Salve galera que está
curtindo a história da carreira dessa banda que fez muito sucesso em toda sua
existência, especialmente por causa de seus concertos, uma vez que nem todos os
álbuns que o grupo produziu foram grandes êxitos.
Agora comentarei sobre um
assunto discordante: o fim e o recomeço. O fim, porque pareceu que tudo naquele
momento acabaria, mas o tempo provou que não era exatamente daquela forma que
esta grande banda deveria terminar.
O
fim
Ao final do show de 15 de
março de 1976, em Liverpool, David Coverdale desabafa com Lord: não havia mais
clima para continuar com o Deep Purple.
Lord desabafa de volta: não havia mais um Deep
Purple para continuar. Acabou assim, em clima de confidência, a banda
criada oito anos antes e que chegou a figurar no Guinness dos recordes como a
mais barulhenta do mundo. Oito meses depois, Bolin morreria de overdose no
Resort Hotel de Miami, após uma apresentação. E durante oito anos o Deep Purple permaneceria fora do ar.
Os integrantes do Deep Purple, em 1984. |
Nesse período, os membros da
banda fariam suas próprias carreiras e plantariam as bases para os futuros
desenvolvimentos do Deep Purple. Por
ordem de saída:
Ian Gillan - Depois de um
breve período de reclusão em que vendeu motos e tentou ter um hotel, foi
resgatado para os palcos por Roger Glover e sentiu-se animado o suficiente para
criar sua própria banda, a Ian Gillan
Band. Numa espécie de jazz-rock, seguiu até o início dos anos 80. Em 1982,
dissolveu a banda, para no ano seguinte gravar um disco com o Black Sabbath: Born Again.
Roger Glover - Inicialmente,
permaneceu próximo à Purple Records e foi quem mais teve contato com todos os
galhos da gigantesca árvore genealógica do Deep
Purple. Dois anos depois, conseguiu juntar no mesmo palco os melhores
músicos da Inglaterra (muitos deles membros ou ex-membros do Deep Purple, ou seus colegas em outras
bandas), no musical Butterfly Ball. Foi a primeira aparição pública de Ian
Gillan após o fim do Deep Purple,
substituindo Ronnie James Dio (que cantava no Rainbow de Blackmore e passaria depois pelo Black Sabbath). Produziu outras bandas, gravou dois discos solo e
voltou a tocar baixo no Rainbow de
Blackmore.
Ritchie Blackmore - Com o Rainbow, teve uma das bandas de hard
rock de maior sucesso do final dos anos 70 e início dos anos 80, apontando os
holofotes para músicos como Joe Lynn Turner e Don Airey, que anos mais tarde
participariam do Deep Purple. Roger
Glover chegou a tocar com ele.
David Coverdale - Após dois
discos solo, formou o Whitesnake e
invadiu as paradas de FM dos anos 80. Na banda, tocou com Jon Lord e Ian Paice.
De quando em quando, reúne o Whitesnake
para turnês.
Jon Lord - Teve uma carreira
solo interessante, misturando suas várias influências musicais (clássico, rock
e jazz). Compôs trilhas sonoras de filmes com Tony Ashton e os dois se juntaram
a Paice para o projeto Paice, Ashton e
Lord. Mais tarde, uniu-se a Coverdale no Whitesnake. Depois de lutar contra um câncer, Lord veio a falecer
em 16 de julho de 2012.
Ian Paice - Tocou com
diversos músicos, inclusive com Gary Moore, além de Paice, Ashton e Lord e Whitesnake.
Glenn Hughes - Reuniu o Trapeze, gravou vários discos solo,
tocou com Gary Moore e Pat Thrall, lutou consigo mesmo para se livrar das
drogas, cantou no Black Sabbath e
mais recentemente gravou dois discos com o também ex-Deep Purple Joe Lynn Turner, o Hughes-Turner
Project (HTP).
O
recomeço
Capa do décimo - primeiro álbum de estúdio da banda, lançado em 1984. |
Em 1984, é anunciada a volta
do Deep Purple com a sua formação de
maior sucesso (fase II), com Gillan, Blackmore, Paice, Glover e Lord. É lançado
o primeiro disco de inéditas desde 1975, chamado Perfect Strangers, que
foi seguido por The House Of Blue Light, de 1987. Das turnês destes dois
discos, sai o ao vivo Nobody's Perfect,
lançado em 1988. Em 1989, Gillan decide sair novamente da banda, e em seu lugar
entra o vocalista Joe Lynn Turner, (ex-Rainbow).
Capa do décimo segundo álbum de estúdio da banda, lançado em 1987. |
Com esta nova formação, a
banda saiu em uma bem-sucedida turnê que foi muito bem elogiada pelos fãs.
Embora o novo álbum com Turner, Slaves And Masters, tenha sido
comercialmente fraco, a sua turnê não foi. Os shows foram marcados por
performances impecáveis da banda e pela excelente presença de palco do
vocalista Joe Lynn Turner. Vale lembrar que nessa turnê, o Deep Purple veio ao Brasil pela primeira vez. O set-list continha clássicos da época de
Coverdale, e muitos que a banda não tocava há algum tempo.
Capa do décimo terceiro álbum de estúdio da banda, lançado em 1990. |
A banda termina a turnê no
fim de 1991, e em abril de 1992, começa a gravar o que se tornaria o álbum The
Battle Rages On.... Este álbum foi inicialmente gravado e escrito com
Joe Lynn Turner ainda na banda, mas no meio de setembro de 1992, Joe é
despedido do grupo e em seu lugar entra novamente Ian Gillan, que termina o que
restou do The Battle Rages On..., regravando-o com sua voz. O álbum foi
lançado em 1993.
Capa do décimo quarto álbum de estúdio da banda, lançado em 1993. |
Em dezembro de 1993, após a
saída de Ritchie Blackmore devido a conflitos constantes sobre o estilo musical
a ser seguido, o guitar-hero Joe Satriani foi convidado a integrar a banda e
juntou-se ao Purple para participar
da turnê internacional pelo Japão. Com o sucesso dos shows, Satriani foi
convidado pelos demais integrantes para permanecer como membro efetivo dela,
mas ele não aceitou, mais preocupado com sua carreira solo e com o contrato
para um álbum assinado com a Sony.
Antes disso, entretanto, ainda chegou a
participar da turnê europeia como guitarrista da banda em 1994, fazendo seu
último show com a banda em julho, na Áustria. Após este concerto, Satriani
deixou o Purple e cedeu o lugar para
o guitarrista Steve Morse, que já havia integrado as bandas Dixie Dregs e Kansas. Steve Morse é o guitarrista do Deep Purple até os dias de hoje.
Capa do décimo quinto álbum de estúdio da banda, lançado em 1996. |
A banda se revitaliza e
volta com o Purpendicular, de 1996, trazendo novos elementos, porém
valorizando os desafios entre guitarras e órgão que fizeram a base musical do
estilo do Deep Purple. Segue o
razoável Abandon em 1998.
Capa do décimo sexto álbum de estúdio da banda, lançado em 1998. |
Em 2002, o tecladista Jon Lord decide
abandonar a estrada, e em seu lugar entra Don Airey, um tecladista que passou
por diversas bandas de hard rock, entre elas, o Rainbow, de Ritchie Blackmore e o Whitesnake, de David Coverdale, além de Ozzy Osbourne. Com Airey,
Gillan, Morse, Glover e Paice são lançados os discos Bananas, em 2003, e Rapture
Of The Deep, em 2005.
Capa do décimo sétimo álbum da banda, lançado em 2003. |
Em novembro de 2005, chegava às lojas o álbum do Purple, chamado de Rapture Of The Deep, produzido durante o período de março à junho de 2005.
Capa do décimo oitavo álbum de estúdio da banda, lançado em 2005. |
Em 2012, o Deep Purple anunciou que iria entrar em
processo de produção de um novo disco de estúdio, o primeiro desde 2005. Em abril de 2013 chegava às lojas o álbum Now What?, gravado em Nashville, no ano anterior.
Capa do décimo nono álbum de estúdio da banda, lançado em 2013. |
Em abril de 2017, o Deep Purple lançou o álbum Infinite, seu vigésimo álbum de estúdio.
Capa do álbum de 2017. |
Em 16 de julho de 2012, o
tecladista Jon Lord falece. Ele lutava há quase um ano contra um câncer no pâncreas.
Vários músicos de renome expressaram sua tristeza acerca do ocorrido, tais como
Geezer Butler, David Coverdale, Lars Ulrich, Tony Iommi, Mike Portnoy, Axl
Rose, Slash, Bill Ward, Jordan Rudess, além de sua antiga banda, o próprio Deep Purple.
Todas
as formações do Deep Purple
* Fase I "MK I" (1968 - 1969) =˃ Rod Evans – vocais / Ritchie
Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Nick Simper – baixo / Ian Paice –
bateria;
* Fase II "MK II" (1969 - 1973) =˃ Ian Gillan – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon
Lord – teclado / Roger Glover – baixo / Ian Paice – bateria;
* Fase III "MK III" (1973
- 1975) =˃ David Coverdale – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon
Lord – teclado / Glenn Hughes – baixo, vocais / Ian Paice – bacteria;
* Fase IV "MK IV" (1975 - 1976) =˃ David
Coverdale – vocais / Tommy Bolin – guitarra / Jon Lord – teclado / Glenn Hughes
– baixo, vocais / Ian Paice – bacteria;
*** (1976 - 1984) =˃ O
grupo esteve separado. ***
Fase
II "MK II", Reunião (1984 - 1989) =˃ Ian
Gillan – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger
Glover – baixo / Ian Paice – bateria;
Fase V "MK V" (1989 - 1991)
=˃ Joe Lynn Turner –
vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover –
baixo / Ian Paice – bateria;
Fase II "MK II", Nova Reunião (1992 - 1994) =˃ Ian
Gillan – vocais / Ritchie Blackmore – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger
Glover – baixo / Ian Paice – bateria;
Fase
VI "MK VI" (alguns meses em 1994) =˃ Ian
Gillan – vocais / Joe Satriani – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover –
baixo / Ian Paice – bateria;
Fase
VII "MK VII" (1994 - 2002) =˃ Ian Gillan – vocais / Steve
Morse – guitarra / Jon Lord – teclado / Roger Glover – baixo / Ian Paice –
bateria;
Fase
VIII "MK VIII" (2002 - atualmente) =˃ Ian
Gillan – vocais / Steve Morse – guitarra / Don Airey – teclado Roger Glover –
baixo / Ian Paice – bateria.
O
melhor riff da história do rock
Em abril de 2008, os alunos
da London Tech Music School, uma das mais conceituadas escolas de música da
Grã-Bretanha e de onde saíram integrantes de bandas como o Radiohead, The Kinks e The Cure, elegeram o clássico
"Smoke On The Water", um dos maiores sucessos da banda, como o maior
riff de todos os tempos na história do rock, na frente de outros clássicos como
"Whole Lotta Love" do Led Zeppelin,
"My Generation" do The Who,
"Born To Be Wild" do Steppenwolf
e "Iron Man" do Black Sabbath.
Integrantes
Membros atuais
Ian Paice – bateria,
percussão (1968 – 1976, 1984 – presente);
Roger Glover – baixo (1969 –
1973, 1984 – presente);
Ian Gillan – vocal,
harmônica, percussão (1969 – 1973, 1984 – 1989, 1992 – presente);
Steve Morse – guitarra (1994
– presente);
Don
Airey – órgão, teclado (2002 – presente).
Membros antigos
Jon Lord – órgão, teclado,
vocal de apoio, arranjos de cordas (Março de 1968 – Março de 1976, Abril de
1984 – Fevereiro de 2002);
Ritchie Blackmore – guitarra
(Março de 1968 – Junho de 1975, Abril de 1984 – Novembro de 1993);
Rod Evans – vocal (Março de
1968 – Julho de 1969);
Nick Simper – baixo, vocal
(Março de 1968 – Julho de 1969);
Glenn Hughes – baixo, vocal
(Julho de 1973 – Março de 1976);
David Coverdale – vocal,
guitarra base (Agosto de 1973 – Março de 1976);
Tommy Bolin – guitarra solo,
vocal, baixo (Junho de 1975 – Março de 1976);
Joe Lynn Turner – vocal
(Dezembro de 1989 – Agosto de 1992);
Joe Satriani – guitarra
(Dezembro de 1993 – Julho de 1994).
Bem pessoal que estava
curtindo a história dessa maravilhosa banda, aqui encerro a terceira e última
parte dessa que é a realidade de um grupo que decidiu dividir suas paixões e
formou uma banda para mostrar suas criações.
Não é fácil manter um sonho
quando vários egos estão disputando o mesmo espaço, em cima dos palcos da vida.
Entre discórdias e acertos, intrigas e reconciliações, a banda quase sucumbiu
ao fim.
Mas o que acontece é que
a banda permanece na atividade até hoje, entre mudanças de integrantes e
problemas pessoais. Porém, o que a banda criou e deixou de legado fala mais
alto do que quaisquer rusgas. E a vida segue.
OBS.: Alguns vídeos não são oficiais, são apenas montagens, mas são músicas que não podem ser esquecidas e como não encontrei uma versão ao vivo que tivesse uma qualidade digna de estar aqui, preferi deixar esses mesmos.
OBS.: Alguns vídeos não são oficiais, são apenas montagens, mas são músicas que não podem ser esquecidas e como não encontrei uma versão ao vivo que tivesse uma qualidade digna de estar aqui, preferi deixar esses mesmos.
Fiquem com mais de Deep Purple em: