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sábado, 31 de outubro de 2015

O rock e o pop no Brasil - Terceiro Milênio

Salve galera que curte o Blog do Véio. Fico feliz em saber que se estão aqui, foi porque o assunto lhes interessou e, para mim, isso é muito importante, saber que vocês querem saber ou relembrar tudo o que leram e ouviram da música brasileira até agora. Fiquem agora com os comentários sobre os 15 atuais anos de música brasileira.

O Terceiro Milênio

Duas décadas bastante tristes para a música brasileira, com a morte de alguns artistas, que já haviam alicerçado suas carreiras e alguns acidentes que de certa forma chocaram seus públicos e transformaram o rumo de algumas bandas e cantores(as). Juro para vocês que eu não queria terminar (a década ainda está na metade) esta postagem de maneira tão trágica, mas as mortes não anunciadas abalam demais por não estarmos preparados para elas.

Década de 2000

O início da década foi ''trágico'' para o rock brasileiro. Vou relatar os acontecimentos e algumas decisões tomadas após os acontecidos, de maneira cronológica, para que saibam como aconteceram .

Herbert Vianna e Marcelo Yuka
No início do mês de novembro de 2000, Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana, ou Marcelo Yuka, baterista da banda O Rappa, foi vítima de um assalto, ao qual tentou fugir e foi baleado, o que o deixou paraplégico e o impossibilitou de tocar bateria. Um fato curioso, para não dizer irônico, foi que o assaltante, após ser preso, disse à polícia que não reconheceu Yuka, pois era um grande fã da banda. Coisas da vida.

No mês de fevereiro de 2001, Herbert Lemos de Sousa Vianna, vocalista, guitarrista, jornalista, e principal compositor do grupo Os Paralamas do Sucesso, sofreu um acidente aéreo no Rio de Janeiro, quando o ultraleve que pilotava (onde estava também sua mulher, Lucy) caiu no mar por problemas de fabricação, na baía de Angra dos Reis, quando tentou realizar um ''looping''. No acidente, Lucy morreu e Herbert ficou internado por 44 dias, parte deles em estado de coma. O músico ficou paraplégico e perdeu parte da memória depois do acidente, porém, gradualmente, através de um processo de recuperação, retomou sua carreira. Voltou aos palcos e já gravou quatro álbuns depois do acidente.

Marcelo Frommer, guitarrista dos Titãs.
Em razão de um atropelamento causado por um motociclista, mor-ria, em junho de 2001, aos 39 anos, Marcelo Frommer, guitarrista da banda Titãs. Depois de uma difícil decisão, onde pesou até mesmo o fim da banda, Os Titãs re-solveram continuar sem Marcelo. 

Em dezembro de 2001, morria, Cássia Rejane Eller, cantora e violo-nista, aos 39 anos de idade, no auge de sua carreira. Embora muitos pensassem que ela havia morrido por over-dose de cocaína, já que era usuária da droga desde a adolescência, o laudo do legista revelou que a causa de sua morte havia sido em razão de um infarto repentino.

Rodolfo, ex-Raimundos
Algumas bandas dos anos 90 pas-saram por mudan-ças: No Raimun-dos, Rodolfo con-verteu-se ao protes-tantismo e saiu da banda para formar o Rodox (que aca-baria algum tempo depois) e, atual-mente, faz carreira solo com músicas gospel. A banda Skank fez experi-mentalismo nos dis-cos de 2003, Cosmotron e o de 2006, Carrossel, voltando às origens em 2008, com Estandarte.

Surgiram bandas como CPM 22, Cachorro Grande, Reação Em Cadeia, Detonautas Roque Clube e a cantora Pitty, que tomaram a atenção da mídia durante toda a década.

Surgiram, a partir de 2000, bandas de rock contendo letras simples e que tratam de sentimentos e emoções, popular entre o público jovem, e que tiveram influências do emocore, hardcore melódico e do pop punk, como Nx Zero, Fresno, Forfun, Strike, entre outras.

Década de 2010

Os coloridos do Restart.
Uma tendência que entrou em destaque no cenário musical brasileiro, foram as chamadas Bandas Coloridas, com foco definido e dedicado especialmente para o público feminino jovem, tendo como suas principais características as roupas coloridas, óculos estilizados, letras alegres e agitadas e o uso de sintetizadores. 

O sucesso começou com a banda Cine, que com seu single ''Garota Radical'' em 2009, obteve grande sucesso nas rádios, tanto pela música, como pelo estilo em se vestir dos integrantes. 

Depois disso, outras bandas adotaram o estilo, como a banda Hori e a cantora Jullie. Em 2010, surgiu a banda Restart, que popularizou e firmou o estilo de vez no Brasil, apesar de muito criticado (inclusive pela banda Cine).

Depois que as bandas brasileiras aderiram ao estilo (já que foram influenciado por bandas norte americanas), os fãs também começaram a vertir-se com o mesmo visual aderido pelas bandas. O dito estilo colorido é cultuado, principalmente, por jovens e adolescentes, o que gerou polêmica na sociedade e culminou quando, ao receber um prêmio, a banda Restart apareceu com calças com a estampa de ''oncinha'', o que ''queimou o filme'' para as bandas coloridas.

Depois deste evento, várias bandas abandonaram os coloridos em suas roupas, entre elas Cine, Replace e Izi, inclusive não aceitam mais o rótulo de ''happy rock'' que a banda  Restart criou. 

Na última década surgiram no cenário alternativo, bandas como: O Terno, Apanhador Só, Maglore, Vespas Mandarinas, Selvagens à Procura de Lei, Vivendo do Ócio, com influências do rock brasileiro e do indie rock.

Talvez o único fenômeno roqueiro recente, tenha sido a da banda Malta, vencedora do pro-grama Superstar, da Rede Globo, e que logo de saída receberam a certi-ficação de Disco de Platina Triplo, refe-rente a 300 mil cópias vendidas do seu primeiro álbum, SupernovaOutro grupo que também se destacou, nesta mesma temporada do Superstar, ganhando diversos admiradores e fãs em todo o país, foi a banda Suricato.

Recentemente as bandas Ira!, Viper, RPM e Gram retomaram suas atividades. Barão Vermelho, Kid Abelha e Camisa de Vênus vem se reunindo para eventuais turnês comemorativas.

As tragédias tam-bém abalaram a dé-cada de 2010. Em março de 2013, Alexandre Magno Abrão,  mais conhe-cido pelo seu nome artístico Chorão, tinha as funções de cantor, compositor, cineasta, poeta, roteirista e empre-sário brasileiro. 

Foi o vocalista, principal letrista e co-fundador da banda santista Charlie Brown Jr., formada em 1992, sendo o único integrante a participar de todas as formações. Com o Charlie Brown Jr., lançou dez discos, que somaram cinco milhões de cópias vendidas. 

Chorão foi encontrado morto por seu motorista, na madrugada do dia 06 de março de 2013, no apartamento em que ele ocupava esporadicamente, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A causa da morte foi por overdose de cocaína, segundo o laudo apresentado pelo Instituto Médico Legal.

Em uma entrevista dada dias após a morte de Chorão, sua ex-esposa afirmou que Chorão era dependente de drogas (cocaína), e que a dependência piorou em 2005, quando ele ficou muito triste com o fim da formação original da banda. 

Champignon, do Charlie Brown Jr.
Em setembro de 2013, cometeu suicídio Luiz Carlos Leão Duarte Junior, conhecido como Champignon, baixista da banda Charlie Brown Jr. Ele havia assumido os vocais da banda após a morte de Chorão, além de mudar o nome da banda para A Banca, em homenagem a ele. Champignon cometeu suicídio com uma arma de fogo, após discussão com sua mulher, grávida de cinco meses. 

Ele tinha 35 anos de idade e tirou a própria vida seis meses após Chorão ter morrido e quatro meses depois que Pedro Sérgio dos Santos Maia de Sousa, mais conhecido por Peu Sousa, ter cometido suicídio, também. 

Pedro Sérgio dos Santos Maia de Sousa, mais conhe-cido como Peu Sousa era um gui-tarrista e compositor baiano, companhei-ro de Champignon na banda Nove Mil Anjos (em que inclusive participou Junior Lima, ex-Sandy & Junior) e que ficou famoso por acompanhar a cantora Pitty. Peu Sousa cometeu suicídio após uma discussão com sua esposa, que saiu de casa levando os dois filhos. A esposa, ao retornar, bem mais tarde, encontrou o corpo de Peu enforcado com um cinto, no quarto do casal. Peu tinha 35 anos de idade.

Em fevereiro de 2015, uma funcio-nária de um hotel em Guarujá, São Paulo, encontrou Renato da Silva Rocha, também conhecido por Billy ou Negrete, morto no quarto . Renato era baixista e também compositor da banda Legião Urbana, e participou dos três primeiros discos do grupo: Legião Urbana, Dois e Que Pais é Este.

Este tipo de episó-dio acontece com qualquer ser humano comum, porque não poderia acontecer com um artista, também? Infelizmente as perdas fazem parte da história musical, afinal o próprio Cazuza escreveu: ''Meus heróis morreram de overdose'', se referindo à morte por overdose de Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison (The Doors) e alguns outros que tiveram um final trágico e saíram de cena do mundo musical.

Bem pessoal, infelizmente estou encerrando de maneira triste esta metade de década e também a História do Pop e do Rock Brasileiro. Mas isso não é, de maneira alguma, baixo astral para a música brasileira, afinal, só coincidiu de acontecer seguida uma após a outra. Como já disse, são coisas da vida. Valorizo cada vez mais as coisas boas que a vida tem a nos proporcionar. E viva a boa música!!!

Muito obrigado por terem visualizado mais esta postagem e até a próxima, da qual comentarei sobre o Faith No More.

Autor: Carlos Alberto de L. Anchieta

Mais sobre o pop e o rock de 2000 até 2015 em:



































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