Olá
galera que está curtindo o Blog Opinião do Véio! A carreira do Pink Floyd, que estou
aqui para comentar é a terceira parte da história de uma das bandas mais
importantes e famosas do cenário musical. Egos a parte, a banda teve muitos
sucessos e intrigas, que acompanharemos nesta postagem.
Era Roger Waters: 1976 – 1985
Por
volta de janeiro de 1977, e pelo lançamento de Animals, que chegou ao 1º
lugar tano no Reino Unido como nos Estados Unidos, a música da banda veio sob
uma crescente crítica da atmosfera do punk
rock, onde esses críticos diziam que a banda era muito pretensiosa e que
haviam perdido o caminho da simplicidade que era o rock and roll.
Foto da capa do álbum Animals, de 1977. |
Animals, no
entanto, foi considerado mais orientado pela guitarra do que os álbuns
anteriores, tanto pela influência do movimento punk rock quanto pelo fato de que o álbum foi gravado pelo novo, e
por acaso, incompleto, estúdio Britannia Row. O álbum foi o primeiro a não ter
uma composição feita por Wright. Animals, de novo, contém músicas
longas, ligadas por um tema, desta vez, tirado em parte do livro Animal Farm (O Triunfo dos Porcos em Portugal e A Revolução dos Bichos no Brasil) de George Orwell, em que usou “Pigs” (porcos),”Sheep” (ovelhas) e “Dogs”
(cachorros) como metáfora dos membros da sociedade contemporânea.
Apesar
da relevante guitarra, sintetizadores ainda fazem uma importante parte em Animals,
mas é carente do trabalho de saxofone e vocais femininos, utilizados nos dois
álbuns anteriores. O resultado no geral é um trabalho mais hard rock, ligado por duas partes de uma peça acústica. Muitos
críticos não receberam muito bem o álbum, considerando-o tedioso e vazado.
Outros, ao contrário, falaram bem justamente por causa destes motivos.
O ''porquinho'' inflável que se tornou marca da banda. |
Para
a capa do encarte, um porco gigante inflável foi considerado para voar entre as
torres da Estação de Energia Battersea. No entanto, o vento fez com que fosse
difícil de controlar o balão de porco, e no final foi necessário inserir a foto
do porco na imagem. O porco foi criado pelo designer
industrial e artista, Theo Botschuijver. O porco no entanto, se tornou um dos
mais memoráveis símbolos do Pink Floyd e porcos infláveis são utilizados em
concertos da banda desde então.
Durante
essa era, Waters tomou cada vez mais e mais controle do trabalho do Pink Floyd.
Waters demitiu Wright depois que o The Wall foi terminado, argumentando que
Wright não estava contribuindo muito. Waters declarou que Gilmour e Mason
apoiaram a decisão para demití-lo, mas em 2000 Gilmour declarou que ele e Mason
foram contra a demissão. Nick Mason disse que Wright foi demitido por causa da
Columbia Records que ofereceu a Waters um substancial bônus, para finalizar o
álbum a tempo para o lançamento em 1979. Desde que Wright recusou voltar mais
cedo de suas férias de verão, Waters queria demití-lo. Wright foi demitido da
banda, mas continuou para terminar o álbum e tocar na turnê como um músico
pago.
A
maioria das músicas desse período são consideradas secundárias em relação às
letras, nas quais Waters explora os sentimentos sobre a morte de seu pai na
Segunda Guerra Mundial e sua crescente atitude de cinismo contra figuras
políticas como Margaret Thatcher e Mary Whitehouse. A música cresceu mais
orientada pela guitarra com teclados e saxofones, que se tornaram uma grande
parte da textura do contexto da música, junto com efeitos sonoros obrigatórios.
Uma orquestra completa, ainda maior do que a de metais em Atom Heart Mother, faz um
papel significante em The Wall e especialmente em The
Final Cut.
A
ópera rock de 1979,The Wall, concebida por Waters, lida com temas como solidão e
falha de comunicação, que foram expressos pela metáfora de um muro construído
entre um artista de rock e sua audiência. O momento decisivo para o
concebimento do The Wall foi durante um concerto em Montreal, no Canadá, no
qual Roger Waters cuspiu num rapaz da plateia enquanto este tentava subir no
palco. Esse foi o momento onde Waters sentiu a alienação entre a plateia e a
banda.
Capa do álbum de 1979. |
O
álbum rendeu críticas entusiasmadas ao Pink Floyd e teve um único single que
chegou ao topo das paradas, “Another
Brick In The Wall (Part 2)”. The Wall também contém faixas que
seriam comuns em concertos posteriores, como “Comfortably Numb” e “Run Like
The Hell”, que são duas das músicas mais conhecidas da banda.
O
álbum foi co-produzido por Bob Ezrin, um amigo de Waters que divide com ele os
créditos de “The Trial”. Ainda mais
do que as sessões do Animals, Waters estava certo sobre
sua influência artística e liderança sobre a banda, usando a boa situação
financeira da banda a seu favor, o que trouxe conflito com os outros
integrantes. A música se tornou distintivamente mais hard rock, apesar de grandes orquestrações em algumas faixas
lembrarem um período passado e há algumas músicas mais calmas também, como “Goodbye Blue Sky”, “Nobody Home” e “Vera”.
A
influência de Wright foi completamente minimizada e ele foi demitido da banda
durante as gravações, somente retornando com um salário fixo, para tocar nos
concertos. Ironicamente, Wright foi o único integrante do Pink Floyd que ganhou
algum dinheiro dos shows da turnê de The Wall, os quais passaram por
várias cidades como Londres (Inglaterra), Los Angeles e Nova Iorque (Estados
Unidos), Dortmund (Alemanha) e muitas mais. O resto da banda teve que bancar o
custo alto dos mais espetaculares concertos até então. Após a queda do Muro de
Berlim, na Alemanha, em 1989, Roger Waters concordou em tocar o The
Wall ao vivo, onde ficava originalmente o muro.
The
Wall ficou 15 semanas no topo das paradas dos Estados Unidos
em 1980. Os críticos o receberam bem, e o álbum recebeu 23 discos de platina
pelas vendas de 11,5 milhões de cópias do álbum duplo, somente nos Estados
Unidos. O enorme sucesso comercial de The Wall fez do Pink Floyd os únicos
artistas desde os Beatles a terem os álbuns mais vendidos dos anos de 1973 e
1980, em menos de uma década.
Um
filme intitulado Pink Floyd: The Wall foi lançado em 1982, incorporando
praticamente toda a música do álbum. O filme, escrito por Waters e dirigido por
Alan Parker, estrelou o fundador do The Boomtown Rats, Bob Geldorf (comentei
sobre ele ser o autor do projeto Live Aid, quando comentei sobre a
história do Queen) o qual regravou a maioria dos vocais, e ainda apresenta
animação pelo grande artista e cartunista britânico, Gerald Scarfe.
Capa do filme, de 1982. |
Leonard
Maltin, um crítico de cinema, se refere ao filme como “o maior vídeo de rock do mundo, e certamente o mais depressivo”,
mas o filme arrecadou mais de quatorze milhões de dólares nas bilheterias
norte-americanas. Uma música que apareceu no filme, “When The Tigers Broke Free”, foi lançada como single. A música foi
lançada depois, na coletânea Echoes: The Best Of Pink Floyd e no
relançamento de The Final Cut. Também no filme, há a música “What Shall We Do Now?”, que foi cortada
do álbum original, devido a duração do vinil. As únicas músicas do álbum que
não foram usadas foram “Hey You” e “The Show Must Go On”.
O
álbum The Final Cut de 1983, foi dedicado ao pai de Waters, Eric
Fletcher Waters. Ainda mais sombrio em sonoridade que o The Wall, esse álbum re-examinou
vários temas anteriormente discutidos, mas se dirigindo a fatos da época, incluindo
a raiva de Waters da participação da Inglaterra contra a Argentina, na Guerra
das Malvinas/Falklands, e a culpa que ele colocou nos líderes políticos está
refletida em “The Fletcher Memorial Home”. E conclui com uma visão cínica de uma
possível guerra nuclear em “Two Suns In
The Sunset”. Michael Kamen e Andy Bown contribuíram com trabalho de piano,
por causa da saída de Richard Wright, que não havia sido formalmente anunciada
antes do lançamento do álbum.
A capa do álbum de 1983. |
Apesar
de tecnicamente ser um álbum do Pink Floyd, o nome da banda não aparece escrito
no encarte do LP, somente atrás aparece: “The
Final Cut – Um réquiem para o sonho do pós-guerra, por Roger Waters, tocado
pelo Pink Floyd: Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason”. Roger Waters
recebeu os créditos totais para o álbum, o que se tornou um protótipo do som
que ele faria nos próximos álbuns em sua carreira solo. Waters disse que ele
sugeriu lançar o álbum como um álbum solo seu, mas o resto da banda rejeitou a
ideia.
No
entanto, em seu livro Inside Out, Nick Mason diz que isso
nunca aconteceu. Gilmour declarou que pediu a Waters para segurar o lançamento
do álbum, para que então pudesse escrever material suficiente para contribuir,
mas esse pedido foi negado. O tom da música é bastante similar ao do The
Wall, mas também mais quieto e suave, lembrando músicas como "Nobod“ Home” mais do “Another Brick In The Wall (Part 2)”, por
exemplo. Ele também é mais repetitivo, com certos temas que aparecem
repetidamente pelo álbum.
Capa do livro de Nick Mason. |
The
Final Cut teve somente sucesso moderado com os fãs,
atingindo o 1º lugar no Reino Unido e nos Estados Unidos, mas recebeu ótimos
elogios dos críticos. O álbum teve um single de sucesso, “Not Now John”, a única faixa hard
rock do álbum, e a única em particular em ter Gilmour cantando. As
discussões entre Waters e Gilmour nesse ponto eram tão ruins, que eles não eram
mais vistos gravando no mesmo estúdio, ao mesmo tempo.
Gilmour
disse que ele queria continuar a fazer rock de boa qualidade e sentiu que
Waters estava construindo sequências de peças de músicas, meramente como um
veículo para suas letras de críticas sociais. Waters diz que seus companheiros
de banda nunca entenderam completamente a importância dos comentários sociais
que ele fazia.
No
final da gravação, o crédito de co-produção de Gilmour foi tirado do encarte do
álbum, apesar dele ter recebido os direitos autorais. Não houve turnê para esse
álbum, apesar de que as músicas do álbum terem sido apresentadas por Waters em
suas futuras turnês solo. Depois de The Final Cut, a Capitol Records
lançou a coletânea Works, que fez com que a faixa de Waters de 1970, “Embryo”, estivesse disponível pela
primeira vez em um álbum do Pink Floyd.
Capa da coletânea Works, também de 1983. |
Os
integrantes da banda seguiram caminhos separados e gastaram tempo trabalhando
em projetos individuais. Gilmour foi o primeiro a lançar seu álbum solo About
Face, em março de 1984. Wright juntou forças com Dave Harris para
formar uma banda nova, Zee, a qual lançou o álbum experimental Identity,
um mês depois do projeto de Gilmour.
Em maio de 1984,
Waters lançou The Pros And Cons Of Hitch Hiking, um álbum conceitual que já
havia sido proposto para a banda. Waters o havia escrito ao mesmo tempo que The
Wall, e quando propôs ambos projetos para a banda, decidiu-se por The
Wall. Um ano depois dos projetos dos companheiros de banda, Mason
lançou o álbum Profiles, em conjunto com Rick Fenn, o qual teve participações
de Gilmour e o tecladista Danny Peyronel.
Bem galera, era isso que eu tinha para comentar nesta terceira parte. Até a próxima postagem com a quarta parte da história de The Dark Side Of Pink Floyd. O clipe de "Hey You" não é oficial, é apenas uma montagem usando outro filme. Desculpem-me, mas o que vale é a intenção, uma vez que nenhum AO VIVO trás claramente a música. Vejam mais de Pink Floyd em:
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