Olá galera que está curtindo o Blog Opinião do Véio, vou dar continuidade à história de uma das bandas mais conhecidas e reverenciadas do mundo musical, sua dificuldade inicial até atingir o sucesso. E tem pessoas que acreditam que para os artistas, o começo é moleza!
A DAY AT RACES
A Day At Races foi o primeiro álbum do Queen sem Thomas
Baker como produtor. Para eles, era importante que passassem pelo desafio de criar um novo trabalho de
sucesso de forma mais independente. Quando lançado, para quem ouve, parece uma
sequência e A Night At Opera, com um tom maior de melancolia, principalmente em
''Long Away'' e ''Drowse'', enquanto o single ''Tie Your Mother Down'',
juntamente com ''Somebody To Love'' se tornaram seus principais sucessos.
Nas apresentações de divulgação do álbum, o
comportamento de Freddie estava cada vez pior, fato que já incomodava sua
ex-noiva e fazia com que muitos à distância o considerassem alguém fútil e
tolo. Em um dos shows, por exemplo, o cantor quase foi preso por desacato à
autoridade, mas quando viu que poderiar parar na prisão, retrocedeu em sua
atitude. Por causa disso, o relacionamento de Freddie com David Minns acabou
durante a turnê.
Freddie e David Minns |
Na mesma época, o movimento punk surgiu, e um dos seus
representantes era o Sex Pistols. A mídia especializada, que em geral não tinha muita simpatia com o Queen (especialmente com Freddie), e se
posicionava a favor do movimento, passou a avaliar negativamente os trabalhos
atuais do Led Zeppelin e do Pink Floyd, e logo também do Queen, com mais
insistência. Por causa disso, A Day At The Races recebeu críticas de mistas a
negativas.
Quando A Day At The Races obteve vendagens inferiores
a A Night At Opera, Brian May passou a acreditar que o próximo trabalho do
Queen deveria ser mais espontâneo e menos complexo. Esta ideia foi
compartilhada por Roger Taylor, que estava levemente influenciado pela rebeldia
do movimento punk, e compôs ''Sheer Heart Attack'' e ''Fight From The Inside''.
As gravações de News Of The World duraram cerca de
dois meses, sob a produção de Mike Stone, no estúdio Wessex. Coincidentemente,
em uma das salas os integrantes do Sex Pistols estavam gravando o álbum Never
Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols, o que causou em algum momento, um
conflito direto entre Freddie e Sid Vicious, que o relembrou de uma entrevista
à News Music Express, em que Freddie afirmou estar levando o ballet às massas.
Algumas versões da história citam que os dois quase
chegaram a se agredir fisicamente. Durante as várias vezes em que as duas
bandas cruzaram pelos corredores do estúdio, John Lydon conversou com Brian May
sobre música. ''Spread Your Wings'' e ''It's Late'' foram algumas das
contribuições mais positivas de John Deacon e Brian May no álbum, embora tenham
escrito outras músicas que não obtiveram muito destaque.
Se destacaram como principais sucessos do álbum, as
músicas ''We Will Rock You'' e ''We Are The Champions'', de Brian e Freddie,
respectivamente. Os integrantes da banda, principalmente Brian, não levaram
''We AreThe Champions'' a sério por causa de sua letra egocêntrica, mas seu
desempenho nas paradas foi extremamente positivo, mais tarde se tornando uma
espécie de hino desportivo, político e de outros tipos de organizações.
A cada álbum, o lado comercial do Queen aparecia e
tornava mais evidente, o que aumentava seu sucesso e em contrapartida dava
assunto para críticas da mídia especializada sobre sua música. Apesar de ter
alcançado a quarta posição no Reino Unido, News Of The World alcançou o
primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos.
1978 - 1980: TRANSIÇÃO MUSICAL
Nessa época, a banda parou de trabalhar com John Reid,
pelo fato do gerente não conseguir conciliar ao mesmo tempo a carreira do Queen
e de Elton John. Assim, Jim Beach o substituiu. John Deacon, o membro mais
atento às questões financeiras, sugeriu aos demais, que fossem criadas três empresas
em nome da banda, para que os direitos autorais estivessem concentrados e no
controle do quarteto. E assim foi feito.
Após o bom desempenho de News Of The World, a banda
queria manter a espontaneidade contida neste álbum, mas sem repetir o erro de
soar como uma sequência do anterior, como foi em A Day At The races.
Desse modo, o Queen voltou a trabalhar com Roy Thomas
Baker e começou a trabalhar em Jazz, que refletiu a vida pessoal dos
integrantes. Naquele ano os impostos cresceram muito no Reino unido, fato que
incentivou o Queen a gravar o trabalho na França.
Freddie escreveu ''Bicycle Race'', enquanto os
primeiros casos extraconjugais de Brian May o influenciaram em ''Fat Bottomed
Girls''. Ambas foram lançadas em um single duplo. Freddie desfrutava de uma
rotina cheia de extremos sexuais e financeiros, descritos de maneira sutil em
''Don't Stop Me Now''.
O estilo de vida do cantor, aos poucos preocupava os
demais integrantes. Ao contrário, John Deacon vivia uma vida basicamente
caseira e comportada, e apresentou ''In Only Seven Days'', uma de suas
composições para o álbum.
As diferenças entre os integrantes estavam cada vez
mais evidentes, o que gerava mais atritos e desavenças. As composições de Roger
Taylor o desagradavam, pois embora esforçado, sentia-se inferior aos demais. O
resultado final deixou John e Roger insatisfeitos, porque acreditavam que,
naquele momento, o trabalho estava muito individualizado.
O álbum também não agradou à gravadora, a começar pelo
título, que poderia causar confusão ao público e sua capa monocromática, sem
foto dos integrantes. Mas a polêmica maior foi a ideia para o clipe de
''Bicycle Race'', em que a banda escolheu sessenta e cinco modelos para andarem
de bicicleta seminuas no Wimbledon Stadium, o que causou revolta e crítica de
alguns grupos feministas.
Uma conhecida coluna da Rolling Stone sobre o álbum,
classificou o Queen como uma banda fascista, machista e arrogante, enquanto a
New Musical Express recomendou a compra do disco somente se tivesse ''um
parente surdo''.
No final de outubro de 1978, Jazz foi lançado. Na
coletiva de imprensa, a banda promoveu uma festa com a presença de cuspidores
de fogo, travestis, anões, dançarinas, strippers e até homens vestidos como
freiras.
Durante a turnê de divulgação de Jazz, Freddie Mercury
continuava a enfrentar problemas vocais com problemas nos nódulos, embora os
demais integrantes da banda acreditavam que seu estilo de vida, com muito sexo
e uso de cocaína, estava o afetando.
Nesta época, o cantor passou a frequentar clubes gays
e mudar sua maneira de vestir, com o uso de roupas de couro. Justamente nessa
época, a EMI queria que o Queen lançasse um álbum ao vivo, e embora a banda não
gostasse muito da ideia, pelo medo das músicas perderem o impacto que possuem
no estúdio, lançaram Live Killers em 1979, como uma coletânea de vários shows
do quarteto em um disco duplo.
Ainda em 1979, a banda comprou o Mountain Studios e
começaram a trabalhar com o produtor musical Reinhold Mack, de uma forma
despretensiosa, em outro espaço de gravação, sem a finalidade de produzir um
novo álbum.
Mas, durante um banho, Freddie teve uma ideia para uma
nova música, de título ''Crazy Little Thing Called Love''. Diferente de outros
sucessos, a música possuía uma estrutura simples, tendência que se refletiu em
grande parte do trabalho que estava surgindo. Nessa mesmo ano, o quarteto
trabalhou em outras três músicas: ''Coming Soon'', ''Sail Away, Sweet Sister''
e ''Save Me''.
O trabalho de Mack era contrário aos dos integrantes.
O produtor sugeriu que fizessem um registro mais direto e simples, e a falha de
Jazz se mostrou como uma boa justificativa para que a mudança fosse realizada.
O resultado foi imediato, com o single ''Crazy Little
Thing Called Love'' alcançando o topo das paradas dos Estados Unidos, atraindo
um público cada vez mais jovem às apresentações do Queen.
Na mesma época, aconteceu a Crazy Tour, que tinha como
proposta fazer shows em locais pequenos, que promoviam maior aproximação entre
a banda e seus fãs. Uma ideia ''louca'' (daí veio o nome da turnê) que tinha a
parceria do Queen com o ex-Beatle Paul McCartney. A maioria das apresentações
foram bem sucedidas.
Em fevereiro de 1980, os integrantes do Queen voltaram
ao estúdio para concluirem o disco, que, até aquele momento, levou o maior
tempo na história da banda para ser produzido. Os maiores desentendimentos de
Mack eram com Brian May, que queria gravar as guitarras da mesma forma que
sempre fez e ameaçou deixar a banda várias vezes. Relutante em aderir a um
padrão mais simples, Brian cedeu em alguns momentos.
Enquanto isso, John Deacon, apelidado de ''avestruz''
por Freddie Mercury, por ser muito quieto, trabalhava em silêncio nas duas
composições que tinha para o álbum, ''Need Your Loving Tonight'' e a que futuramente
se tornaria o maior sucesso de The Game, ''Another One Bites The Dust'', que
inicialmente não tinha a simpatia de nenhum dos demais integrantes, mas acabou
caindo no gosto de todos, principalmente do vocalista.
Mais tarde, Michael Jackson os sugeriu que a música
fosse lançada como single, e se tornou o maior sucesso do Queen em território
norte-americano, liderando as paradas de música disco e soul.
A grande mudança em torno de The Game, além da
simplicidade, é o fato de que, pela primeira vez, foi incluído o uso de
sintetizadores. Roger Taylor comprou um Oberheim OB-X para ser utilizado em
suas composições para o álbum, e foi utilizado em outras músicas .
No entanto, seu uso foi mínimo e, em maior parte, o
trabalho ainda contém muitos elementos antigos do Queen. Tais atitudes geraram
impacto direto na mídia especializada. A Rolling Stone, por exemplo, o definiu
como um projeto mais humilde, e a Allmusic como a melhor obra da banda depois
de A Night At Opera.
A turnê norte-americana do álbum começou em Vancouver,
e nesta época, Freddie passou a usar o cabelo mais curto e deixou um bigode
espesso crescer (que mais tarde seria a marca registrada de Freddie), o que
desagradou a muitos fãs, que jogavam lâminas de barbear no palco.
Ainda em 1980, o Queen foi convidado pelo diretor Mike
Hodges para produzir uma trilha sonor para o filme de ficção científica Flash
Gordon. Aceitaram e gravaram uma série de músicas, a maioria instrumentais. No
repertório dos shows, no entanto, executavam ''Flash'', que foi lançado como
single, e ''The Hero''.
Naquele ano, estiveram no Brasil, no estádio do
Morumbi, em São Paulo e em outros países da America Latina, como a Argentina. A
banda desejava se apresentar no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, mas não
conseguiram autorização para fazer show lá.
1981 - 1982: AUMENTO DE
INTRIGAS
Em 1981, Freddie e John foram para o Mountain Studios,
de propriedade do Queen, para trabalhar em algumas músicas novas. Juntos
escreveram ''Cool Cat''. Nessa época, o cantor David Bowie estava gravando, e
foi convidado a fazer vocais de apoio na música.
Mas Bowie não gostou o resultado final e pediu para
que não fosse utilizado. Num dia de ensaios do quarteto, David os convidou para
criar uma música juntos. De um riff de baixo, com contribuições maiores de
Freddie e Bowie, surgiu ''Under Pressure''. O single se tornou um sucesso e a
única parceria da banda com algum outro cantor. Nesta epóca também foi lançado
Greatest Hits, a primeira coletânea de maiores sucessos da banda.
Nesta mesma época, a banda foi realizar mais uma série
de shows na América do Sul, mas diferentemente da primeira vez, ocorreu uma
série de problemas que, no final, custou aproximadamente um milhão de dólares
para o Queen.
Foi um baque para todo o grupo, que decidiu se concentrar
em um novo trabalho, Hot Space. Freddie acreditava que quanto menos guitarras,
melhor, o que deixou Brian May irritado. As sessões de gravação eram em
horários irregulares, e enquanto Brian se embriagava, Freddie consumia cocaína.
John Deacon ficou desapontado com o desempenho do
guitarrista em suas músicas, fato que deu espaço aos primeiros atritos entre os
dois. No entanto, em comparação aos demais, o baixista estava com os ânimos
mais calmos.
Quando o single ''Body Language'' foi lançado, Brian
ficou preocupado, porque estava achando que as composições de Freddie estavam
cada vez mais com conteúdos gays e que, em sua visão, era mais importante
compor sobre temas universais que fariam um número maior de pessoas se
identificarem.
As músicas do álbum, distantes do rock, não obtiveram
a mesma aceitação do álbum anterior. Enquanto as influências musicais tendiam
mais a favor de Freddie e John, Brian e Roger criticavam duramente a mudança de
sonoridade. Algumas mudanças no arranjo ao vivo tornaram as músicas mais
atraentes, mas não o suficiente para empolgar o público. Enquanto isso, Hot
Space ia mal nas paradas.
Entre os shows, Freddie, que estava com um estilo de
vida diferente dos demais integrantes, estava cansado de turnês, e em muitos
momentos demonstrava-se extremamente irritado. Segundo alguns relatos, Freddie
estava cada vez mais cercado de pessoas interesseiras e controladoras,
principalmente seus amantes.
Neste período, a banda trabalhou com os músicos Morgan
Fisher e Fred Mandel para tocar teclado nas apresentações. Este último, que
esteve até o fim da turnê, sentiu a pressão na qual estava envolvido. Após a
turnê de divulgação do álbum, o Queen se separou para um momento de férias.
Bem pessoal, enquanto o Queen saiu de férias, eu vou encerrar por aqui a segunda parte da trajetória dessa banda cheia de altos e baixos. Desculpem alguns vídeos pessoal, pois são montagens.Não tinha um ao vivo ou oficial. Curtam mais do Queen em:
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