Últimas postagens

sábado, 23 de abril de 2016

QUEEN, A MAJESTADE DAS BANDAS - PARTE 2

Olá galera que está curtindo o Blog Opinião do Véio, vou dar continuidade à história de uma das bandas mais conhecidas e reverenciadas do mundo musical, sua dificuldade inicial até atingir o sucesso. E tem pessoas que acreditam que para os artistas, o começo é moleza!


A DAY AT RACES

Day At Races foi o primeiro álbum do Queen sem Thomas Baker como produtor. Para eles, era importante que passassem  pelo desafio de criar um novo trabalho de sucesso de forma mais independente. Quando lançado, para quem ouve, parece uma sequência e A Night At Opera, com um tom maior de melancolia, principalmente em ''Long Away'' e ''Drowse'', enquanto o single ''Tie Your Mother Down'', juntamente com ''Somebody To Love'' se tornaram seus principais sucessos.
Nas apresentações de divulgação do álbum, o comportamento de Freddie estava cada vez pior, fato que já incomodava sua ex-noiva e fazia com que muitos à distância o considerassem alguém fútil e tolo. Em um dos shows, por exemplo, o cantor quase foi preso por desacato à autoridade, mas quando viu que poderiar parar na prisão, retrocedeu em sua atitude. Por causa disso, o relacionamento de Freddie com David Minns acabou durante a turnê.

Freddie e David Minns

Na mesma época, o movimento punk surgiu, e um dos seus representantes era o Sex Pistols. A mídia especializada, que em geral não tinha muita simpatia com o Queen (especialmente com Freddie), e se posicionava a favor do movimento, passou a avaliar negativamente os trabalhos atuais do Led Zeppelin e do Pink Floyd, e logo também do Queen, com mais insistência. Por causa disso, A Day At The Races recebeu críticas de mistas a negativas.
Quando A Day At The Races obteve vendagens inferiores a A Night At Opera, Brian May passou a acreditar que o próximo trabalho do Queen deveria ser mais espontâneo e menos complexo. Esta ideia foi compartilhada por Roger Taylor, que estava levemente influenciado pela rebeldia do movimento punk, e compôs ''Sheer Heart Attack'' e ''Fight From The Inside''.


As gravações de News Of The World duraram cerca de dois meses, sob a produção de Mike Stone, no estúdio Wessex. Coincidentemente, em uma das salas os integrantes do Sex Pistols estavam gravando o álbum Never Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols, o que causou em algum momento, um conflito direto entre Freddie e Sid Vicious, que o relembrou de uma entrevista à News Music Express, em que Freddie afirmou estar levando o ballet às massas.
Algumas versões da história citam que os dois quase chegaram a se agredir fisicamente. Durante as várias vezes em que as duas bandas cruzaram pelos corredores do estúdio, John Lydon conversou com Brian May sobre música. ''Spread Your Wings'' e ''It's Late'' foram algumas das contribuições mais positivas de John Deacon e Brian May no álbum, embora tenham escrito outras músicas que não obtiveram muito destaque.
Se destacaram como principais sucessos do álbum, as músicas ''We Will Rock You'' e ''We Are The Champions'', de Brian e Freddie, respectivamente. Os integrantes da banda, principalmente Brian, não levaram ''We AreThe Champions'' a sério por causa de sua letra egocêntrica, mas seu desempenho nas paradas foi extremamente positivo, mais tarde se tornando uma espécie de hino desportivo, político e de outros tipos de organizações.
A cada álbum, o lado comercial do Queen aparecia e tornava mais evidente, o que aumentava seu sucesso e em contrapartida dava assunto para críticas da mídia especializada sobre sua música. Apesar de ter alcançado a quarta posição no Reino Unido, News Of The World alcançou o primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos.


1978 - 1980: TRANSIÇÃO MUSICAL

Nessa época, a banda parou de trabalhar com John Reid, pelo fato do gerente não conseguir conciliar ao mesmo tempo a carreira do Queen e de Elton John. Assim, Jim Beach o substituiu. John Deacon, o membro mais atento às questões financeiras, sugeriu aos demais, que fossem criadas três empresas em nome da banda, para que os direitos autorais estivessem concentrados e no controle do quarteto. E assim foi feito.
Após o bom desempenho de News Of The World, a banda queria manter a espontaneidade contida neste álbum, mas sem repetir o erro de soar como uma sequência do anterior, como foi em A Day At The races.
Desse modo, o Queen voltou a trabalhar com Roy Thomas Baker e começou a trabalhar em Jazz, que refletiu a vida pessoal dos integrantes. Naquele ano os impostos cresceram muito no Reino unido, fato que incentivou o Queen a gravar o trabalho na França.
Freddie escreveu ''Bicycle Race'', enquanto os primeiros casos extraconjugais de Brian May o influenciaram em ''Fat Bottomed Girls''. Ambas foram lançadas em um single duplo. Freddie desfrutava de uma rotina cheia de extremos sexuais e financeiros, descritos de maneira sutil em ''Don't Stop Me Now''.
O estilo de vida do cantor, aos poucos preocupava os demais integrantes. Ao contrário, John Deacon vivia uma vida basicamente caseira e comportada, e apresentou ''In Only Seven Days'', uma de suas composições para o álbum.
As diferenças entre os integrantes estavam cada vez mais evidentes, o que gerava mais atritos e desavenças. As composições de Roger Taylor o desagradavam, pois embora esforçado, sentia-se inferior aos demais. O resultado final deixou John e Roger insatisfeitos, porque acreditavam que, naquele momento, o trabalho estava muito individualizado.
O álbum também não agradou à gravadora, a começar pelo título, que poderia causar confusão ao público e sua capa monocromática, sem foto dos integrantes. Mas a polêmica maior foi a ideia para o clipe de ''Bicycle Race'', em que a banda escolheu sessenta e cinco modelos para andarem de bicicleta seminuas no Wimbledon Stadium, o que causou revolta e crítica de alguns grupos feministas.


Uma conhecida coluna da Rolling Stone sobre o álbum, classificou o Queen como uma banda fascista, machista e arrogante, enquanto a New Musical Express recomendou a compra do disco somente se tivesse ''um parente surdo''.
No final de outubro de 1978, Jazz foi lançado. Na coletiva de imprensa, a banda promoveu uma festa com a presença de cuspidores de fogo, travestis, anões, dançarinas, strippers e até homens vestidos como freiras.
Durante a turnê de divulgação de Jazz, Freddie Mercury continuava a enfrentar problemas vocais com problemas nos nódulos, embora os demais integrantes da banda acreditavam que seu estilo de vida, com muito sexo e uso de cocaína, estava o afetando.
Nesta época, o cantor passou a frequentar clubes gays e mudar sua maneira de vestir, com o uso de roupas de couro. Justamente nessa época, a EMI queria que o Queen lançasse um álbum ao vivo, e embora a banda não gostasse muito da ideia, pelo medo das músicas perderem o impacto que possuem no estúdio, lançaram Live Killers em 1979, como uma coletânea de vários shows do quarteto em um disco duplo.
Ainda em 1979, a banda comprou o Mountain Studios e começaram a trabalhar com o produtor musical Reinhold Mack, de uma forma despretensiosa, em outro espaço de gravação, sem a finalidade de produzir um novo álbum.
Mas, durante um banho, Freddie teve uma ideia para uma nova música, de título ''Crazy Little Thing Called Love''. Diferente de outros sucessos, a música possuía uma estrutura simples, tendência que se refletiu em grande parte do trabalho que estava surgindo. Nessa mesmo ano, o quarteto trabalhou em outras três músicas: ''Coming Soon'', ''Sail Away, Sweet Sister'' e ''Save Me''.
O trabalho de Mack era contrário aos dos integrantes. O produtor sugeriu que fizessem um registro mais direto e simples, e a falha de Jazz se mostrou como uma boa justificativa para que a mudança fosse realizada.


O resultado foi imediato, com o single ''Crazy Little Thing Called Love'' alcançando o topo das paradas dos Estados Unidos, atraindo um público cada vez mais jovem às apresentações do Queen.
Na mesma época, aconteceu a Crazy Tour, que tinha como proposta fazer shows em locais pequenos, que promoviam maior aproximação entre a banda e seus fãs. Uma ideia ''louca'' (daí veio o nome da turnê) que tinha a parceria do Queen com o ex-Beatle Paul McCartney. A maioria das apresentações foram bem sucedidas.
Em fevereiro de 1980, os integrantes do Queen voltaram ao estúdio para concluirem o disco, que, até aquele momento, levou o maior tempo na história da banda para ser produzido. Os maiores desentendimentos de Mack eram com Brian May, que queria gravar as guitarras da mesma forma que sempre fez e ameaçou deixar a banda várias vezes. Relutante em aderir a um padrão mais simples, Brian cedeu em alguns momentos.
Enquanto isso, John Deacon, apelidado de ''avestruz'' por Freddie Mercury, por ser muito quieto, trabalhava em silêncio nas duas composições que tinha para o álbum, ''Need Your Loving Tonight'' e a que futuramente se tornaria o maior sucesso de The Game, ''Another One Bites The Dust'', que inicialmente não tinha a simpatia de nenhum dos demais integrantes, mas acabou caindo no gosto de todos, principalmente do vocalista.
Mais tarde, Michael Jackson os sugeriu que a música fosse lançada como single, e se tornou o maior sucesso do Queen em território norte-americano, liderando as paradas de música disco e soul.


A grande mudança em torno de The Game, além da simplicidade, é o fato de que, pela primeira vez, foi incluído o uso de sintetizadores. Roger Taylor comprou um Oberheim OB-X para ser utilizado em suas composições para o álbum, e foi utilizado em outras músicas .
No entanto, seu uso foi mínimo e, em maior parte, o trabalho ainda contém muitos elementos antigos do Queen. Tais atitudes geraram impacto direto na mídia especializada. A Rolling Stone, por exemplo, o definiu como um projeto mais humilde, e a Allmusic como a melhor obra da banda depois de A Night At Opera.
A turnê norte-americana do álbum começou em Vancouver, e nesta época, Freddie passou a usar o cabelo mais curto e deixou um bigode espesso crescer (que mais tarde seria a marca registrada de Freddie), o que desagradou a muitos fãs, que jogavam lâminas de barbear no palco.
Ainda em 1980, o Queen foi convidado pelo diretor Mike Hodges para produzir uma trilha sonor para o filme de ficção científica Flash Gordon. Aceitaram e gravaram uma série de músicas, a maioria instrumentais. No repertório dos shows, no entanto, executavam ''Flash'', que foi lançado como single, e ''The Hero''.
Naquele ano, estiveram no Brasil, no estádio do Morumbi, em São Paulo e em outros países da America Latina, como a Argentina. A banda desejava se apresentar no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, mas não conseguiram autorização para fazer show lá.


 1981 - 1982: AUMENTO DE INTRIGAS

Em 1981, Freddie e John foram para o Mountain Studios, de propriedade do Queen, para trabalhar em algumas músicas novas. Juntos escreveram ''Cool Cat''. Nessa época, o cantor David Bowie estava gravando, e foi convidado a fazer vocais de apoio na música.
Mas Bowie não gostou o resultado final e pediu para que não fosse utilizado. Num dia de ensaios do quarteto, David os convidou para criar uma música juntos. De um riff de baixo, com contribuições maiores de Freddie e Bowie, surgiu ''Under Pressure''. O single se tornou um sucesso e a única parceria da banda com algum outro cantor. Nesta epóca também foi lançado Greatest Hits, a primeira coletânea de maiores sucessos da banda.
Nesta mesma época, a banda foi realizar mais uma série de shows na América do Sul, mas diferentemente da primeira vez, ocorreu uma série de problemas que, no final, custou aproximadamente um milhão de dólares para o Queen.


Foi um baque para todo o grupo, que decidiu se concentrar em um novo trabalho, Hot Space. Freddie acreditava que quanto menos guitarras, melhor, o que deixou Brian May irritado. As sessões de gravação eram em horários irregulares, e enquanto Brian se embriagava, Freddie consumia cocaína.
John Deacon ficou desapontado com o desempenho do guitarrista em suas músicas, fato que deu espaço aos primeiros atritos entre os dois. No entanto, em comparação aos demais, o baixista estava com os ânimos mais calmos.
Quando o single ''Body Language'' foi lançado, Brian ficou preocupado, porque estava achando que as composições de Freddie estavam cada vez mais com conteúdos gays e que, em sua visão, era mais importante compor sobre temas universais que fariam um número maior de pessoas se identificarem.
As músicas do álbum, distantes do rock, não obtiveram a mesma aceitação do álbum anterior. Enquanto as influências musicais tendiam mais a favor de Freddie e John, Brian e Roger criticavam duramente a mudança de sonoridade. Algumas mudanças no arranjo ao vivo tornaram as músicas mais atraentes, mas não o suficiente para empolgar o público. Enquanto isso, Hot Space ia mal nas paradas.
Entre os shows, Freddie, que estava com um estilo de vida diferente dos demais integrantes, estava cansado de turnês, e em muitos momentos demonstrava-se extremamente irritado. Segundo alguns relatos, Freddie estava cada vez mais cercado de pessoas interesseiras e controladoras, principalmente seus amantes.

Neste período, a banda trabalhou com os músicos Morgan Fisher e Fred Mandel para tocar teclado nas apresentações. Este último, que esteve até o fim da turnê, sentiu a pressão na qual estava envolvido. Após a turnê de divulgação do álbum, o Queen se separou para um momento de férias.


Bem pessoal, enquanto o Queen saiu de férias, eu vou encerrar por aqui a segunda parte da trajetória dessa banda cheia de altos e baixos. Desculpem alguns vídeos pessoal, pois são montagens.Não tinha um ao vivo ou oficial. Curtam mais do Queen em:






























































Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...