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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O pop e o rock no Brasil

Salve, galera. Estou aqui, para comentar sobre a música brasileira nos últimos 60 anos. Confesso que ao pesquisar sobre o assunto, descobri muita curiosidade que eu, nem de longe, sabia. Mas como disse em uma postagem anterior, é a curiosidade que nos leva a aprender. Nessa primeira parte (sim, porque a história da música no Brasil é muito rica), vou comentar sobre os anos 50 e 60, onde começaram as músicas que embalaram multidões, pois antes disso, poucos eram os artistas que movimentavam milhares de fãs. Então vamos ao que interessa.

Anos 50

Nesta década, o início de tudo se deu com uma cantora de samba-canção, chamada Nora Ney. Você deve ter se perguntado: ''Samba? Mas o assunto não é rock?''. Sim, caros amigos e amigas do blog. Mas o Véio aqui vai explicar como tudo aconteceu.

Nora Ney gravou, em 1955, o considerado primeiro rock. ''Rock Around The Clock'' de Bill Haley & His Comets, que Nora gravou para a trilha sonora de um filme. Em uma semana a canção já estava em primeiro lugar nas paradas, mas Nora nunca mais gravou nada parecido, com exceção de ''Cansei de Rock'' (irônico, não?), em 1961.

Em 1957, foi gravado o primeiro rock com letra em português, ''Rock And Roll Em Copacabana'', gravado por Cauby Peixoto. Entre 57 e 58, artistas gravaram versões das músicas americanas, como ''Bata Baby'' (''Long Tall Sally'' de Little Richard), ''Até Logo, Jacaré'' (''See You Later, Alligator''), ''Meu Fingimento'' (''The Great Pretender'' do The Platters). Houve, ainda, um grupo que alcançou alguma fama em 1957, chamado Betinho & Seu Conjunto, que fez considerável sucesso com ''Enrolando o Rock''.

Mas os primeiros ídolos do rock nacional foram os irmãos Tony e Celly Campello, que lançaram o compacto Forgive Me / Handsome Boy, em 1958, que vendeu mais de 35 mil cópias. Mas quem estourou mesmo foi Celly, que em 1959 gravou uma versão, ''Estúpido Cupido'' (''Stupid Cupid'' composta por Neil Sedaka e gravada por Connie Francis em 1958), que chegou a vender mais de 100 mil cópias. Celly gravou outras músicas como ''Lacinhos Cor-de-Rosa'' e ''Banho de Lua'' (''Tintarella di Luna'' da cantora italiana Mina), que lhe renderam inúmeros prêmios e troféus, inclusive no exterior, e lhe deram o título de Rainha do Rock Brasileiro. 

Anos 60

A década começou com o surgimento de grupos instrumentais como The Jet Blacks, The Jordans, e The Clevers (mais tarde chamou-se Os Incríveis) e ainda, o cantor Ronnie Cord, que lançou o que seriam os ''hinos'' dos anos 60, uma versão da música ''Itsy Bitsy Weenie Yellow Polkadot Bikini'' (grande não?!) que ficou ''Biquini de Bolinha Amarelinha'' e ''Rua Augusta'', considerada uma música de rebeldia.

Surge, então, um jovem de 22 anos, capixaba de Cachoeiro de Itapemirim que, em 1963, emplacou dois grandes sucessos. Esse jovem se tornaria, mais tarde, o maior nome da música brasileira: Roberto Carlos, que neste ano atingiu o topo das paradas com uma versão de ''Splish Splash'' e ''Parei na Contra Mão''. Em 1964 (ano em que nasci), obteve mais sucesso com as músicas ''O Calhambeque'' (regravado nos anos 80 por Lulu Santos) e ''É Proibido Fumar'' (regravado nos anos 90 por Skank). 

Esse sucesso todo ocasionou uma nova onda musical e um programa de televisão chamado ''Jovem Guarda'', apresentado pelo ''Rei'' Roberto Carlos, pela ''Ternurinha'' Wanderléa e pelo ''Tremendão'' Erasmo Carlos. Sobrou para outro ídolo, na época, o título de ''Príncipe'' para o jovem Ronnie Von.

Outros nomes surgiram durante o tempo que o programa esteve no ar, como: Renato & Seus Blue Caps, Golden Boys, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Agostinho dos Santos, Eduardo Araújo, Sylvinha, Trio Ternura, entre tantos outros. 

Ouve espaço, também, para Os Mutantes de Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias, que faziam um rock psicodélico, junto com Liminha (que depois virou produtor musical) e Dinho Leme. Os Mutantes tiveram uma carreira grandiosa, com discos elogiados a partir de 1968 e, acreditem se quiser, chegando a influenciar até Kurt Cobain, do Nirvana.

Bem, galera, por enquanto é isso. Muito obrigado por curtirem o blog e até a próxima postagem com o que foi sucesso na década de 70. 

Autor: Carlos Alberto de Lemos Anchieta

Curtam mais dos anos 50 e 60 em:

















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