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sexta-feira, 14 de abril de 2017

AS PEDRAS ROLANTES DO ROCK - TERCEIRA PARTE


Salve galera que curte o Blog Opinião do Véio e está acompanhando a história dos Rolling Stones! Esta é a terceira e última parte da carreira desta banda, sucesso em vendas de discos e campeã em bilheteria de concertos realizados nas últimas décadas.

Independente dos problemas enfrentados, esses “vovôs” do rock estão mostrando que têm fôlego e estão na estrada há cinco décadas para mostrar que quem ama o que faz, enfrenta quaisquer obstáculos para manter o sonho vivo.


Os problemas pessoais foram colocados de lado e a banda se apresentou como nos velhos tempos, auxiliada pela habitual parafernália de palco tendo participação durante a turne, do Guns N' Roses que estava explodindo no cenário musical, como banda de abertura. Reflexo disso é o álbum Flashpoint de 1990 que traz os Stones de volta aos palcos depois de sete anos.

Flashpoint é o quinto álbum ao vivo da banda e foi lançado em 8 de abril de 1991, trazendo registros de canções executadas durante as turnês mundiais Steel Wheels Tour e Urban Jungle Tour, que aconteceram nos anos de 1989 e 1990, respectivamente.

Capa do álbum de 1990.

O álbum recebeu críticas positivas do público e mídia especializada, atingindo meio milhão de cópias vendidas só nos Estados Unidos e chegando à 6ª posição entre os álbuns mais vendidos no Reino Unido, e 16ª posição nos Estados Unidos.

Foi também a partir dessa turnê que os Stones tornaram-se experts nos negócios, transformando-se em uma banda multimilionária, com administração autônoma e profissional, alcançando espaços na mídia até então nunca vistos, tendência que permitiu as sucessivas bem-sucedidas turnês seguintes e um exemplo de exposição e fixação da "marca" The Rolling Stones.



1991 – 1999

O outro membro original, Bill Wyman, baixista que deixa o grupo em 1993 foi substituído por Ron Wood que assumiu temporariamente o baixo. Bill ainda mantém fortes ligações com a banda, a exemplo de seu pub em Londres, o Sticky Fingers, totalmente decorado com inúmeras fotos, instrumentos e discos de ouro, entre outras lembranças dos Stones, e montou sua própria banda de blues-rock, a Bill Wyman's Rhythm Kings. Para o seu lugar é escalado o baixista Darryl Jones, que é apenas músico contratado, não sendo considerado membro oficial.

Em 1994, após um longo período de inatividade, é lançado com grande estardalhaço o álbum Voodoo Lounge, seguido pela turnê de mesmo nome, que passou pelo Brasil. A turnê que se iniciou em 19 de julho de 1994 em Toronto, Canadá, e foi encerrada em 30 de agosto de 1995 em Rotterdam, Holanda, arrecadou em torno de US$ 400 milhões.

Capa do álbum de 1994.

Lançado em julho de 1994, Voodoo Lounge recebeu críticas fortes e estreou em número 1 em vendas no Reino Unido (o primeiro da banda a liderar as vendas por lá desde Emotional Rescue de 1980), e número 2 nos Estados Unidos, onde ele foi dupla platina.

O àlbum ainda alcançou o primeiro lugar ente os álbuns mais vendidos na Alemanha, na Austrália, no Canadá, na Áustria, nos Países Baixos, na Suíça e na Nova Zelândia.

Aproveitando a repercussão, todas as gravações da banda são relançadas em CD.

O álbum de 1995, Stripped, foi mais intimista, com versões acústicas de vários de seus maiores sucessos e uma regravação gloriosa para "Like a Rolling Stone", clássico de Bob Dylan.

Capa do álbum de 1995.

Stripped é, até agora, o único álbum acústico da longa discografia dos Stones, lançado em 14 de novembro de 1995 durante a Voodoo Lounge Tour, pela gravadora Virgin Records.  

O disco teve um bom desempenho nas tabelas musicais, entrou no top 10 de dez países diferentes e alcançou a primeira posição na Noruega e Suécia. O álbum foi certificado nos Estados Unidos, recebendo o disco de platina.

Capa do álbum da trilha sonora do filme
de 1968, lançado em 1996.

Em 14 de outubro de 1996, lançaram The Rock And Roll Circus, trilha sonora de um filme arquivado desde 1968. O CD inclui uma apresentação de diversos artistas, como Jethro Tull, The Who, Marianne Faithfull, então esposa de Jagger e The Dirty Mac que nada mais é que uma pré-versão da Plastic Ono Band. Essa formação incluiu, além de John Lennon e Yoko Ono, Eric Clapton, Keith Richards (no baixo) e Mitch Mitchell, baterista do The Jimi Hendrix Experience.

Em 1997 saiu Bridges Of Babylon, com uma capa luxuosa, lançado em 29 de setembro deste ano, o álbum recebeu críticas mistas da imprensa especializada. Porém vendeu muito, como de costume, chegando a ser o terceiro álbum mais vendido nos EstadosUnidos, sexto mais vendido no Reino Unido, e segundo mais vendido na França. Seu principal hit foi “Anybody Seen My Baby?”, sendo que “Saint Of Me” e “Out of Control” foram sucessos menores tocados nas rádios.

Capa do álbum de 1997.

Com uma excursão mundial muito cara, completa, com dois palcos, um maior e outro menor instalado no meio do público, incluindo também uma ponte para a banda atravessar do palco principal para o menor. Neste palco de menor tamanho executam basicamente clássicos sem o acompanhamento de metais e backing vocals voltando às raízes da banda nos anos 60 e, assim, inauguram um novo estilo de apresentações que se seguiram nas turnês seguintes.


Nessa turnê, os Stones fizeram dois shows no Brasil, um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro, com participação mais que especial de Bob Dylan, inclusive abrindo os shows para a banda, confirmaram o país com status de rota obrigatória. Retrato dessa turnê foi o lançamento do álbum ao vivo No Security, em 1998.

Capa do álbum ao vivo de 1998.

O álbum traz músicas executadas durante a Bridges To Babylon Tour, que durou de setembro de 1997 a setembro de 1998. Esta turnê se tornou, à época, a segunda mais lucrativa de todos os tempos, para qualquer artista musical (o primeiro lugar também era dos Stones, com sua Voodoo Lounge Tour).

Suas Majestades Satânicas se apresentaram tanto em países tradicionais em seu roteiro, como, por exemplo, Estados Unidos, França, Japão, Alemanha e Canadá, quanto em países unusuais no seu roteiro de apresentações, como Brasil, Argentina, Rússia, Croácia, Estônia, Finlândia, Grécia e Turquia. A Inglaterra, o país de origem da banda, acabou não recebendo shows, fato raríssimo.


Para abrir os mega-shows, entre outros, tocaram Bob Dylan, Pearl Jam, Foo Fighters, Simple Minds, Carlos Santana, Smashing Pumpkins e Sheryl Crow, entre outros. Nas apresentações, além da tradicional grandiosidade do palco, o vigor físico excepcional dos músicos quase sessentões, na época.

Para a escolha do repertório a compor o álbum, os Stones não quiseram repetir canções já mostradas em Still Life (American Concert 1981), nem em Flashpoint. Assim, entre as canções apresentadas durante seus shows, foram escolhidas apenas canções que só haviam entrado em álbuns ao vivo muito antigos, ou, que jamais haviam tido versões ao vivo em nenhum disco lançado oficialmente.

2000 – HOJE

Para comemorar os 40 anos do grupo, em 2002 lançam o álbum duplo Forty Licks (1962 - 2002) que trouxe, além de 36 sucessos da banda, 4 novos hits (“Don't Stop”, “Keys To Your Love”, “Stealing My Heart” e “Losing My Touch”), sendo o primeiro uma espécie de resumo da perseverança característica da banda, atingindo bastante sucesso.

Capa do álbum duplo de 2002.

Em 16 de agosto do mesmo ano com um show em Toronto (Canadá) os Stones lançam uma de suas maiores turnês,  a Licks Tour (detalhe para a música “Heart Of Stone”, não tocada ao vivo desde 5 de dezembro de 1965).

Esta longa turnê passou por todos os continentes do planeta, tendo sido encerrada em 09 de novembro de 2003, em Hong Kong. Mantendo o status de maior banda de rock and roll do mundo e a tradição de suas espetaculares apresentações, montam estruturas distintas e específicas para shows em arenas, estádios e teatros, além de shows privados. Ao final do mesmo ano lançam o esplêndido DVD quádruplo Four Flicks, mostrando cada um dos formatos de suas apresentações e toda a vitalidade dos músicos sessentões.


Quando todos imaginavam o fim da banda, devido a um câncer na garganta do baterista Charlie Watts diagnosticado em junho de 2004 e curado em fevereiro de 2005, o vigor incansável do quarteto com ênfase às belas letras de Jagger e Richards (conhecidos como ‘The Glimmer Twins’ desde os anos 70, pela ligação existente entre eles, além das lendárias histórias que protagonizaram) produz um de seus melhores álbuns de estúdio de todos os tempos.

Lançado em 2005 A Bigger Bang traz uma sonoridade crua e voltada às raízes da banda: rock and roll, blues e rhythm and blues, além das pegadas das guitarras da dupla Richards/Wood, bem como para a harmônica melodiosa de Jagger, as 16 fortes canções do álbum mostram a excelência e competência de Jagger/Richards/Watts/Wood.

Este álbum apresenta uma sonoridade que lembra o estilo despojado de Some Girls, no entanto com estilo mais contemporâneo e pesado. Alguns interpretam que os Stones “voltaram às suas raízes”, usando instrumentação mínima, tocando blues de difícil execução ao lado de rock de garagem. Outros, porém, percebem uma busca pelo rock contemporâneo, com um estilo de som parecido com The White Stripes e The Black Keys.

Capa do álbum de 2005.

O primeiro single, ‘’Streets Of Love / Rough Justice’’, chegou à 15º posição na parada de singles do Reino Unido, enquanto o álbum A Bigger Bang chegou a ser o 2 º álbum mais vendido no país europeu. A Bigger Bang ganhou disco de platina nos Estados Unidos e na Alemanha, e foi disco de ouro no Japão.
Para a divulgação do álbum, mais uma vez iniciando em Toronto (em 10 de agosto de 2005), a banda se lança na estrada com a turnê do mesmo nome.

Em 18 de fevereiro de 2006, os Rolling Stones voltaram ao Brasil para o show da turnê A Bigger Bang. O show, gratuito, foi realizado nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, entrando para a história como o maior show da banda e um dos maiores concertos de rock de todos os tempos.


Após dois anos do lançamento da turnê A Bigger Bang, que passou pela América do Norte, em duas oportunidades (2005 e 2006), América do Sul (2006) e Europa (2006), os músicos dos Stones arrecadaram, até novembro de 2006, em torno de US$ 437 milhões (recorde na história da música), os Stones anunciaram, em 22 de março de 2007, uma lista de novos shows pelo velho continente, que se iniciou em 05 de junho de 2007, com uma apresentação em Werchter, Bélgica e se encerrou em 26 de agosto de 2007 em Londres, apesar de rumores de que novos shows seriam realizados em 2008.

Com seu encerramento, os Stones realizaram a mais longa de suas turnês mundiais, com arrecadação de US$ 560 milhões (novo recorde), e, apresentando-se para quase 6 milhões de espectadores, mostraram a inesgotável energia que os move por mais de 45 anos de estrada.

Ainda em 2006 a banda teve sua música "Can't You Hear Me Knockin'" presente no game Guitar Hero 2, em versão cover, o que desapontou muitos fãs pois a voz do cantor que faz esse cover no GH2 não é nada parecida com a de Mick Jagger.

Capa do DVD de 2007.

Em 12 de junho de 2007 foi lançado o DVD The Biggest Bang, que contém 4 discos com mais de sete horas de shows, incluindo a integra do realizado no Rio de Janeiro, no ano anterior, bem como em Austin, Texas, e materiais dos shows de Japão, Buenos Aires e Xangai, além de entrevistas exclusivas e reveladoras com os membros da banda.

Nesse mesmo ano, os Stones voltariam a ter outra música de sucesso na série Guitar Hero, desta vez a música era "Paint It Black", presente no Guitar Hero 3 Legends Of Rock.

Em 04 de abril de 2008 estreou nos cinemais mundiais o filme The Rolling Stones Shine a Light (distribuído no Brasil pela Imagem Filmes), concebido e dirigido pelo premiado diretor Martin Scorsese, um declarado fã da banda, que, em duas apresentações no Beacon Theatre de Nova York, em novembro de 2006, com dezesseis câmeras focadas diretamente nos músicos, registrou com profundidade a bela performance da banda em um repertório levemente diferenciado das apresentações normais.


Conta, ainda, com a presença de Jack White, do grupo White Stripes, da cantora Christina Aguilera e do bluesman Buddy Guy. Ainda, de forma genial mescla imagens de arquivo desde o início da banda, na década de 1960, confrontando com declarações atuais, como a pretensão de Mick Jagger em manter-se ativo aos sessenta.

Em 2012 os The Rolling Stones completaram 50 anos de trabalho, e são considerados uma das bandas mais velhas em atividade. Como parte das comemorações, lançaram em junho de 2012 o livro The Rolling Stones: 50 e organizaram um retorno aos palcos em novembro e dezembro de 2012.

Logo dos Stones, celebrando os 50 anos da banda.

Após o lançamento do álbum de estúdio A Bigger Bang, em 2005, os já idosos músicos ingleses mantiveram uma carreira bem movimentada, com várias turnês internacionais pra estádios lotados, além de lançamentos pontuais de músicas inéditas. Mas, não obstante o lançamento de álbuns retratando shows ao vivo antigos e recentes, assim como coletâneas, o quarteto passou anos sem mencionar a ideia de lançar um novo álbum de estúdio.

Por fim, em abril de 2016, pouco depois do histórico show para um milhão e duzentos mil espectadores em Havana, Cuba, vazou na imprensa mundial que os músicos já haviam estrado em estúdio pra gravar um novo álbum, e que, ainda por cima, o lendário guitarrista Eric Clapton, que estava coincidentemente gravando em um estúdio ao lado, foi até a banda cumprimentá-los. Acabou rolando uma jam session por pura diversão, e por fim, Clapton participou da gravação definitiva de duas faixas do álbum.

Blue & Lonesome é o vigésimo-terceiro (na cronologia britânica) e vigésimo-quinto (na cronologia americana) álbum de estúdio e, até o momento, último álbum dos Stones, lançado pela Polydor Records em 02 de dezembro de 2016.

O nome do álbum é com “&” e não “and”, ao contrário da música que o inspira. Foi lançado onze anos após A Bigger Bang (2005), a mais longa lacuna entre álbuns de estúdio da carreira musical da banda. É o primeiro e único álbum da banda composto exclusivamente por covers.

Capa do álbum lançado em 2016.

“Cinco décadas para fazer e apenas três dias para gravar”. É assim que os Rolling Stones anunciaram seu primeiro álbum de estúdio em uma década.

A volta ao passado ficou marcada até mesmo na hora do estúdio. O álbum foi gravado em apenas três dias, em novembro do ano passado no British Grove Studios, no distrito londrino de Chiswick, na mesma região onde a banda começou a carreira.

No início dos anos 1960, os Stones eram conhecidos pelas covers de clássicos de Jimmy Reed, Willie Dixon, Eddie Taylor e Howlin' Wolf (canções que voltam a figurar no novo trabalho). Em anúncio, publicado em dezembro de 2016, a banda disse que a ideia era captar a espontaneidade ao vivo no estúdio, sem overdubs, como nos velhos tempos.




O velho amigo da trupe, o guitarrista Eric Clapton, que gravava em um estúdio ao lado, participa em duas faixas.  Os detalhes do álbum foram divulgados junto com um trecho de "Just Your Fool", gravada originalmente pelo grupo Buddy Johnson and His Orchestra. A capa do álbum traz os icônicos lábios, que segue a banda desde 1971, em uma arte especial para o Facebook em 360°.

Segundo o produtor Don Was, o álbum atesta "a pureza do amor deles por fazer música, e o blues é, para os Stones, a fonte de tudo que eles fazem".

O anúncio coincidiu com a chegada dos Stones às salas de cinema com a exibição do documentário "Havana Moon", sobre o histórico show que fizeram em Cuba, em março de 2016.


Em março de 2016 a banda atuou em Cuba para uma audiência de meio milhão de espetadores. Mick Jagger disse aos cubanos, em espanhol, que "os tempos estão  mudando".


INTEGRANTES

OFICIAIS

Atuais

Mick Jagger - vocais, guitarra de apoio (ocasional), desde 1962. 
 
Keith Richards - guitarra principal e vocais de apoio, desde 1962.

Charlie Watts - bateria, desde 1966.

Ron Wood - guitarra de apoio, baixo e backing vocals, desde 1975.

Antigos

Brian Jones - guitarra principal, vários instrumentos e backing vocals, de 1962 a 1969.

Mick Taylor - guitarra de apoio, vocais de apoio, de 1969 a 1975.

Bill Wyman - baixo e backing vocals, de 1965 a 1993.

Ian Stewart – teclado, de 1962 a 1963, em 1969, de 1975 a 1976 e de 1981 a 1982.

Dick Taylor – baixo, em 1962.

Mick Avory – bacteria, em 1962.

Ricky Fenson – baixo, em 1963.

Colin Goldin – baixo, em 1964.

Tony Chapman – bateria, de 1963 a 1964.

Carlo Little – bateria, em 1965.

Os Stones em Cuba, em março de 2016.

Bem pessoal, esta foi a história de uma banda que dispensa apresentações, isso porque estão na estrada há 55 longos anos, tempo esse que além da experiência, trouxe-lhes uma bagagem musical intensa e variada.

Acredito que esta é uma das bandas mais importantes do cenário musical contemporâneo, que não deva faltar algumas de suas músicas no seu playlist, independente do estilo que você curta.

Eu já falei que tenho um gosto musical eclético, por isso tenho várias músicas digitais em minha seleção e um The Best Of da banda, em CD original, porque como disse, também, para aqueles que apreciam uma boa música, essa banda é obrigatória no seu acervo musical. Até a próxima postagem!


Fiquem com mais dos Rolling Stones em:











































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