Diz lá no Wikipédia: ''Remix é o nome dado para uma música modificada por outra pessoa ou pelo próprio produtor. Essa modificação, na maioria dos casos, é feita por um D.J., onde ele coloca uma batida animada e efeitos adicionais, criando uma versão dançante na música remixada. Apesar da maioria das músicas remixadas serem em versões dançantes, o remix não precisa ser, necessariamente dançante''. Isso foi uma referência, para que nós consigamos nos entender melhor.
Na década de 70, mais conhecida como a ''era disco'', os D.J.s residentes (aqueles que são fixos em uma casa noturna ou uma boate só), sentiram a necessidade de músicas mais longas para que pudessem tocar em suas noitadas. Resolveram pôr ''a mão na massa'' e começaram a produzir e gravar em tapes (fitas) de rolo, que era mais seguro, pois a fita bem mais grossa era difícil de romper.
Gravador de Fita de Rolo |
Quando um artista vai para um estúdio, lá existe uma mesa que processa (me corrijam aqueles que entendem de estúdio musical) o recebimento de cada instrumento. Ali, o produtor consegue filtrar o melhor som para cada instrumento, para a voz ou vozes principais e ainda para as vozes de fundo (backing vocals). Antigamente, na época dos Beatles, as mesas eram de 4 ou 8 canais e o som ainda não era estéreo, ou seja, você consegue perceber quando o som ''caminha'' de uma caixa de som para a outra. Hoje existem mesas sofisticadas , computadorizadas e com tantos canais, que cada instrumento pode ser ligado ao mesmo tempo em 4, 5 ou mais canais. Daí vem a qualidade e a definição límpida que as gravadoras conseguem tirar, pois cada canal é filtrado e o som sai perfeito.
Mesa de Som Profissional Digital |
Ao união de cada instrumento mais voz, juntamente com o backing, chama-se mixagem. A palavra deriva do inglês, mix, que significa fundir, misturar. Agora eu cheguei onde queria. Espero que vocês entendam, por isso que eu expliquei passo a passo. Não tive ninguém para me explicar, por isso, levei meses me informando em revistas especializadas (Bizz, Som Três), para poder entender etapa por etapa o que acontecia com uma música.
Quando um D.J. ou produtor mexe em uma música, seja para acrescentar ou valorizar um determinado trecho dela, como colocar uma batida no início e no fim ou, simplesmente estender a duração dela (daí o nome em inglês, extended), dizemos que eles estão re-mixando essa gravação, compreenderam? Ao mixar o que já estava mixado, fazemos uma reavaliação do trabalho, um retoque, mixando outra vez, refazendo outra música com a que já existia.
No Brasil, o ''boom'' dos remixes foi na década de 80, quando muitos produtores e D.J.s foram convidados para fazer remixes das músicas que estavam tocando muito nas rádios. Como eu disse acima, você tendo uma mesa profissional, consegue definir cada instrumento, então, o que foi feito com as músicas brasileiras foi o seguinte: tendo a fita mestre das gravações, eles conseguiram separar a voz, deixando o artista cantando sem a ''base'', como eles costumam falar. Deram destaque às vozes e mexeram no instrumental, estendendo as músicas, sem alterar, basicamente, a música original.
Contra Capa do LP Transremix Transamérica |
Hoje, temos programas para computadores em que se pode ''montar'' uma música inteira, instrumento por instrumento, do jeito que a gente quiser. Claro, são programas pagos, e bem pagos, diga-se de passagem. Mas existem muitos profissionais que trabalham, e ganham dinheiro, produzindo remixes, às vezes sob encomenda, e vendendo nos ''sites'' especializados em músicas.
Bem, vou encerrar por aqui a primeira parte, porque o assunto mexe com minha memória e eu tenho muita informação para compartilhar com vocês. Até a próxima postagem.
Autor: Carlos Alberto de L. Anchieta
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