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sábado, 24 de setembro de 2016

O OUTRO LADO DO PINK FLOYD - PARTE 3 DE 5


Olá galera que está curtindo o Blog Opinião do Véio! A carreira do Pink Floyd, que estou aqui para comentar é a terceira parte da história de uma das bandas mais importantes e famosas do cenário musical. Egos a parte, a banda teve muitos sucessos e intrigas, que acompanharemos nesta postagem.

Era Roger Waters: 1976 – 1985
Por volta de janeiro de 1977, e pelo lançamento de Animals, que chegou ao 1º lugar tano no Reino Unido como nos Estados Unidos, a música da banda veio sob uma crescente crítica da atmosfera do punk rock, onde esses críticos diziam que a banda era muito pretensiosa e que haviam perdido o caminho da simplicidade que era o rock and roll.

Foto da capa do álbum Animals, de 1977.

Animals, no entanto, foi considerado mais orientado pela guitarra do que os álbuns anteriores, tanto pela influência do movimento punk rock quanto pelo fato de que o álbum foi gravado pelo novo, e por acaso, incompleto, estúdio Britannia Row. O álbum foi o primeiro a não ter uma composição feita por Wright. Animals, de novo, contém músicas longas, ligadas por um tema, desta vez, tirado em parte do livro Animal Farm (O Triunfo dos Porcos em Portugal e A Revolução dos Bichos no Brasil) de George Orwell, em que usou “Pigs” (porcos),”Sheep” (ovelhas) e “Dogs” (cachorros) como metáfora dos membros da sociedade contemporânea.
Apesar da relevante guitarra, sintetizadores ainda fazem uma importante parte em Animals, mas é carente do trabalho de saxofone e vocais femininos, utilizados nos dois álbuns anteriores. O resultado no geral é um trabalho mais hard rock, ligado por duas partes de uma peça acústica. Muitos críticos não receberam muito bem o álbum, considerando-o tedioso e vazado. Outros, ao contrário, falaram bem justamente por causa destes motivos.
O ''porquinho'' inflável que se tornou marca da banda.

Para a capa do encarte, um porco gigante inflável foi considerado para voar entre as torres da Estação de Energia Battersea. No entanto, o vento fez com que fosse difícil de controlar o balão de porco, e no final foi necessário inserir a foto do porco na imagem. O porco foi criado pelo designer industrial e artista, Theo Botschuijver. O porco no entanto, se tornou um dos mais memoráveis símbolos do Pink Floyd e porcos infláveis são utilizados em concertos da banda desde então.
Durante essa era, Waters tomou cada vez mais e mais controle do trabalho do Pink Floyd. Waters demitiu Wright depois que o The Wall foi terminado, argumentando que Wright não estava contribuindo muito. Waters declarou que Gilmour e Mason apoiaram a decisão para demití-lo, mas em 2000 Gilmour declarou que ele e Mason foram contra a demissão. Nick Mason disse que Wright foi demitido por causa da Columbia Records que ofereceu a Waters um substancial bônus, para finalizar o álbum a tempo para o lançamento em 1979. Desde que Wright recusou voltar mais cedo de suas férias de verão, Waters queria demití-lo. Wright foi demitido da banda, mas continuou para terminar o álbum e tocar na turnê como um músico pago.
A maioria das músicas desse período são consideradas secundárias em relação às letras, nas quais Waters explora os sentimentos sobre a morte de seu pai na Segunda Guerra Mundial e sua crescente atitude de cinismo contra figuras políticas como Margaret Thatcher e Mary Whitehouse. A música cresceu mais orientada pela guitarra com teclados e saxofones, que se tornaram uma grande parte da textura do contexto da música, junto com efeitos sonoros obrigatórios. Uma orquestra completa, ainda maior do que a de metais em Atom Heart Mother, faz um papel significante em The Wall e especialmente em The Final Cut.
A ópera rock de 1979,The Wall, concebida por Waters, lida com temas como solidão e falha de comunicação, que foram expressos pela metáfora de um muro construído entre um artista de rock e sua audiência. O momento decisivo para o concebimento do The Wall foi durante um concerto em Montreal, no Canadá, no qual Roger Waters cuspiu num rapaz da plateia enquanto este tentava subir no palco. Esse foi o momento onde Waters sentiu a alienação entre a plateia e a banda.
Capa do álbum de 1979.

O álbum rendeu críticas entusiasmadas ao Pink Floyd e teve um único single que chegou ao topo das paradas, “Another Brick In The Wall (Part 2)”. The Wall também contém faixas que seriam comuns em concertos posteriores, como “Comfortably Numb” e “Run Like The Hell”, que são duas das músicas mais conhecidas da banda.
O álbum foi co-produzido por Bob Ezrin, um amigo de Waters que divide com ele os créditos de “The Trial”. Ainda mais do que as sessões do Animals, Waters estava certo sobre sua influência artística e liderança sobre a banda, usando a boa situação financeira da banda a seu favor, o que trouxe conflito com os outros integrantes. A música se tornou distintivamente mais hard rock, apesar de grandes orquestrações em algumas faixas lembrarem um período passado e há algumas músicas mais calmas também, como “Goodbye Blue Sky”, “Nobody Home” e “Vera”.
A influência de Wright foi completamente minimizada e ele foi demitido da banda durante as gravações, somente retornando com um salário fixo, para tocar nos concertos. Ironicamente, Wright foi o único integrante do Pink Floyd que ganhou algum dinheiro dos shows da turnê de The Wall, os quais passaram por várias cidades como Londres (Inglaterra), Los Angeles e Nova Iorque (Estados Unidos), Dortmund (Alemanha) e muitas mais. O resto da banda teve que bancar o custo alto dos mais espetaculares concertos até então. Após a queda do Muro de Berlim, na Alemanha, em 1989, Roger Waters concordou em tocar o The Wall ao vivo, onde ficava originalmente o muro.

The Wall ficou 15 semanas no topo das paradas dos Estados Unidos em 1980. Os críticos o receberam bem, e o álbum recebeu 23 discos de platina pelas vendas de 11,5 milhões de cópias do álbum duplo, somente nos Estados Unidos. O enorme sucesso comercial de The Wall fez do Pink Floyd os únicos artistas desde os Beatles a terem os álbuns mais vendidos dos anos de 1973 e 1980, em menos de uma década.
Um filme intitulado Pink Floyd: The Wall foi lançado em 1982, incorporando praticamente toda a música do álbum. O filme, escrito por Waters e dirigido por Alan Parker, estrelou o fundador do The Boomtown Rats, Bob Geldorf (comentei sobre ele ser o autor do projeto Live Aid, quando comentei sobre a história do Queen) o qual regravou a maioria dos vocais, e ainda apresenta animação pelo grande artista e cartunista britânico, Gerald Scarfe.
Capa do filme, de 1982.

Leonard Maltin, um crítico de cinema, se refere ao filme como “o maior vídeo de rock do mundo, e certamente o mais depressivo”, mas o filme arrecadou mais de quatorze milhões de dólares nas bilheterias norte-americanas. Uma música que apareceu no filme, “When The Tigers Broke Free”, foi lançada como single. A música foi lançada depois, na coletânea Echoes: The Best Of Pink Floyd e no relançamento de The Final Cut. Também no filme, há a música “What Shall We Do Now?”, que foi cortada do álbum original, devido a duração do vinil. As únicas músicas do álbum que não foram usadas foram “Hey You” e “The Show Must Go On”.
O álbum The Final Cut de 1983, foi dedicado ao pai de Waters, Eric Fletcher Waters. Ainda mais sombrio em sonoridade que o The Wall, esse álbum re-examinou vários temas anteriormente discutidos, mas se dirigindo a fatos da época, incluindo a raiva de Waters da participação da Inglaterra contra a Argentina, na Guerra das Malvinas/Falklands, e a culpa que ele colocou nos líderes políticos está refletida em “The Fletcher Memorial Home”.  E conclui com uma visão cínica de uma possível guerra nuclear em “Two Suns In The Sunset”. Michael Kamen e Andy Bown contribuíram com trabalho de piano, por causa da saída de Richard Wright, que não havia sido formalmente anunciada antes do lançamento do álbum.

A capa do álbum de 1983.

Apesar de tecnicamente ser um álbum do Pink Floyd, o nome da banda não aparece escrito no encarte do LP, somente atrás aparece: “The Final Cut – Um réquiem para o sonho do pós-guerra, por Roger Waters, tocado pelo Pink Floyd: Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason”. Roger Waters recebeu os créditos totais para o álbum, o que se tornou um protótipo do som que ele faria nos próximos álbuns em sua carreira solo. Waters disse que ele sugeriu lançar o álbum como um álbum solo seu, mas o resto da banda rejeitou a ideia.
No entanto, em seu livro Inside Out, Nick Mason diz que isso nunca aconteceu. Gilmour declarou que pediu a Waters para segurar o lançamento do álbum, para que então pudesse escrever material suficiente para contribuir, mas esse pedido foi negado. O tom da música é bastante similar ao do The Wall, mas também mais quieto e suave, lembrando músicas como "Nobod“ Home” mais do “Another Brick In The Wall (Part 2)”, por exemplo. Ele também é mais repetitivo, com certos temas que aparecem repetidamente pelo álbum.

Capa do livro de Nick Mason.

The Final Cut teve somente sucesso moderado com os fãs, atingindo o 1º lugar no Reino Unido e nos Estados Unidos, mas recebeu ótimos elogios dos críticos. O álbum teve um single de sucesso, “Not Now John”, a única faixa hard rock do álbum, e a única em particular em ter Gilmour cantando. As discussões entre Waters e Gilmour nesse ponto eram tão ruins, que eles não eram mais vistos gravando no mesmo estúdio, ao mesmo tempo.
Gilmour disse que ele queria continuar a fazer rock de boa qualidade e sentiu que Waters estava construindo sequências de peças de músicas, meramente como um veículo para suas letras de críticas sociais. Waters diz que seus companheiros de banda nunca entenderam completamente a importância dos comentários sociais que ele fazia.
No final da gravação, o crédito de co-produção de Gilmour foi tirado do encarte do álbum, apesar dele ter recebido os direitos autorais. Não houve turnê para esse álbum, apesar de que as músicas do álbum terem sido apresentadas por Waters em suas futuras turnês solo. Depois de The Final Cut, a Capitol Records lançou a coletânea Works, que fez com que a faixa de Waters de 1970, “Embryo”, estivesse disponível pela primeira vez em um álbum do Pink Floyd.
Capa da coletânea Works, também de 1983.

Os integrantes da banda seguiram caminhos separados e gastaram tempo trabalhando em projetos individuais. Gilmour foi o primeiro a lançar seu álbum solo About Face, em março de 1984. Wright juntou forças com Dave Harris para formar uma banda nova, Zee, a qual lançou o álbum experimental Identity, um mês depois do projeto de Gilmour.
Em maio de 1984, Waters lançou The Pros And Cons Of Hitch Hiking, um álbum conceitual que já havia sido proposto para a banda. Waters o havia escrito ao mesmo tempo que The Wall, e quando propôs ambos projetos para a banda, decidiu-se por The Wall. Um ano depois dos projetos dos companheiros de banda, Mason lançou o álbum Profiles, em conjunto com Rick Fenn, o qual teve participações de Gilmour e o tecladista Danny Peyronel.              

Bem galera, era isso que eu tinha para comentar nesta terceira parte. Até a próxima postagem com a quarta parte da história de The Dark Side Of Pink Floyd. O clipe de "Hey You" não é oficial, é apenas uma montagem usando outro filme. Desculpem-me, mas o que vale é a intenção, uma vez que nenhum AO VIVO trás claramente a música. Vejam mais de Pink Floyd em:




































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