesso de Cazuza; e a
participação virtual de Renato Russo na canção “A Cruz e a Espada”. O CD vendeu
mais de 300.000 mil cópias, obtendo o disco de platina.
Em 2003, novamente com a MTV, participaram do projeto Luau MTV.
2003:
Nova separação
O grupo, com o sucesso do
projeto da MTV, começou então uma nova turnê por todo o Brasil, que não durou
muito tempo. Especulações dizem que a banda se separou após os outros
integrantes descobrirem que Paulo Ricardo havia registrado todos os direitos em
seu nome, iniciando uma disputa judicial pela marca RPM. Outros dizem que houve
divergências quanto à sonoridade da banda.
Ainda nessa época seria
lançado um novo CD do RPM, porém, com as divergências quanto a banda, o projeto
foi abandonado.
Luiz Schiavon e Fernando
Deluqui, juntamente com André Lazzarotto, lançaram o álbum LS&D (Viagem na Realidade).Duas
mil cópias foram lançadas, e a canção "Madrigal", que foi tema de
abertura da telenovela Cabocla, foi bem executada.
Paulo Ricardo e o baterista
Paulo P.A. Pagni formaram a banda PR.5.
Mesmo com o fracasso do CD Zum Zum, Paulo Ricardo lançou a
canção “Eu Quero Te Levar”.
Paulo Ricardo lançou em 2006
o CD e DVD Acoustic Live, com covers de clássicos internacionais, como
"Beautiful Girl" (INXS) e "Love Me Tender" (Elvis Presley).
Nesse mesmo ano, no segundo semestre Paulo Ricardo, P.A e Luiz Schiavon tocaram
juntos no programa Domingão do Faustão, um encontro memorável que relembrou
grandes sucessos da banda RPM.
2007:
A volta
Em 2007, Paulo Ricardo lança
o CD Prisma,
com uma pegada pop rock com as faixas "Diz" e "A Chegada",
contando com os membros do PR.5 como músicos de apoio, inclusive o baterista
Paulo P.A. Pagni e a participação de Luiz Schiavon na canção "O dia D, A
hora H".
Ainda em 2007, o grupo RPM tocou junto com todos os seus
integrantes em São Paulo, com grande sucesso.
A banda anunciou o
lançamento de uma caixa com os 3 primeiros álbuns da banda e mais um CD com
remixes, covers e faixas não lançadas, junto com o DVD Rádio Pirata - O Show,
contendo o registro de um show realizado em Dezembro de 1986, em São Paulo,
filmado pela Rede Globo.
Em 2007 Fernando Deluqui
lança o seu segundo disco solo intitulado de DELUX, um disco bem
elaborado que conta com participação de Schiavon na composição da canção
"Chuva".
Luiz Schiavon foi
tecladista, maestro e diretor musical do programa Domingão do Faustão da Rede
Globo de 2004 até 2011.
Livro:
Revelações Por Minuto
Em dezembro de 2007, o livro
"Revelações Por Minuto" foi lançado, contando os detalhes da
trajetória da banda, desde seu início (1984) até o seu suposto "fim"
(1989). O livro foi promovido em uma grande coletiva de imprensa em São Paulo,
contando com a presença do autor, Marcelo Leite de Moraes, e os quatro
integrantes da banda.
2011:
Elektra
No final do ano de 2010,
Paulo Ricardo postou em seu Twitter que a banda iria se reunir para gravar um
novo álbum em 2011. Schiavon também confirmou a pretensão de retornarem,
afirmando estarem vendo possibilidades para a volta aos palcos, já que sua
banda no Domingão do Faustão não iria continuar em 2011.
Capado CD de 2011. |
Dias após aos boatos,
Schiavon confirma em seu twitter que a banda já estava compondo para o novo
álbum. Segundo Paulo Ricardo, a banda queria fazer um som que lembrasse bandas
atuais que misturam rock com música eletrônica como Muse, The Killers, Blur, entre outros.
Houve alguns boatos em relação ao produtor
Liminha, que foi responsável pela produção de grande parte das bandas da década
de 80 e 90, como Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Ira!, Kid
Abelha, Cidade Negra, Chico Science & Nação Zumbi, O Rappa, entre outros.
Mas o álbum foi produzido por Paulo e Schiavon. Além disso, os shows da turnê
de divulgação do álbum contaram com a direção de Ulysses Cruz. Nessa época,
houve boatos que a banda iria se apresentar na quarta edição do Rock In Rio, o
que aconteceu nos meses de setembro e outubro.
A pré-estreia da Tour 2011,
aconteceu no honrado evento de São Paulo "Virada Cultural". Um mês
após esta apresentação, foi divulgado o título do álbum, chamado Elektra
e foi disponibilizado quatro músicas para download no site oficial da banda. As
canções, "Muito Tudo", "Crepúsculo" e "Ela é Demais (Pra
Mim)" apresentavam o tom do disco, mais voltado para a música eletrônica.
A quarta canção, "Dois Olhos Verdes" é mais familiar ao som do RPM
dos anos 80, e foi escolhida para ser o primeiro single.
Inicialmente a banda
liberaria quatro faixas mensalmente no site oficial e lançaria o disco no meio
do ano, mas a promessa não foi cumprida, e o álbum (junto com as canções até
então desconhecidas) foi lançado apenas no dia 6 de dezembro. O álbum foi lançado
pela Building Records em um formato duplo, sendo o segundo CD formado por
remixes de algumas das faixas do álbum.
O disco Elektra, além do flerte
com a música eletrônica, também se apoia bastante nos arranjos de Luis Schiavon,
que junto com os sintetizadores eletrônicos praticamente monopoliza a condução
das canções. As letras são as mais leves de toda a discografia da banda,
priorizando temas como amor e diversão. Apenas duas canções, "Muito
Tudo" e "Problema Seu" carregam um tema mais reflexivo.
Desde o final de dezembro o álbum encontra-se na lista
dos 40 álbuns mais vendidos no país.
A estreia da nova turnê foi
no dia 20 de maio de 2011, no Credicard Hall, em São Paulo. No entanto, no dia
15 de maio de 2011 a banda se apresentou no programa Domingão do Faustão. O RPM têm continuado a turnê desde então.
Em novembro de 2012, a banda
se apresentou no programa O Melhor do
Brasil,da Rede Record, sendo a primeira banda a tocar ao vivo no quadro Vai Dar Namoro, aonde o apresentador Rodrigo
Faro não escondia sua empolgação, sendo que o mesmo se declarou fã da banda
diversas vezes.
Essa foi uma das declarações
que Paulo Ricardo deu para a imprensa:
"A primeira parada foi
de 1989 a 2001. E mesmo depois de 12 anos separados, ainda tinha o desejo do
público, as pessoas continuavam querendo a gente", relembra.
Com tanta história na bagagem, não é difícil
entender que, agora, é esse o sentimento de Paulo Ricardo: "Acho que RPM é
para sempre".
Bem pessoal, era isso que eu
tinha para comentar sobre essa banda que trouxe muita alegria, criatividade e
jogo de cena para a música brasileira. Para alívio dos fãs, Paulo Ricardo foi
bem enfático ao dizer que consegue conciliar a carreira solo com a banda, ou
seja, que isso pode durar por muitos anos ainda.
Numa época em que “músicas
pobres” (se é que pode se chamar de música!!) se destacam na mídia, precisamos que aqueles que não são novos e nem
novidade, deem um gás à música popular brasileira, mais precisamente ao
rock/pop brasileiro.
Se no século XXI as músicas
são releituras de outras décadas, é porque nada está sendo feito agora (com
algumas boas exceções). Temos que valorizar a boa música, a que tem algo de bom
para que possamos ouvir e dizer: “Pôxa! Que legal!!”
Temos que parar de maltratar
nossos ouvidos com músicas do tipo (desculpem quem gosta deste gênero!!) “Meu “pai”
te ama”. Pára né?!!! Ou somos muito trouxas para consumir algo nesse sentido,
ou o povo está sofrendo uma lavagem cerebral e está emburrecendo e perdendo o
bom gosto que algum dia teve. Se é que teve!!
Fiquem com mais de RPM e
Paulo Ricardo em: