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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O pop e o rock no Brasil - Anos 90

Olá galera que prestigia o Blog do Véio, sejam bem vindos. Nesta pos-tagem eu comen-tarei sobre a dé-cada de 1990, suas revelações musi-cais, suas notas tristes (isso acon-tece com todos os mortais) e o que de bom ela deixou para o terceiro milênio. 

Anos 90

A década de 90 começou com uma triste notícia: em 7 de julho de 1990, aos 32 anos de idade, morria um dos maiores com-positores da música brasileira. Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhe-cido como Cazuza, sucumbia à AIDS ou SIDA (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida). Em 1989 havia se declarado soropositivo, ou se-ja, estava infectado com o vírus da AIDS (comentei sobre sua vida polêmica na postagem dos anos 80).

Em outubro de 1990, uma novidade estreava, a MTVBrasil, que veio estabelecer o contato do público entre o som e o vídeo clipe dos artistas nacionais e internacionais, para que pudéssemos visualizar a imagem que a banda ou o artista passava através de sua música. A MTVBrasil chegou quase nove anos após a MTV americana ter estreado.

Os mineiros do Skank.
Em 1991, o primeiro ''grande grupo'' da década, estreou. Nascida em Minas Gerais, o Skank, banda que mistu-rou os gêneros rock, reggae e dub (técnica que retira grande parte dos vocais e se valoriza o baixo e a bateria), influenciados pelo clima dancehall de Bob Marley. Nesta década também surgiram mineiros como Jota Quest, Pato Fu e Tianastácia. 
Nascida em 1993, Jota Quest é uma banda de pop rock que em muitas vezes abusa do eletrônico, por isso ser definido como um grupo pop. 

Em 1994, nasceu o Mangue beat, um movimento contra-cultural que mistu-rava ritmos regio-nais, como o mara-catu, com rock, hip hop, funk rock e música eletrônica. O resultado disso foi a mistura de percus-são pernambucana e guitarras pesa-das (a crítica ado-rou), liderados por Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. O movimento tinha co-mo principais críti-cas, o abandono econômico-social do mangue, da desigualdade do que estava fora do eixo Rio-São Paulo. Participavam do movimento, também, as bandas BaianaSystem, Sheik, Tosado, Mestre Ambrósio, DJ. Dolores, Comadre Fulozinha, Jorge Cabeleira, Eddie, Via Sat e Querosene Jacaré.

Raimundos
Dois grupos que fizeram sucesso pe-lo seu bom humor, nasceram, respec-tivamente em 1994, os brasilienses Rai-mundos que cria-ram um estilo chamado forrocore, ou seja, forró mis-turado com hard core. Em 1995, os paulistas de Gua-rulhos, Mamonas Assassinas, trou-xeram seu bom humor e alegria, fazendo parodias que iam do heavy metal ao sertanejo (mais tarde, farei uma postagem exclusiva deles).

Alguns rappers tiveram ligação com o rock, como Gabriel, o Pensador, Planet Hemp (pedindo a legalização da maconha) e o Pavilhão 9 (falando sobre a violência policial).

Também destaco O Rappa, banda for-mada em 1993, às pressas, para a vinda do cantor Papa Winnie, que aqui fez shows, onde esses músi-cos acompanharam sua turnê pelo Brasil, naquele ano, como banda de apoio. Após este período, decidiram continuar e anun-ciaram em jornal que precisavam de um vocalista, que foi escolhido em uma extensa lista, o nome de Marcelo Falcão. Suas letras têm forte impacto social e seu som mistura (nem a banda sabe definir) desde rock, samba, pop, rap e MPB com uma pitada de reggae.

Charlie Brown Jr.
Outro destaque, Charlie Brown Jr., paulistas de Santos, formada em 1992, misturou vários es-tilos como o rock, hardcore, o reggae, o rap, o skate punk, criando um estilo próprio.

Tivemos, ainda, a carioca Cássia Eller, cantora de voz grave, com um repertório eclético, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro como Cazuza e Renato Russo, artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, o pop de Nado Reis e rocks clássicos de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Rita Lee, Beatles, John Lennon e Nivana.

Los Hermanos
Tivemos, ainda, a banda carioca Los Hermanos, que fler-taram com o ska e o hardcore, mas que predominou seu estilo na mistura de rock com MPB, surgiram com ''Anna Júlia'', canção pop que não combinava com sua imagem intelectual.

No segmento heavy metal, o Sepultura teve um crescimen-to de popularidade nos anos 90, fazendo da banda uma das principais do metal mundial, o que lhes trouxe razoável exposição e caiu no gosto dos amantes do heavy. Pouco tempo depois, Max Cavalera deixou a banda.

Também no heavy metal, o Angra, que gravou músicas em inglês, seguindo o caminho do Sepul-tura, e que mistu-rou power metal com ritmos tipica-mente brasileiros, alcançou sucesso na cena metal bra-sileira e reconheci-mento mundial, o que os fez serem bem recepcionados na França e, princi-palmente, no Japão.

Outro fato da década, é que todas as bandas do ''quarteto sagrado'', com exceção da Legião, tiveram que se reinventar para reconquista a audiência, que estava caindo gradativamente. Os Paralamas, depois de uma fase experimental, voltaram às paradas com ''Vamo Batê Lata'', seus álbum de 1995, os Titãs voltaram com seu ''Acústico MTV'', de 1997 e o Barão Vermelho voltou com o semi-eletrônico ''Puro Êxtase'', de 1998 .

Em outubro de 1996, morria, Rena-to Manfredini Junior, o Renato Russo, grande compositor e cantor brasileiro, que ficou conhecido por ter sido o voca-lista e fundador da banda Legião Urba-na. Renato morreu, aos 36 anos de ida-de, devido às com-plicações causadas pelo HIV. A história completa de Renato & Legião Urbana, comentarei mais tarde em outra postagem.

Bem pessoal, por enquanto era isso. Muito obrigado por mais essa visualização, volto com a próxima postagem sobre o Terceiro Milênio. 

Autor: Carlos Alberto de L. Anchieta

Veja mais dos anos 90 em:





























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